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RESUMOS DE TESES

SMDSMD/LMA) ou evolução (SMDSMD/LMA) da SMD.

Culturas primárias de células estromais da medula óssea foram obtidas de crianças sadias (CT), pacientes com SMD com anemia refratária com excesso de blastos (AREB), e leucemia mielóide aguda associada à SMD (SMD/LMA). Após a comparação do perfil gênico entre CT vs. SMD, CT vs. SMD/LMA e SMD vs. SMD/LMA, foram identificados grupos de genes com padrões de expressão específicos durante a transformação (CTSMDSMD/LMA) ou evolução (SMDSMD/LMA) da SMD.

Caracterização molecular do estroma conjuntivo de medula óssea de pacientes com síndrome mielodisplásica na infância

Autora: Rosimeire Aparecida Roela.

Orientadores: Maria Mitzi Brentani, Luiz Fernando Lopes.

Tese de Doutorado. São Paulo: FMUSP, 2005.

Existem evidências da participação das células estromais da medula óssea no desenvolvimento de doenças malignas hematopoéticas, tais com a síndrome mielodisplásica na infância (SMD). Nosso objetivo foi determinar a expressão diferencial de genes por cDNA microarray em células estromais da medula óssea ao longo da transformação e evolução.

A análise destes genes que codificam GTPases (ARHE e PPP1R12B), proteínas associadas à formação e direcionamento de microtúbulos (MAP1B e MAPRE2) indicou um padrão de expressão variado. Outros genes envolvidos com tráfico de membrana (GJA1 e KCNJ15) e ponto de checagem mitótico (TPX2 e TOP2A) apresentaram expressão aumentada, em contraste à diminuição de expressão de genes associados com a via do fas (BID e IL1b). Todos esses genes foram associados com processos celulares, tais como apoptose, proliferação e ação de fatores transcricionais. Em adição, a reduzida expressão de genes associados com processamento de colágeno (P4HB e LOXL2), outras moléculas da matriz extracelular (THBS1) e proteases (PLAT e PLAU), envolvidos em megacariopoese foram observados somente em SMD/LMA. A variação do perfil destes genes pode contribuir para a transformação/evolução da SMD.

Quimiorradioterapia concomitante em pacientes portadores de carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço não elegíveis para tratamento cirúrgico

Autor: Gilberto de Castro Jr.

Orientadora: Miriam Hatsue Honda Federico.

Dissertação de Mestrado. São Paulo: FMUSP, 2005.

INTRODUÇÃO: Quimiorradioterapia concomitante é uma alternativa de tratamento para pacientes portadores de carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço localmente avançado, para os quais não é indicada a cirurgia curativa, oferecendo melhores taxas de sobrevida global, sobrevida livre de progressão e controle loco-regional que a radioterapia isolada, segundo estudos disponíveis aleatorizados. Neste estudo, avaliamos a eficácia e a toxicidade da associação cisplatina-radioterapia em pacientes portadores de carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço localmente avançado, tratados no Serviço de Oncologia do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

MÉTODOS: Foram avaliadas, prospectivamente, a taxa de resposta, a sobrevida livre de progressão da doença, a sobrevida global e a toxicidade do tratamento de 30 pacientes incluídos no estudo, no período de março de 2003 e agosto de 2004. O protocolo de quimiorradiação consistia em radioterapia externa na dose de 70 Gy no sítio primário e 50 Gy em região de drenagem, com fracionamento diário de 2 Gy/dia, cinco aplicações por semana, associada à cisplatina 100 mg/m² dos dias 1, 22 e 43 da radiação. Todos os pacientes assinaram consentimento esclarecido, tinham funções orgânicas normais e foram acompanhados semanalmente.

RESULTADOS: A maioria dos pacientes foi do sexo masculino, com idade mediana de 53 anos. Em relação ao sítio primário, 24/30 pacientes tinham neoplasia primária localizada na cavidade oral ou na orofaringe, 27/30 pacientes foram classificados como portadores de neoplasia T4 e 12/30 tinham linfonodos N3. A taxa de resposta a este tratamento foi de 47%, a sobrevida livre de progressão mediana observada foi de 7,5 meses e a sobrevida global mediana foi de 11,3 meses. Dos 30 pacientes incluídos, 25 (83%) apresentaram alguma toxicidade graus 3 ou 4, principalmente mucosite, disfagia, dermatite, anemia, náuseas e vômitos, a despeito do tratamento de suporte oferecido. A resposta ao tratamento (parcial ou completa) associou-se a maiores taxas de sobrevida livre de progressão mediana (não alcançada versus 3,7 meses, p < 0,001) e sobrevida global mediana (não alcançada versus 7,6 meses, p = 0,001). Houve melhora da dor dos pacientes após o tratamento, e nos cinco pacientes avaliados em relação à qualidade de vida, não detectamos piora desta, quando avaliada antes e após a quimioradioterapia.

CONCLUSÕES: Pacientes portadores de carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço localmente avançado não elegíveis para o tratamento cirúrgico podem se beneficiar deste esquema de quimiorradioterapia que pode ser administrado em um contexto de rotina assistencial, embora seja necessário suporte clínico agressivo para prevenção da toxicidade.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Set 2005
  • Data do Fascículo
    Ago 2005
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