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Manejo de intoxicação exógena por carbamatos e organofosforados em uma unidade de emergência

Resumo

Objetivo:

avaliar e indicar os procedimentos a serem seguidos na unidade de saúde tanto para o diagnóstico como para o tratamento de intoxicações agudas exógenas por carbamatos ou organofosforados.

Métodos:

estudo descritivo baseado na análise retrospectiva da história clínica de pacientes diagnosticados com intoxicação por carbamatos ou organofosforados admitidos em uma unidade de emergência, entre janeiro e dezembro de 2012. Foram avaliados alguns critérios, como: agente intoxicador; idade do paciente e gênero; causa de envolvimento, circunstâncias e gravidade da intoxicação; sinais e sintomas dos efeitos neurológicos muscarínicos e nicotínicos.

Resultados:

setenta pacientes (idade média: 25±19,97 anos) formaram a população de estudo. Foi observado que 77,14% deles sofreram intoxicação por carbamatos. Os casos mais graves foram intoxicados por organofosforados, com 68,75% dos pacientes apresentando formas moderadas a graves. Tentativa de suicídio foi a causa principal de envenenamento, com 62 casos (88,57% do total). A administração de atropina foi uma medida terapêutica efetiva para tratamento de sinais e sintomas, como sialorreia (p=0,0006), náusea (p=0,0029) e êmese (p<0,0001). O uso do carvão ativado mostrou efetividade para o combate dos sinais e sintomas apresentados por pacientes em geral (p<0,0001).

Conclusão:

o uso de atropina e de carvão ativado é uma medida terapêutica altamente efetiva para combater os sinais e sintomas apresentados por pacientes vítimas de intoxicação aguda exógena por carbamatos ou organofosforados.

Palavras-chave:
carbamatos; compostos organofosforados; atropina; carvão ativado (Saúde Ambiental); inibidores da colinesterase

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