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O ultrassom guiado por telemedicina realizado por clínicos gerais não treinados pode ser viável em uma situação de risco de vida: o caso de um hospital de campanha durante a pandemia de COVID-19

Resumo

Objetivo:

Avaliar a viabilidade da orientação por telemedicina de médicos in situ não treinados na avaliação ultrassonográfica de múltiplos órgãos mediante protocolo padronizado, durante uma situação de risco de vida em hospital de campanha.

Materiais e Métodos:

Avaliamos 11 pacientes com choque e/ou dispneia de manifestação aguda durante a internação, cujos clínicos gerais solicitaram auxílio de especialista a distância.

Resultados:

Todos os médicos aceitaram o protocolo e, posicionando o transdutor, obtiveram imagens-chave da veia jugular interna, pulmão e veia cava inferior, quando guiados por um médico via telemedicina, que interpretou os achados desses órgãos. No entanto, apenas quatro (36%) médicos in situ obtiveram a imagem-chave apropriada do coração na janela paraesternal do eixo longo esquerdo e três (27%) tiveram imagem remotamente interpretada imediatamente. O tempo de avaliação variou de 7-42 minutos (média de 22,7 ± 12 minutos).

Conclusão:

Em situação de risco de vida, os clínicos gerais não treinados podem ser corretamente orientados por especialistas em telemedicina para realizar ultrassonografia multiórgãos in situ, melhorando o diagnóstico beira do leito.

Unitermos:
Telemedicina; Sistemas automatizados de assistência junto ao leito; Ultrassonografia; Emergências; Infecções por coronavírus

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