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Diabete melito e tolerância diminuída à glicose em população adulta urbana

Objetivo:

estimar a prevalência de diabete melito (DM) e a tolerância diminuída à glicose (TDG) na população urbana de idade entre 30 e 69 anos do município de Campo Grande/MS.

Métodos:

estudo transversal de base populacional realizado entre 10/2009 e 2/2011. Na investigação, foi realizada a dosagem da glicemia capilar em jejum e os participantes com glicemia ≥ 200 mg/dL foram considerados diabéticos. Os não diabéticos, que apresentaram glicemia ≥ 100 mg/dL e < 200 mg/dL, foram submetidos a um teste oral de tolerância à glicose (TOTG) para investigar se tinham DM ou TDG.

Resultados:

nesta investigação, participaram 1.429 indivíduos. As prevalências gerais, ajustadas por sexo e faixa etária, foram: para DM de 12,3% (IC95%: 10,5 a 13,9%) e para TDG de 7,1% (IC95%: 5,7 a 8,4%). Houve maior prevalência de DM com o aumento da idade, em pessoas com baixa escolaridade, histórico de diabete na família, sobrepeso, obesidade e obesidade central. Do total de diabéticos (n= 195), 25% não sabiam que tinham a doença e obtiveram o diagnóstico por meio da investigação. Dos pacientes que já sabiam ter DM (n= 146), 37% desconheciam as potenciais complicações crônicas.

Conclusão:

este estudo corrobora o aumento da prevalência de DM no Brasil e enfatiza a necessidade de sua constatação precoce, bem como da importância da adesão rigorosa ao tratamento médico com o intuito de prevenir suas temíveis complicações.

diabete melito; transtornos do metabolismo da glicose; doença crônica; prevalência; estilo de vida; cuidados médicos


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