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Braquiterapia para carcinoma epidermóide do colo do útero estádio IIIB: sobrevida e toxicidade

OBJETIVO: Comparar três diferentes tratamentos para câncer de colo do útero, estádio IIIB: braquiterapia de baixa taxa de dose (LDR), alta taxa de dose (HDR) e associação entre HDR e quimioterapia, quanto à sobrevida e toxicidade. MÉTODOS: Entre 1985 e 2005, 230 pacientes com carcinoma epidermoide de colo do útero estádio IIIB receberam teleterapia pélvica em quatro campos, doses entre 40 e 50.4 Gy, e três complementações diferentes. Grupo LDR, com 42 pacientes, recebeu uma ou duas inserções de LDR, com Césio-137, na dose total de 80 a 100Gy no ponto A. Grupo HDR, 155 pacientes, com HDR em quatro frações semanais de 7 Gy, e 9 Gy a 14.4 Gy nos paramétrios acometidos. Grupo CHT, 33 pacientes, tratadas da mesma forma que o grupo HDR, mais cinco ou seis ciclos semanais de cisplatina, 40 mg por m2. RESULTADOS: A sobrevida livre de progressão em cinco anos (PFS) foi 60% no grupo HDR e 45% no grupo LDR, e a PFS em dois anos para o grupo CHT foi 65% (p = 0.02). A sobrevida global em cinco anos (OS) foi 65% para o grupo HDR e 49% para o grupo LDR. A OS em dois anos foi 86% para o grupo CHT (p = 0.02). Toxicidade retal grau II foi 7% no grupo LDR, 4% no grupo HDR e 7% no grupo CHT, que teve um caso de toxicidade retal grau IV. CONCLUSÃO: Pacientes que receberam HDR tiveram melhores índices de sobrevida. A associação quimioterapia-HDR não mostrou benefício quando comparada com apenas HDR. Os índices de toxicidade não foram diferentes.

Neoplasias do colo do útero; Radioterapia; Braquiterapia; Quimioterapia


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