RESUMO
Araucaria angustifolia (pinheiro-brasileiro ou araucária) é uma espécie nativa potencial para a silvicultura brasileira. No entanto, uma série de desafios e limitações técnicas ainda persistem, dificultando sua expansão como espécie para plantios florestais, dentre os quais se destaca a falta de avaliação de tecnologias de clonagem de materiais genéticos em condições de campo. O presente estudo objetivou avaliar a potencialidade da utilização de mudas de araucária produzidas por estaquia e enxertia para produção madeireira em comparação às produzidas por sementes, por meio da avaliação do vigor vegetativo a campo e assim estabelecer um fator de forma para plantios com idade equivalente. Mudas provenientes de estaquia e de sementes foram plantadas a campo em espaçamento 3 x 3 m, sendo parte das últimas destinadas a servirem de porta-enxertos para enxertia. O experimento foi conduzido num delineamento inteiramente casualizado, com três tratamentos e parcelas de uma planta (one tree plot). Plantas provenientes de estaquia apresentaram maior crescimento em diâmetro a altura do peito (7,4 cm) e altura total (4,2 m) aos 74 meses após o plantio, seguidas das mudas de enxertia e sementes, com resultados similares. Conclui-se que a estaquia e a enxertia são técnicas potenciais para a produção de mudas de araucária para fins madeireiros, sendo, de modo especial, a enxertiarecomendada pela facilidade de execução, além do fato de poder ser utilizada para formação de pomares para produção de sementes e apresentar incremento volumétrico e fator de forma similar a mudas produzidas por sementes.
Palavras-chave:
Métodos de propagação vegetativa; Incremento volumétrico; Hábito de crescimento