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Resumos de Teses

Avaliação por ressonância magnética das estruturas musculoligamentares do assoalho pélvico e da presença de cistocele em mulheres com e sem incontinência urinária de esforço.

Autor: Maria Rita Lima Bezerra.

Orientador: Jacob Szejnfeld. Co-orientador: Homero Bruschini.

Tese de Doutorado. Unifesp-EPM, 2002.

Objetivo: Demonstrar o valor da ressonância magnética (RM) na avaliação das estruturas musculoligamentares e dos prolapsos pélvicos em mulheres sem e com incontinência urinária de esforço.

Métodos: Realizou-se estudo prospectivo em 25 pacientes com incontinência urinária de esforço e em 22 assintomáticas, com idade de 20-80 anos (média de idade: 50 anos). Os exames de RM de pelve em aparelho de 1,5 T foram realizados em seqüências turbo spin-eco, ponderadas em T1 e T2, nos planos axial e sagital. Os exames foram analisados por dois observadores independentes, sem conhecimento prévio do diagnóstico, que procuraram identificar os músculos levantador do ânus (pubococcígeo, iliococcígeo), puborretal, coccígeo, obturador interno e compressor da uretra e o ligamento pubo-uretral, e avaliar a espessura e a integridade desses grupos musculares e ligamentos. Comparando-se as imagens no plano sagital T2 em repouso e com esforço, foi estudada a presença ou não de cistocele. Foram verificadas a freqüência de identificação e a redução das estruturas musculoligamentares por observador. A diferença estatística das estruturas acima citadas em relação ao grupo continente e incontinente foi avaliada pelos testes do qui-quadrado, exato de Fisher, índice de proporção de concordância interobservador e intervalo de confiança (95%).

Resultados: Houve diferença estatisticamente significante (p < 0,05) na identificação do músculo compressor da uretra e do ligamento pubo-uretral pelo observador I, sendo identificados com maior freqüência nas mulheres continentes, não havendo diferença estatisticamente significante (p > 0,05) na identificação dos músculos levantador do ânus, pubococcígeo, iliococcígeo, puborretal, coccígeo e obturador interno. Também houve diferença estatisticamente significante (p < 0,05) na identificação do músculo coccígeo, não havendo diferença significante (p > 0,05) na identificação dos demais músculos e do ligamento pubo-uretral pelo observador II. Quanto à redução das estruturas musculoligamentares, não houve diferença estatisticamente significante (p > 0,05) entre as pacientes continentes e incontinentes pelos observadores I e II. A concordância interobservador na identificação das estruturas foi a seguinte: músculos levantador do ânus (100%), pubococcígeo (96%), iliococcígeo (94%), puborretal (87%), coccígeo (87%), obturador interno (96%), compressor da uretra (72%) e ligamento pubo-uretral (55%). A concordância interobservador na definição da redução das dimensões das estruturas musculoligamentares nos diversos músculos foi: levantador do ânus (63%), pubococcígeo (95%), iliococcígeo (55%), puborretal (97%), coccígeo (97%), obturador interno (80%), compressor da uretra (89%) e ligamento pubo-uretral (95%). Em 25 mulheres com incontinência urinária de esforço, foi observada associação com cistocele em 22 (88%) mulheres, nas imagens obtidas com os esforços. No grupo de 22 mulheres assintomáticas, a cistocele foi observada em 8 (36%) delas.

Conclusão: Houve diferença estatisticamente significante (p < 0,05) na identificação do músculo compressor da uretra e do ligamento pubo-uretral pelo observador I e na identificação do músculo coccígeo pelo observador II, sendo eles mais identificados nas mulheres continentes. Quanto à identificação de redução das estruturas musculoligamentares entre o grupo de mulheres incontinentes em relação às continentes, não houve diferença estatisticamente significante (p > 0,05). A cistocele foi estatisticamente significante (p > 0,05) nas mulheres com incontinência urinária de esforço em comparação com o grupo controle.

Avaliação ultra-sonográfica da placenta em relação à sua espessura em fêmeas da espécie canina.

Autor: André Luiz Louzada Maldonado.

Orientador: Sergio A. Ajzen. Co-orientador: Rimarcs G. Ferreira.

Tese de Mestrado. Unifesp-EPM, 2002.

Objetivos: Aprimorar o exame ultra-sonográfico gestacional em medicina veterinária e estudar a espessura da placenta em cadelas de grande porte.

Métodos: Realizaram-se exames ultra-sonográficos enfocando a análise da placenta, semanalmente, em 22 cadelas da raça dogue alemão, a partir da constatação da gestação. A análise das placentas foi realizada de forma padronizada, retirando-se uma média entre as placentas, pois cada cadela tem aproximadamente oito filhotes.

Resultados: Obtiveram-se ótimos resultados, os quais propiciaram a elaboração de uma equação, com a qual pode-se detectar a idade gestacional pela mensuração da espessura da placenta com grande precisão.

Conclusão: O intuito de aprimorar o exame ultra-sonográfico gestacional em medicina veterinária foi atingido, pois, por este trabalho, foi definido, pela mensuração da placenta, um parâmetro a mais para se avaliar o mau ou bom andamento de uma gestação, facilitando, dessa forma, o diagnóstico de sofrimento fetal e evitando muitos erros com relação à idade gestacional.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    11 Fev 2003
  • Data do Fascículo
    Nov 2002
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