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Artéria umbilical única isolada e restrição do crescimento fetal

Objetivo:

Examinar a frequência de peso ao nascer abaixo dos percentis 5 e 10, em gestações únicas com artéria umbilical única isolada (AUUI), de acordo com a presença de complicações maternas.

Métodos:

Estudo caso-controle. De acordo com a presença de doenças maternas prévias à gestação, ou ocorrência de complicações obstétricas, as gestações foram classificadas em "não complicadas" ou de "alto risco". As frequências de peso ao nascer abaixo dos percentis 5 e 10 foram comparadas entre os subgrupos.

Resultados:

O peso ao nascer foi significativamente menor em gestações com AUUI (n=134, 2840 ± 701 g) quando comparado com o grupo controle (n= 730, 2983 ± 671 g, p= 0,04; média da diferença=143 g, IC 95% = 17-269). Em gestações de alto risco, peso ao nascer abaixo do 5º percentil foi significativamente mais frequente no subgrupo com AUUI [10/35 (28,6%) versus 53/377 (14,1%), p= 0,04; razão de chances= 2.45 (IC 95% = 1,11- 5,38)]; não foi observada diferença em relação ao peso abaixo do 10º percentil (p= 0,11). Em gestações não complicadas, não foram observadas diferenças na frequência de peso ao nascer abaixo do 5º e 10º percentis entre os subgrupos com AUUI e cordão com 3 vasos (p= 0,21).

Conclusão:

Em gestações de alto risco, a frequência de peso ao nascer abaixo do percentil 5 é significativamente aumentada.

artéria umbilical única; retardo do crescimento intrauterino; peso ao nascer; ultrassonografia


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