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Efeitos da melatonina e da prolactina na reprodução: revisão de literatura.

Resumo

A glândula pineal é responsável pela produção do hormônio melatonina (MEL), sendo aceita como a glândula reguladora da reprodução em mamíferos. A prolactina (PRL) também exibe atividade reprodutiva em animais, em resposta ao fotoperíodo. Sabe-se que as concentrações de PRL são elevadas durante o verão e baixam durante o inverno, ocorrendo o oposto com os níveis do hormônio melatonina nessas estações. Nos mamíferos placentários, tanto a melatonina quanto a prolactina influenciam a implantação, que é considerada o ponto crítico da gravidez, pois o sucesso da gestação requer o desenvolvimento de uma interação sincronizada entre o endométrio e o blastocisto para o desenvolvimento da placenta. Sabe- -se ainda que os níveis de PRL durante a gestação são essenciais para a manutenção da gravidez, pois esse hormônio induz o corpo lúteo a produzir progesterona, além de estimular a implantação do blastocisto, mantendo a prenhez e o desenvolvimento placentário. Em contrapartida, tem-se demonstrado também que os níveis de melatonina no plasma aumentam durante a gestação, atingindo valores elevados no fim desse período, sugerindo que esse hormônio desempenhe um importante papel na manutenção da gestação. Dessa forma, fica claro que o tratamento com prolactina ou melatonina interfere nos processos responsáveis pelo desenvolvimento e pela manutenção da gestação.

Palavras-chave:
glândula pineal; gravidez; progesterona; estrogênio

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