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Resultados tardios da operação de Heller associada à fundoplicatura no tratamento do megaesôfago: análise de 83 casos

Late Results of Heller operation and fundoplication for the treatment of the megaesophagus - analysis of 83 cases

OBJETIVO: Estudo retrospectivo dos resultados tardios dos pacientes submetidos a miotomia e fundoplicatura para o tratamento do megaesôfago. CASUÍSTICA E MÉTODO: Foram estudados 83 pacientes com seguimento de um a 186 meses (média de 40,0 ± 47,4 meses). A fundoplicatura em três planos, proposta por Pinotti, foi realizada em 15,7% dos doentes e a fundoplicatura parcial posterior em 83,1%. A queixa pré-operatória principal foi disfagia, seguida de regurgitação e perda ponderal. A etiologia chagásica pode ser comprovada em 72,3% dos doentes, através de teste sorológico. RESULTADOS: No seguimento, 55,4% dos doentes estavam assintomáticos, 34,9% queixavam-se de disfagia esporádica, 14,4% de pirose, 8,4% de regurgitação e 2,4% de disfagia igual pré-operatória, sendo esses últimos re-operados, com melhora da sintomatologia. Refluxo gastro-esofágico foi constatado em 8,4% dos doentes. Outras complicações tardias foram: hérnia paraesofágica, deslizamento da fundoplicatura, esôfago de Barrett e neoplasia do esôfago. CONCLUSÃO: Os autores salientam a necessidade de acompanhamento clínico e endoscópico perene dos doentes, mesmo operados, devido à possibilidade de complicações tardias, em especial o câncer. Concluem por bons resultados tardios em relação à disfagia. Propõem, como alternativa à esofagectomia, a operação de Heller em pacientes portadores de megaesôfago grau IV com más condições clínicas, que não suportariam uma cirurgia de maior porte.

Acalásia esofágica; Cardiomiotomia; Cirurgia; Resultados


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