Resumo
Objetivo: Avaliar a prevalência e o tipo de anormalidades pulmonares residuais em tomografias computadorizadas (TCs) de tórax e provas de função pulmonar (PFP) de pacientes sintomáticos respiratórios pós-COVID-19 após 12 meses e analisar as associações dos achados de imagem e PFP.
Materiais e Métodos: Os achados tomográficos foram avaliados por dois radiologistas e foi calculado um escore semiquantitativo na TC. As PFPs incluíram espirometria, pletismografia e a capacidade de difusão pulmonar para monóxido de carbono.
Resultados: Trinta e sete pacientes foram incluídos no estudo. Aos 12 meses, 78,3% dos pacientes apresentaram anormalidades residuais na TC de tórax, incluindo opacidades reticulares (75,7%), bronquiectasias/bronquiolectasias de tração (43,2%) e achados semelhantes a fibrose (43,2%). O escore global médio de TC foi de 9,30 ± 2,59. Pacientes com achados semelhantes a fibróticos apresentaram capacidade pulmonar total prevista menor (68,6% vs. 80,6%; p = 0,018). Foi encontrada uma correlação negativa moderada entre o escore global da TC e a capacidade pulmonar total prevista (rs = –0,49; p = 0,003).
Conclusão: Uma proporção significativa de pacientes sintomáticos respiratórios pós-COVID demonstrou anormalidades pulmonares residuais na TC de tórax em 12 meses, com prevalência substancial de achados semelhantes a fibrose. Esses achados foram associados a distúrbios ventilatórios restritivos.
Unitermos:
Síndrome pós-COVID-19 aguda; Tomografia computadorizada por raios X; Fibrose pulmonar; SARS-CoV-2; COVID-19/complicações
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