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Mudanças de terapia antirretroviral durante o primeiro ano de tratamento

Resumo

Introdução:

O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para manejo da infecção pelo HIV em adultos (PCDT) de 2013 recomenda e normatiza início de terapia antirretroviral (TARV) em pacientes com qualquer contagem de LTCD4. O objetivo do estudo foi analisar o primeiro ano de TARV de pacientes em acompanhamento em um centro de referência em HIV/AIDS de Fortaleza, Ceará.

Método:

O estudo descritivo revisou formulários de solicitação de início e modificação de TARV em pacientes que iniciaram tratamento entre janeiro e julho de 2014. Foram avaliadas todas as mudanças que ocorreram durante o primeiro ano de terapia. Os dados foram analisados no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20. Foram calculados médias, desvios padrão, frequências, testes t Student e Mann-Whitney, com significância de p<0,05.

Resultados:

Dos 527 pacientes que iniciaram TARV, 16,5% (n=87) realizaram troca no primeiro ano. A maioria era do sexo masculino (59,8%; n=52), de 20 a 39 anos, com apenas uma mudança da TARV (72,4%; n=63). Efavirenz foi o fármaco mais substituído, seguido por tenofovir, zidovudina e lopinavir/ritonavir. O tempo médio de ocorrência das modificações da TARV foi de 120 dias, tendo reações adversas como causas principais. TARV foi efetiva na queda da carga viral desde o 2ºmês de tratamento (p=0,003) e na elevação de LTCD4 desde o 5º mês (p<0,001).

Conclusão:

Os principais fatores envolvidos em modificações de TARV inicial foram reações adversas, com apenas uma mudança de esquema na maioria dos pacientes. O manejo da TARV estava de acordo com o PCDT de 2013.

Palavras-chave:
síndrome da imunodeficiência adquirida; terapia antirretroviral de alta atividade; vírus da imunodeficiência humana

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