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Distribuição fenotípica anormal das células T reguladoras e efetoras em mulheres octogenárias e nonagenárias

Resumo

Introdução:

o envelhecimento está associado a diversas alterações imunológicas. Células T reguladoras e efetoras estão envolvidas na patogênese de enfermidades infecciosas, neoplásicas e autoimunes. Pouco se sabe acerca dos efeitos da idade sobre a frequência e a função dessas populações celulares.

Métodos:

células mononucleares do sangue periférico foram obtidas de participantes saudáveis (26 com idade inferior a 44 anos e 18 acima de 80 anos). As subpopulações celulares foram analisadas por citometria de fluxo.

Resultados:

o grupo constituído por idosas apresentou menor frequência de vários fenótipos de células T efetoras ativadas em comparação com jovens: CD3+CD4+CD25+ (3,82±1,93 versus 9,53±4,49, p<0,0001); CD3+CD4+ CD25+CD127+ (2,39±1,19 versus7,26±3,84, p<0,0001); CD3+CD4+CD25high(0,41±0,22 versus 1,86±0,85, p<0,0001); CD3+CD4+CD25highCD127+(0,06±0,038 versus 0,94±0,64, p<0,0001). As células T reguladoras CD3+CD4+CD25highCD127øFoxP3+ apresentaram menor frequência em indivíduos idosos em comparação com adultos jovens (0,34±0,18 versus0,76±0,48, p=0,0004) e sua frequência foi inversamente correlacionada com a idade em todo o grupo (r=-0,439; p=0,013). O grupo de idosas apresentou maior frequência de dois fenótipos indefinidos (CD25øFoxP3+), células CD3+CD4+CD25øFoxP3+ (15,05±7,34 versus 1,65±1,71, p<0,0001) e células CD3+CD4+CD25øCD127øFoxP3+(13,0±5,52 versus 3,51±2,87, p<0,0001).

Conclusão:

as proporções alteradas de diferentes subpopulações de células T em idosas saudáveis contribuem para a compreensão dos padrões de comportamento e suscetibilidade a doenças imunológicas evidenciadas em pacientes geriátricos.

Palavras-chave:
linfócitos T; envelhecimento; linfócitos T reguladores

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