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Infecção pelo vírus Epstein-Barr em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico

Epstein-Barr virus infection in patients with systemic lupus erythematosus

OBJETIVO: Verificar a associação entre a atividade do lúpus eritematoso sistêmico (LES) e a avidez das imunoglobulinas IgG anti-EBV. MÉTODOS: Analisou-se o sangue periférico de 66 pacientes distribuídos em dois grupos: 22 pacientes com LES em atividade e 44 pacientes com doença inativa. A presença e o índice de avidez de anticorpos IgG anti-EBV foram determinados pela técnica ELISA. (Enzygnost anti-EBV - Dade Behring). RESULTADOS: Identificou-se positividade no teste de detecção de IgG para EBV em 21 (95,5%) pacientes do grupo LES ativo e em 40 (90,9%) do grupo LES inativo. O índice de avidez alcançou valores 40 em 54 (88,5%) pacientes, sendo 34 (85%) do grupo LES inativo e 20 (95,2%) do grupo LES ativo; em cinco (12,5%) pacientes do grupo LES inativo, este índice ficou entre 20 e 40 e foi inferior a 20 em dois (3,3%) pacientes. Adotando-se 20, 30 ou 40 como ponto de corte do índice de avidez, para diagnóstico de reativação da infecção por EBV, foram classificados como infecção reativada, nos grupos LES ativo e inativo, respectivamente: 1 (4,8%) x 5 (12,5%) pacientes, 1 (4,8%) x 4 (10%) pacientes e 1 (4,8%) x 5 (12,5%) pacientes. CONCLUSÃO: No presente estudo, não foi demonstrada associação entre a atividade do LES e a reativação do EBV. Esse fato parece indicar que a não eliminação dos linfócitos B infectados se deve à falha no mecanismo de apoptose ou à ação de linfócitos T citotóxicos, permitindo assim a progressão do LES.

Lúpus eritematoso sistêmico; SLEDAI; Vírus Epstein-Barr; ELISA; Auto-anticorpos


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