Visando estudar a viabilidade do emprego do delineamento em blocos aumentados e de métodos de análise espacial nas etapas iniciais dos programas de melhoramento de eucalipto, foram avaliados 121 tratamentos, sendo 113 progênies de meios-irmãos de Eucalyptus urophylla e oito clones, em dois locais: São Mateus, Estado do Espírito Santo, Brasil, e Posto da Mata, Estado da Bahia, Brasil. O delineamento utilizado foi um látice 11 x 11, com três repetições por local. Em cada bloco foram colocadas, aleatoriamente, quatro testemunhas. Cada parcela foi constituída por uma linha de seis plantas, no espaçamento 3 x 3 m. Os dados da circunferência à altura do peito (cm/planta), aos 19 e 26 meses de idade, foram submetidos à análise de variância, considerando as seguintes metodologias: látice, blocos aumentados, blocos ao acaso, método de Papadakis, método das médias móveis e testemunha intercalar. Realizou-se a comparação entre os diferentes métodos quanto à sua eficiência, a partir das seguintes estimativas: coeficiente de variação, herdabilidades e seus respectivos intervalos de confiança, correlação de Spearman e as metodologias de Fasoulas (1983) e Hamblin & Zimmerman (1986). Os resultados obtidos indicaram que o uso do delineamento em blocos aumentados é viável para seleção de progênies e clones nas etapas iniciais dos programas de melhoramento genético de eucalipto, principalmente se for aplicada uma intensidade de seleção moderada; porém esse delineamento não se mostrou apropriado para a estimação de parâmetros genéticos e fenotípicos, devido à baixa precisão das estimativas. Os métodos de testemunha intercalar e análise de vizinhança, o Papadakis (1937) e o método das médias móveis foram eficientes no controle da heterogeneidade dos blocos, sendo esta eficiência similar àquela proporcionada pela análise em látice.
Eucalyptus urophylla; blocos aumentados; blocos ao acaso; látice; análise de vizinhança; método de Papadakis; médias móveis; testemunha intercalar; parâmetros genéticos e fenotípicos
