Empresas sociais apresentam um novo paradigma para o capitalismo, em que as empresas privadas, organizações sem fins lucrativos e da sociedade civil criam um novo tipo de negócio com o objetivo principal de resolver problemas sociais com sustentabilidade financeira e eficiência por meio de mecanismos de mercado. Como todos os fenômenos novos, diferentes autores conceituam negócios sociais com visões distintas. Neste artigo, visa-se apresentar e caracterizar três perspectivas diferentes de definições de negócios sociais: o europeu, o norte-americano e as perspectivas de países emergentes. Cada um desses pontos de vista foi ilustrado por um caso diferente do Brasil. Conclui-se com a ideia de que todos os casos têm características semelhantes, mas também algumas diferenças relevantes que são mais do que apenas geográficas. As perspectivas analisadas neste trabalho fornecem um quadro analítico para compreender o campo dos negócios sociais. Além disso, os casos demonstram que, no contexto brasileiro, o campo dos negócios sociais está em construção e, como tal, recorre a diferentes influências conceituais para lidar com uma realidade complexa e desafiadora.
negócios sociais; base da pirâmide; inclusão social
