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Qualidade de vida em sobreviventes do câncer de mama

Resumo

Objetivo:

Avaliar a influência da capacidade funcional (CF) sobre a qualidade de vida (QV) de mulheres sobreviventes de câncer de mama.

Método:

400 mulheres sobreviventes de câncer de mama foram avaliadas -118 sem metástases, 160 com metástases locorregionais e 122 com metástases a distância. Para avaliar a capacidade funcional e a qualidade de vida, os seguintes instrumentos foram utilizados: European Organization for Research and Treatment for Cancer Quality of Life Questionnaire-Core 30 (EORTC QLQ-C30), Breast Cancer-Specific (EORTC QLQ-BR23) e Karnofsky Performance Scale (KPS).

Resultados:

Mulheres com metástases a distância apresentaram menor KPS 75,3 (DP=12,5) (p<0,001). Quanto ao QLQ-C30, a média da escala funcional para pacientes com metástases a distância foi de 57 (DP=19) (p<0,001). A média da escala de sintomas das pacientes com metástase a distância foi de 37 (DP=20) (p<0,001). A escala de dor e fadiga apresentou a maior média nos grupos. Em relação à Escala Global de Saúde, as pacientes sem metástase tinham uma média de 62 (DP=24); com metástase locorregional, 63 (DP=21,4); e com metástase a distância, 51,3 (DP=24). Para o grupo com metástase a distância, 105 (87%) tiveram dor, e a média do KPS foi de 74 (DP=2,0) (p=0,001).

Conclusão:

O câncer de mama foi associado com diminuição da capacidade funcional, comprometendo a qualidade de vida das mulheres sobreviventes do câncer de mama com metástases locorregional ou a distância, quando comparadas àquelas sem metástases.

Palavras-chave:
sobreviventes; neoplasias da mama; qualidade de vida; capacidade funcional

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