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VULNERABILIDADE AMBIENTAL NO ENTORNO DO MONUMENTO NATURAL DO ITABIRA, ES, BRASIL

RESUMO

A instituição de áreas de elevado valor biológico por meio da criação Unidades de Conservação (UC’s) tem se tornado importante instrumento de proteção aos recursos ambientais no país, frente ao desenfreado avanço antrópico sobre ambientes naturais. Os estudos de vulnerabilidade ambiental aliados à geotecnologia têm se mostrado uma relevante ferramenta na identificação de áreas mais vulneráveis, e, consequentemente, no gerenciamento e proteção das UC’s. Este trabalho objetivou analisar a vulnerabilidade ambiental no entorno do Monumento Natural do Itabira (MONAI), localizado no município de Cachoeiro de Itapemirim/ES, por meio de ferramentas geotecnológicas e inteligência artificial. As etapas metodológicas necessárias para este estudo foram: a) fotointerpretação do uso e ocupação da terra; b) seleção das variáveis antrópicas; c) aplicação da distância euclidiana nos vetores representativos das variáveis; d) aplicação da lógica Fuzzy nas matrizes das variáveis de distância euclidiana; e) aplicação do método Hierárquico Analítico (AHP); e f) espacialização das áreas de vulnerabilidade ambiental no entorno do MONAI. Os conflitos de uso e ocupação da terra demonstraram presença majoritária de pastagens, representando 49,80% da área de estudo, corroborando com o cálculo da distância euclidiana que atribuiu a esta variável o menor valor linear em relação à UC, 836 metros. Dentre as 5 classes de vulnerabilidade definidas pelas quebras naturais de Jenks, observou-se que 57,14% do entorno do MONAI é representado pelas classes alta e muito alta. A desatualização da lei de criação do MONAI e a inexistência de plano de manejo implicam no mapeamento de uma zona de amortecimento majoritariamente vulnerável ambientalmente. O presente estudo pode subsidiar a elaboração do plano de manejo e a demarcação da zona de amortecimento do MONAI.

Palavras-Chave:
Unidade de conservação; Zona de amortecimento; Geotecnologias

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