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Uso dos inibidores da SGLT-2 no tratamento do diabetes mellitus tipo 2

Resumo

Introdução:

O diabetes mellitus é uma das doenças crônicas mais frequentes no mundo, com altas taxas de morbimortalidade, resultando em um grande impacto negativo socioeconômico. Apesar de existirem diversas classes de antidiabéticos orais, a maioria dos pacientes acometidos está fora da meta terapêutica.

Objetivo:

Revisar o uso dos inibidores da SGLT-2 no tratamento do diabetes mellitus tipo 2, com enfoque nos efeitos favoráveis, desfavoráveis e no perfil cardiovascular.

Método:

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica transversal com artigos científicos obtidos da base de dados Pubmed, utilizando os descritores: "SGLT-2 inhibitors", "dapagliflozin", "empagliflozin", "canagliflozin".

Resultados:

Os inibidores da SGLT-2 são uma classe de antidiabéticos orais com atuação no rim. O mecanismo de ação é reduzir a glicemia induzindo glicosúria. Benefícios extraglicêmicos já foram descritos, como redução de peso, pressão arterial, triglicerídeos e ácido úrico, além de retardar a progressão da doença renal. O principal efeito colateral é a infecção geniturinária, com baixo risco de hipotensão e hipoglicemia. Cetoacidose diabética é um efeito adverso grave, mas infrequente. A empagliflozina já teve seu benefício cardiovascular demonstrado, e estudos com outras drogas estão em andamento.

Conclusão:

Os inibidores da SGLT-2 são uma nova opção de tratamento do diabetes mellitus tipo 2, que atua de forma insulino-independente e com potenciais benefícios adicionais, além da redução da glicemia, mas também com risco de efeitos adversos.

Palavras-chave:
inibidores da SGLT-2; diabetes mellitus tipo 2; rim; glicosúria; revisão

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