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RESUMOS DE TESES

A tomografia computadorizada na avaliação da toxicidade pulmonar pela amiodarona

Autora: Daniela Peixoto Considera.

Orientador: Edson Marchiori.

Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: UFRJ, 2006.

A amiodarona é uma droga utilizada no meio cardiológico desde a década de 60. Seu uso, considerado inicialmente seguro, mostrou, com o passar do tempo, trazer múltiplos efeitos colaterais. Dentre estes, o mais grave e preocupante é certamente a toxicidade pulmonar.

Neste trabalho, foram estudadas 15 tomografias computadorizadas do tórax de pacientes com história de uso deste fármaco e com quadro pulmonar comprovado como pneumonite pela amiodarona.

As alterações tomográficas dominantes foram de padrão intersticial isolado, observado em 46,7% dos pacientes analisados. A presença de doença mista, com associação de alterações intersticiais e do espaço aéreo, ocorreu em 40% dos pacientes. Das lesões parenquimatosas evidenciadas, as mais freqüentes foram as opacidades lineares ou reticulares, em 73,3% dos casos, o espessamento de septos interlobulares, em 66,7% dos pacientes, e ainda, pequenos nódulos com densidade elevada e áreas de atenuação em vidro fosco, achados estes que foram evidenciados em 53,3% dos casos. Outros aspectos detectados à tomografia foram lesões pulmonares com aumento de sua atenuação, ocorrendo na fórma de nódulos ou consolidações, as quais ocorreram em 66,7% dos pacientes, de forma isolada ou em associação. Estas alterações parenquimatosas apresentaram predomínio nas porções posteriores e inferiores dos pulmões. A detecção de aumento da densidade do parênquima hepático também foi achado freqüente. Dentre os pacientes em que se obteve acesso ao estudo da porção superior do abdome, 70% demonstraram tal característica.

Bursas radial e ulnar do carpo: aspectos anatômicos avaliados por ressonância magnética e ultra sonografia com correlação cadavérica

Autor: Rodrigo Oliveira Carvalho de Aguiar.

Orientadores: Emerson Leandro Gasparetto, Dante Luiz Escuissatto, Edson Marchiori.

Tese de Doutorado. Rio de Janeiro: UFRJ, 2006.

Este estudo objetivou descrever os achados de imagem das bursas radial e ulnar do carpo e suas comunicações com as bainhas tendíneas flexoras dos dedos, correlacionando com cortes cadavéricos.

O trabalho incluiu 11 espécimes, sendo um deles excluído da análise devido a alterações osteodegenerativas. Guiada pela ultra-sonografia, foi injetada uma solução contendo contraste paramagnético (gadolínio), iodado (iohexol) e gelatina colorida nas bainhas tendíneas dos flexores do primeiro e quinto dedos. Após, os espécimes foram examinados por meio da ressonância magnética e seccionados em cortes de três milímetros, nove no plano axial e um no plano coronal, para correlação cadavérica.

Em todos os casos foi evidenciada a bursa radial ao redor do tendão do músculo flexor longo do polegar, desde a borda distal do músculo pronador quadrado e túnel do carpo, continuando-se com a bainha tendínea do flexor longo do polegar. A bursa ulnar foi vista adjacente aos tendões flexores superficial e profundo do quinto dedo, desde a borda distal do músculo pronador quadrado até a região intermédia do quinto metacarpo, em todos os espécimes. Em 80% dos casos foi evidenciada a comunicação desta bursa com a bainha tendínea flexora do quinto dedo. Em 100% dos casos a bursa ulnar, através de suas três lâminas, envolveu os tendões flexores do segundo, terceiro e quarto dedos, estendendo-se também da margem distal do músculo pronador quadrado até o terço intermédio dos metacarpos. Não houve casos de comunicação da bursa ulnar com as bainhas tendíneas flexoras do segundo, terceiro e quarto dedos. Em 100% dos casos houve comunicação entre a bursa radial e ulnar do carpo, sendo que em 20% dos casos foi constatado que esta comunicação ocorreu através da bursa intermédia, localizada ao redor dos tendões flexores do segundo dedo ao nível do carpo.

Concluindo, as bursas ulnar e radial do carpo são achados constantes, assim como a comunicação entre as mesmas, bem como a comunicação da bursa radial com a bainha tendínea flexora do polegar. A bursa ulnar pode comumente comunicar-se com a bainha tendínea do quinto dedo, enquanto a comunicação da bursa ulnar com as demais bainhas tendíneas do segundo, terceiro e quarto dedos não é observada com freqüência.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    21 Nov 2006
  • Data do Fascículo
    Out 2006
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