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Tratamento da síndrome do intestino encurtado na criança: valor do Programa de Reabilitação Intestinal

Resumo

A principal causa da falência intestinal aguda é a síndrome do intestino encurtado, decorrente, em geral, de ressecção de extensos segmentos de intestino delgado. Em consequência, os principais sintomas são diarreia aquosa, síndrome de má absorção, desnutrição crônica e óbito, caso o paciente não seja adequadamente tratado. Se o comprimento do intestino remanescente for superior a 30 cm, poderá haver adaptação completa e o paciente poderá ficar livre da nutrição parenteral. O tratamento atualmente preconizado inclui a utilização de nutrição parenteral prolongada e de nutrição enteral, objetivando sempre o ganho ponderal constante, em paralelo a cirurgias que visem ao alongamento do intestino dilatado. Esse conjunto de procedimentos constitui o que se denomina Programa de Reabilitação Intestinal. Essa terapia foi utilizada em 16 crianças, em períodos que variaram de 8 meses a 7 anos e meio, com sobrevida em 75% dos casos. O último recurso utilizado em crianças com ressecção completa do intestino delgado é o transplante intestinal. Até o momento, não há registro de criança brasileira que tenha sobrevivido a esse procedimento, a despeito de sete pacientes terem sido submetidos a ele. Os resultados do Programa de Reabilitação Intestinal nos anima a continuar com esse tipo de tratamento e estimular a criação do programa em outras instituições de atendimento pediátrico.

Palavras-chave
síndrome do intestino curto; criança; falência intestinal; nutrição parenteral prolongada; reabilitação intestinal

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