RESUMO
As árvores urbanas desempenham um papel importante no planejamento urbano e estão diretamente ligadas aos espaços urbanos que promovem serviços ecossistêmicos, como por exemplo, conservação da biodiversidade e estoque de carbono. Uma metodologia útil para quantificar a biomassa acima do solo (ABG) e, consequentemente, os estoques de carbono nessa infraestrutura verde, é feita através de modelos alométricos específicos para áreas tropicais. Este trabalho tem como objetivo avaliar o estoque de carbono em praças públicas da região central da cidade de São Paulo, contribuindo assim para a compreensão da infraestrutura verde da cidade. Para testar os modelos foram avaliadas a densidade das árvores e a biomassa de aproximadamente 7 ha de áreas verdes urbanas no centro da cidade de São Paulo. As atividades envolveram a medição do diâmetro na altura do peito (DAP) das árvores e a altura total de todos os indivíduos com DAP maior que 5 cm. Os resultados mostraram que as praças públicas variavam em tamanho e número de árvores. A altura média das árvores também variou ao longo das praças, provavelmente influenciando a alocação da biomassa acima do solo. Além disso, os resultados mostraram que houve variação considerável entre a biomassa estimada ao longo dos modelos. Algumas praças se destacaram em termos absolutos de acúmulo de biomassa ABG. O tamanho da área verde correlacionou-se apenas ao número total de indivíduos encontrados (R2=0,44). A biomassa total, densidade de árvores e densidade de biomassa ABG não apresentaram relação significativa com o tamanho das praças. Este trabalho demonstra, pela primeira vez, os atributos de comunidades arbóreas em praças públicas da cidade de São Paulo e fornece informações técnicas para o gerenciamento de políticas públicas relacionadas à proteção e manutenção de áreas verdes urbanas.
Palavras-Chave:
Ciclo do Carbono; Alometria; Infraestrutura verde
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