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Programas de controle da toxoplasmose congênita

A toxoplasmose congênita pode causar aborto e danos neurológicos e/ou oculares ao feto. Desde que a Áustria e a França estabeleceram a triagem pré-natal, a prevalência da toxoplasmose caiu de 50% para 35% e de 84% para 44%, respectivamente. Outros países, como o Reino Unido, adotam práticas educativas para reduzir o risco de infecção em gestantes soronegativas. No Brasil, a triagem pré-natal é realizada nos estados do Mato Grosso do Sul e Minas Gerais e nas cidades de Curitiba e Porto Alegre. Em Londrina, Paraná, foi implantado o "Programa de Vigilância da Toxoplasmose Adquirida na Gestação e Congênita", que se baseia na triagem sorológica, com orientação sobre as medidas de prevenção e monitoramento sorológico trimestral nas gestantes inicialmente soronegativas, além do acompanhamento das gestantes e crianças com infecção aguda e notificação dos casos. Nos primeiros quatro anos da implantação, a avaliação do programa demonstrou uma redução de 63% no número de gestantes e de 42% no número de crianças encaminhadas aos serviços de referência, resultando na liberação de vagas para o atendimento de pacientes com outras doenças. Quanto aos medicamentos, houve redução de 62% no consumo de ácido folínico e de 67% de sulfadiazina. Além disso, a definição dos protocolos resultou na padronização do atendimento e segurança para a tomada de decisões por parte dos médicos. Portanto, como existem diversos protocolos individualizados nos diversos serviços e regiões, o estabelecimento de uma conduta ideal e consensual, com respaldo técnico, implicará na adoção de medidas que, certamente, ocasionarão economia aos cofres públicos, com a diminuição da toxoplasmose congênita.

Toxoplasmose congênita; gestantes; planos e programas de saúde; prevenção primária; prevenção secundária; prevenção terciária


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