Este estudo teve como objetivo quantificar os estoques de carbono orgânico total e de suas frações em um argissolo sob sistemas agroflorestais com 6 (SAF6) e 13 anos de idade (SAF13), agricultura de corte-e-queima (ACQ) e floresta nativa de Cerrado (FNC) no Nordeste do Brasil. As amostras de solo foram coletadas nas estações seca e chuvosa, nas camadas de 0-0,05 m; 0,05-0,10 m; 0,10-0,20 m; e 0,20-0,40 m, para avaliar os estoques de carbono orgânico total (COT) e os teores de carbono lábil (CL), fração ácido fúlvico (C-FAF), fração ácido húmico (C-FAH) e humina (C-FH) e carbono da biomassa microbiana (Cmic). Além disso, o índice de manejo de carbono (IMC) foi determinado. Maiores estoques de COT (97,7 e 81,8 Mg ha-1 para 0-0,40 m de profundidade, nas estações seca e chuvosa, respectivamente) e teores de CL, substâncias húmicas e Cmic foram observados no SAF13 em todas as camadas. O IMC também foi maior no SAF13 (0-0,5 m: 158 e 86, 0,05-0,10 m: 171 e 67, respectivamente, nas estações seca e chuvosa), especialmente quando comparado com ACQ (0-0,05 m: 5,6 e 5,4; 0,05 -0,10 m: 5,3 e 5,8, respectivamente, nas estações seca e chuvosa). Os sistemas agroflorestais aumentam a qualidade do solo por meio da conservação da matéria orgânica e podem ser considerados como excelente estratégia para a garantia da sustentabilidade em solo tropical do Nordeste brasileiro.
Qualidade do solo; Biomassa microbiana; Índice de manejo de carbono
