Este trabalho foi desenvolvido em área de mineração de ouro no Município de Paracatu, MG, Brasil, durante o período de março de 2000 a novembro de 2005. O substrato estudado foi um filito que contém sulfetos como pirita e arsenopirita. O objetivo deste trabalho foi avaliar a sobrevivência e crescimento de espécies vegetais sobre diferentes combinações de camadas de cobertura e de selamento sobre um substrato sulfetado. O tratamento 1 possuía saprolito (B1) na camada selante (SL) e B1 com calagem (B1L) na camada de cobertura (CL). O tratamento 2 possuía B1 na SL e B1L + solo com calagem (SoL) como CL. O tratamento 3 possuía B1 + SoL como SL e B1L como CL. O tratamento 4 possuía B1 + SoL como SL e B1L + SoL como CL. As espécies utilizadas foram Acacia farnesiana, A. holosericea, A. polyphylla, Albizia lebbeck, Clitoria fairchildiana, Flemingia sp., Mimosa artemisiana, M. bimucronata e Enterolobium contortisiliquum. Aos 40 e 57 meses após o plantio foram avaliados diâmetro do colo, altura e contagem das plantas vivas. A maior taxa de sobrevivência (80%) foi observada no tratamento com presença de horizonte B latossólico nas camadas selante e cobertura. De modo geral, M. bimucronata e A. farnesiana mostraram as mais altas taxas de sobrevivência. A teor de arsênio extraído por Mehlich 3 na camada de cobertura variou de 0,00 a 14,69 mg dm-3 entre os tratamentos. Os resultados indicaram que a utilização de diferentes camadas sobre o substrato sulfetado permite a rápida revegetação da área remanescente de mineração.
Substrato sulfetado; Revegetação; Recuperação de áreas degradadas
