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Correlação entre a ressonância magnética e a ultra-sonografia com dúplex scan colorido no diagnóstico da trombose venosa profunda dos membros inferiores

RESUMOS DE TESES

Correlação entre a ressonância magnética e a ultra-sonografia com dúplex scan colorido no diagnóstico da trombose venosa profunda dos membros inferiores

Autor: Flávio Mendes Andrade Neto.

Orientador: Cláudio Campi de Castro.

Tese de Doutorado. São Paulo: FMUSP, 2007.

A trombose venosa profunda é uma doença que acomete o sistema venoso profundo, com formação de trombos dentro de uma veia e conseqüente reação inflamatória do vaso. O trombo pode determinar a obstrução parcial ou total do vaso. Ocorre em maior número nos membros inferiores e pelve. O quadro normalmente é agudo, mas pode se tornar crônico, com recidivas. Na maior parte dos casos, acomete os membros de forma unilateral.

No presente estudo foram utilizados dois métodos de diagnóstico por imagem na detecção de trombose venosa profunda, que foram a ultra-sonografia em escala de cinza (modo B) associada ao dúplex scan colorido, e a ressonância magnética. Neste último, foi utilizado meio de contraste paramagnético (gadolínio) através da administração venosa pediosa. Foram estudados 26 pacientes, 47 membros inferiores e 141 segmentos corporais. A comparação entre os métodos de imagem foi feita por segmento venoso e por segmento corporal. O objetivo do estudo foi avaliar a concordância diagnóstica entre os métodos e a confiabilidade interobservadores nos exames de ressonância magnética, bem como avaliar a sensibilidade, especificidade e acurácia do dúplex scan colorido em relação à ressonância magnética por segmentos venosos e corporais.

Como conclusões do estudo, notamos que houve boa correlação entre a ultra-sonografia e a ressonância magnética nos segmentos femorais comuns e superficiais, perfurantes da coxa, poplíteas, tibiais posteriores, fibulares e ilíacas externas. Também houve boa correlação entre os métodos na avaliação das coxas e pernas, e ausência de correlação significativa na pelve. Houve boa confiabilidade interobservadores nos exames de ressonância magnética por segmento venoso. A sensibilidade da ultra-sonografia em relação à ressonância magnética foi excelente na pelve, nas coxas e pernas, sendo a especificidade e a acurácia altas na coxa e perna, e baixas na pelve.

Impacto do encaminhamento para ambulatório de câncer hereditário na qualidade de vida de pacientes portadores de câncer de mama

Autora: Maria Del Pilar Estevez Diz.

Orientadora: Miriam Hatsue Honda Federico.

Tese de Doutorado. São Paulo: FMUSP, 2007.

Neste trabalho, medimos o impacto da avaliação do risco de mutações dos genes BRCA1/2 na qualidade de vida de pacientes com câncer de mama, avaliada pelos questionários EORTC QLQ-C30 e QLQ-BR23.

Convidamos 282 pacientes a participar, respondendo aos questionários antes e depois da avaliação do risco pelos métodos de Frank, Evans e BRCAPRO. Consideramos risco elevado pelo menos 10%. Duzentas e setenta e duas pacientes foram incluídas e 198 completaram o estudo. Nas 180 avaliáveis, a idade mediana das pacientes foi de 53 anos, com desvio-padrão de 11,5 anos e, em 89, o tempo desde o diagnóstico de menos de 36 meses. Quarenta pacientes estavam em seguimento e 137, em hormonioterapia.

Não detectamos alterações significativas da qualidade de vida com a determinação do risco para mutações. Houve diferença significativa entre imagem corporal negativa e cirurgia conservadora da mama (p < 0,001). Classificamos 45 como risco elevado pelo método de Frank, 35 pelo BRCAPRO e 21 por Evans, sendo que em 12 dessas pacientes houve concordância dos três métodos juntos.

Concluímos que, apesar do grande interesse demonstrado pelas pacientes em participar no estudo, a determinação do risco não interferiu na qualidade de vida delas. Aparentemente, informações sobre hereditariedade são desejadas, mas não acarretam estresse adicional e deveriam ser prestadas, pois o número de pacientes com risco elevado é semelhante ao indicado em outras populações. Além disso, a baixa concordância entre os métodos utilizados indica a necessidade de definir parâmetros para determinação de risco em nosso meio.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    27 Set 2007
  • Data do Fascículo
    Ago 2007
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