O pouco conhecimento sobre o desempenho inicial de espécies nativas na recuperação de paisagens na Amazônia é uma limitação importante para a expansão do reflorestamento na região. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o estabelecimento de espécies arbóreas nativas no reflorestamento de área de pastagem anteriormente destinada à criação intensiva de gado no Estado de Rondônia. Para tanto, foi realizado um diagnóstico prévio das mudanças na paisagem do local e seleção de espécies com base na informação do grupo ecológico. Alguns dos macronutrientes críticos para o crescimento de plantas foram adicionados à cova para corrigir deficiências nutricionais. Adicionalmente, foram tomados os parâmetros de sobrevivência e crescimento para acompanhar o desempenho das espécies. Seis espécies nativas plantadas em diferentes arranjos (10 m x 10 m, 5 m x 5 m e 3 m x 3 m) tiveram taxa de sobrevivência e crescimento (altura total, diâmetro do coleto e área de projeção de copa) avaliados em intervalos distintos após o plantio das mudas: 6, 12 e 24 meses, respectivamente. Todas as espécies apresentaram taxa de sobrevivência acima de 90% aos 24 meses e índices comparáveis ao desempenho de espécies nativas em situação similar e na região. Schizolobium amazonicum (bandarra), a leguminosa não identificada 1 (acácia grande), e Colubrina glandulosa (sóbrasil) obtiveram o melhor desempenho em diâmetro de colo; S. amazonicum e a leguminosa não identificada 1 (acácia grande) apresentaram os melhores resultados dos indicadores altura e projeção de copa, respectivamente. O uso de espécies nativas pertencentes a grupos ecológicos de sucessão inicial combinado com a fertilização foi favorável para promover reflorestamento nas condições da área de estudo em Rondônia.
Amazônia Legal; Código Florestal Brasileiro; Adequação Ambiental