Aspectos de imagem de tomografia computadorizada e ressonância magnética em crianças com microcefalia possivelmente relacionada a infecção congênita pelo vírus Zika

A recente associação entre aumento do número de nascidos vivos com microcefalia no nordeste brasileiro com o surto pelo vírus Zika, que vem ocorrendo nas Américas, está sendo considerada uma emergência em saúde pública de interesse internacional. As evidências que apontam o vírus como causador deste agravo em saúde pública vêm sendo definidas de forma cada vez mais consistente. Este ensaio demonstra características de imagem de tomografia computadorizada e ressonância magnética em bebês admitidos em um hospital de reabilitação, com diagnóstico de microcefalia e antecedentes maternos de doença exantemática durante a gestação.

Unitermos:
Microcefalia; Infecção pelo vírus Zika; Tomografia computadorizada; Ressonância magnética

Autoria

Aníbal Araujo Alves Peixoto FilhoEndereço para correspondência: Dr. Aníbal Araujo Alves Peixoto Filho. Associação das Pioneiras Sociais - Setor de Radiologia. Avenida Tancredo Neves, 2782, Caminho das Árvores. Salvador, BA, Brasil, 41820-900. E-mail: anibalpeixotof@gmail.com.

Médicos Especialistas em Radiologia e Diagnóstico por Imagem da Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, Salvador, BA, Brasil.Médicos Especialistas em Radiologia e Diagnóstico por Imagem da Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, Salvador, BA, Brasil.Médicos Especialistas em Radiologia e Diagnóstico por Imagem da Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, Salvador, BA, Brasil.

Simone Baltar de Freitas

Márcio Morikoshi Ciosaki

Lourenço Nogueira e Oliveira

Onildo Tavares dos Santos Júnior

Endereço para correspondência: Dr. Aníbal Araujo Alves Peixoto Filho. Associação das Pioneiras Sociais - Setor de Radiologia. Avenida Tancredo Neves, 2782, Caminho das Árvores. Salvador, BA, Brasil, 41820-900. E-mail: anibalpeixotof@gmail.com.

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Figuras

Figuras (7)

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Figura 1
TC demonstrando calcificações parenquimatosas em diferentes pacientes, em várias localizações. A: Na substância branca profunda e regiões corticossubcorticais, ao nível da coroa radiada, assumindo aspecto confluente. B: Regiões corticossubcorticais ao nível dos ventrículos laterais. C: Nos tálamos e regiões capsulonucleares. Em A, existe retificação dos ossos frontais, e em B, pequeno cisto subcortical frontal esquerdo.

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Figura 2
RM. A,B: Sequências gradiente-eco volumétricas mostrando focos de hipossinal em regiões corticossubcorticais, tálamos e capsulonucleares. C: Sequência volumétrica T1 FSPGR, mesmo paciente de B, mostrando focos de hiperintensidade de sinal, confluentes nas regiões corticossubcorticais, em correspondência com os focos de hipossinal na sequência GRE.

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Figura 3
RM identificando padrão de simplificação giral em diferentes pacientes, nas sequências ponderadas em T2, associando-se ventriculomegalia e proeminência dos espaços subaracnóideos. Em B, identifica-se cisto subcortical na região frontal esquerda, além de polimicrogiria, que é mais bem caracterizada na região temporoparietal esquerda (seta).

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Figura 4
RM demonstrando padrões de alteração morfológica giral do espectro da lissencefalia, caracterizando-se contornos mais lisos da superfície cortical e certo espessamento, com apresentação mais generalizada em A e assimétrica em B, com paquigiria mais evidente na região frontal direita.

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Figura 5
RM mostrando hipogenesia do corpo caloso na sequência axial T2 (A) e sequência sagital 3D FIESTA (B), que demonstra de forma mais evidente o joelho e o tronco do corpo caloso, ambos hipoplásicos.

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Figura 6
RM identificando agenesia do corpo caloso nas sequências sagital T1 (A) e coronal T2 (B). Em A, é também possível caracterizar desproporção cefalofacial, protuberância óssea occipital (com "cavalgamento ósseo"), pregas cutâneas e projeção caudal das tonsilas cerebelares. Em B, identificam-se posicionamento elevado do terceiro ventrículo, ausência comissural inter-hemisférica, proeminência do espaço liquórico extra-axial e ventriculomegalia. O telencéfalo mostra-se bastante reduzido.

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Figura 7
RM. A,B: Sequência coronal T2 mostrando discreta hipoplasia do hemisfério cerebelar direito (A) e relativa proeminência do cerebelo em relação ao telencéfalo (B), além de importante redução volumétrica da substância branca e ventriculomegalia em ambas as imagens. C: Hipoplasia e rotação do verme do cerebelo, associada a proeminência do conteúdo liquórico da fossa posterior, alterações do espectro de Dandy-Walker. Há também hipoplasia do tronco encefálico, notadamente da ponte.

Figura 1 TC demonstrando calcificações parenquimatosas em diferentes pacientes, em várias localizações. A: Na substância branca profunda e regiões corticossubcorticais, ao nível da coroa radiada, assumindo aspecto confluente. B: Regiões corticossubcorticais ao nível dos ventrículos laterais. C: Nos tálamos e regiões capsulonucleares. Em A, existe retificação dos ossos frontais, e em B, pequeno cisto subcortical frontal esquerdo.

Figura 2 RM. A,B: Sequências gradiente-eco volumétricas mostrando focos de hipossinal em regiões corticossubcorticais, tálamos e capsulonucleares. C: Sequência volumétrica T1 FSPGR, mesmo paciente de B, mostrando focos de hiperintensidade de sinal, confluentes nas regiões corticossubcorticais, em correspondência com os focos de hipossinal na sequência GRE.

Figura 3 RM identificando padrão de simplificação giral em diferentes pacientes, nas sequências ponderadas em T2, associando-se ventriculomegalia e proeminência dos espaços subaracnóideos. Em B, identifica-se cisto subcortical na região frontal esquerda, além de polimicrogiria, que é mais bem caracterizada na região temporoparietal esquerda (seta).

Figura 4 RM demonstrando padrões de alteração morfológica giral do espectro da lissencefalia, caracterizando-se contornos mais lisos da superfície cortical e certo espessamento, com apresentação mais generalizada em A e assimétrica em B, com paquigiria mais evidente na região frontal direita.

Figura 5 RM mostrando hipogenesia do corpo caloso na sequência axial T2 (A) e sequência sagital 3D FIESTA (B), que demonstra de forma mais evidente o joelho e o tronco do corpo caloso, ambos hipoplásicos.

Figura 6 RM identificando agenesia do corpo caloso nas sequências sagital T1 (A) e coronal T2 (B). Em A, é também possível caracterizar desproporção cefalofacial, protuberância óssea occipital (com "cavalgamento ósseo"), pregas cutâneas e projeção caudal das tonsilas cerebelares. Em B, identificam-se posicionamento elevado do terceiro ventrículo, ausência comissural inter-hemisférica, proeminência do espaço liquórico extra-axial e ventriculomegalia. O telencéfalo mostra-se bastante reduzido.

Figura 7 RM. A,B: Sequência coronal T2 mostrando discreta hipoplasia do hemisfério cerebelar direito (A) e relativa proeminência do cerebelo em relação ao telencéfalo (B), além de importante redução volumétrica da substância branca e ventriculomegalia em ambas as imagens. C: Hipoplasia e rotação do verme do cerebelo, associada a proeminência do conteúdo liquórico da fossa posterior, alterações do espectro de Dandy-Walker. Há também hipoplasia do tronco encefálico, notadamente da ponte.

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[1] Endereço para correspondência: Dr. Aníbal Araujo Alves Peixoto Filho. Associação das Pioneiras Sociais - Setor de Radiologia. Avenida Tancredo Neves, 2782, Caminho das Árvores. Salvador, BA, Brasil, 41820-900. E-mail: anibalpeixotof@gmail.com.