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RESUMOS DE TESES

Osteossarcoma parosteal: aspectos na radiologia convencional

Autor: Francisco Nanci Neto.

Orientadores: Edson Marchiori, Alberto Domingues Vianna.

Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: UFRJ, 2006.

Neste trabalho foi feito um estudo retrospectivo dos exames de 26 pacientes com osteossarcoma parosteal, provenientes do arquivo do Clube do Osso, Rio de Janeiro, e realizada a análise dos principais achados clínicos e aspectos radiológicos.

A doença predominou em pacientes do sexo feminino e teve idade média de acometimento na terceira década de vida. Os achados clínicos mais freqüentes foram o aumento do volume no local do tumor (77% dos casos) e a dor local (68% dos casos). O local mais comum do tumor foi o oco poplíteo com 40% dos casos, e houve envolvimento metafisário em 92% dos tumores. O aspecto radiológico mais comumente encontrado foi de lesão bem mineralizada e intimamente justaposta à superfície óssea, com o córtex adjacente irregularmente espessado (92,3% dos casos), observando-se área de adesão a este (88,5% dos casos), além de margens tumorais lobuladas (50% dos casos) ou irregulares (38,5% dos casos). Evidenciou-se também uma linha radiolucente entre o tumor e o osso adjacente (48% dos casos), um padrão de mineralização mais denso na base que na periferia (42,3% dos casos), e uma pequena ocorrência de reação periosteal (15,4% dos casos).

Apesar de a tomografia computadorizada e a ressonância magnética serem importantes na identificação de alguns aspectos do osteossarcoma parosteal, a radiologia convencional é altamente sugestiva deste tumor e permite, na maior parte dos casos, o diagnóstico diferencial com outras lesões da superfície óssea.

Aspectos radiológicos e epidemiológicos do granuloma central de células gigantes

Autor: José Wilson Noleto Ramos Júnior.

Orientadores: Edson Marchiori, Renato Kobler Sampaio.

Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: UFRJ, 2006.

Neste estudo foram avaliados, retrospectivamente, os aspectos epidemiológicos e radiológicos de 26 lesões de células gigantes (granulomas centrais de células gigantes e tumores marrons do hiperparatireoidismo) observadas em 22 pacientes, diagnosticadas e tratadas no Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Universitário Pedro Ernesto – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, no período compreendido entre janeiro de 1990 e junho de 2004.

Os prontuários, radiografias e laudos histopatológicos foram avaliados e revisados.

Os pacientes foram classificados em dois grupos. Os do grupo A, composto de 17 pacientes, não apresentavam evidências de hiperparatireoidismo, e os 5 do grupo B eram portadores de tal distúrbio. O sexo feminino (72,7%) foi mais acometido do que o sexo masculino (27,3%). As lesões ocorreram com maior freqüência em pacientes da segunda e terceira décadas de vida, com média de idade de 27 anos. Dos três pacientes que apresentavam mais de uma lesão, um pertencia ao grupo A e dois, ao B. A mandíbula (61,5%) foi mais acometida do que a maxila (38,5%). Na mandíbula, a região do corpo apresentou 75% das lesões, a anterior, 18,7%, e a do ramo, 6,3%. Na maxila, 60% das lesões ocorreram na região anterior e 40%, na posterior. Radiograficamente, 57,7% das lesões eram multiloculares e 42,3%, uniloculares. Na mandíbula, 56,3% das imagens tinham aspecto multilocular e 43,7%, uniloculares. Na maxila, as imagens multiloculares corresponderam a 60% e os 40% restantes eram uniloculares. Todas as 26 lesões diagnosticadas provocaram expansão de cortical óssea, sendo que 15,4% produziram reabsorção das raízes dos dentes vizinhos, 50% causaram deslocamento dentário e 11,5% estavam relacionadas a sintomas dolorosos. Na mandíbula, 18,7% das lesões cruzaram a linha média. Os pacientes que não apresentavam hiperparatireoidismo (grupo A) apresentaram 66,7% das lesões na mandíbula e 33,3% na maxila, ao passo que os pacientes com tal distúrbio (grupo B) mostraram igualdade em relação à distribuição das lesões entre os arcos. O grupo A apresentou 66,7% de lesões multiloculares e 33,3% de uniloculares. O grupo B apresentou 62,5% de lesões uniloculares e 37,5% de lesões multiloculares. Dos pacientes do grupo B, 80% não apresentavam sinais e/ou sintomas de tal distúrbio, a não ser as lesões dos maxilares.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    07 Fev 2007
  • Data do Fascículo
    Dez 2006
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