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Basal insulin persistence in Brazilian participants with T2DM

RESUMO

OBJETIVO

Dados de vida real sobre como a eficácia da terapia com insulina é afetada pela baixa persistência ao tratamento que ocorre logo após o início da terapia. Esta análise é a parte brasileira de um estudo transversal internacional conduzido em pacientes com DM2 que teve como objetivo descrever as razões relacionadas à não persistência ao tratamento com insulina.

METODOLOGIA

O estudo realizado em sete países por meio de questionários on-line classificou como pacientes continuadores (aqueles que não apresentaram intervalo ≥7 dias sem uso da insulina), interrompedores (interromperam a terapia por ≥7 dias nos primeiros seis meses de uso, depois recomeçaram) e descontinuadores (interromperam a terapia por ≥7 dias nos primeiros seis meses de uso e não retornaram). Nesta análise descrevemos os dados da coorte brasileira.

RESULTADOS

Dos 942 pacientes incluídos, 156 eram do Brasil, com idade média de 34 anos e média de seis anos desde o diagnóstico de DM2. Razões que contribuíram para o uso contínuo da insulina (n=50) foram a melhora do controle glicêmico (82%) e a melhora no estado geral (50%). Razões para a interrupção (n=51) ou para a descontinuação (n=55) foram, respectivamente, ganho de peso (41,7%, 43,6%), hipoglicemia (45,1%, 38,2%) e dor à aplicação (39,2%, 49,1%). Entretanto, nem todos os pacientes que reportaram ganho de peso e hipoglicemia como possível razão para interrupção ou descontinuação realmente apresentaram esses eventos: 16/24 (66,7%) e 22/24 (91,4%) dos participantes apresentaram ganho de peso e 13/23 (56,6%) e 15/21 (71,4%) apresentaram hipoglicemia, respectivamente. A razão mais importante para o possível recomeço entre os interrompedores e descontinuadores foi a persuasão de médicos/profissionais de saúde (80,4% e 72,7%, respectivamente).

CONCLUSÕES

Os benefícios do tratamento com insulina basal motivaram continuadores a persistir com a terapia; a experiência ou a antecipação de eventos adversos contribuíram para a interrupção e descontinuação. O treinamento de médicos e pacientes é um dos pilares fundamentais do tratamento do diabetes.

Diabetes mellitus tipo 2; Insulina basal; Adesão à medicação

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