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Resumos de Teses

Estudo da marcação do anticorpo monoclonal OKT3 com tecnécio-99m: aplicações clínicas.

Autora: Flávia Paiva Proença Martins.

Orientadora: Bianca Gutfilen.

Tese de Mestrado. UFRJ, 2002.

Muitos radionuclídeos e diversos métodos têm sido empregados na marcação de anticorpos monoclonais para o estudo de diversas doenças — auto-imunes, tumorais e infecciosas. O tecnécio-99m (Tc-99m) é o radionuclídeo de escolha para a marcação dessas moléculas, devido às suas características físicas, químicas e biológicas, além de ser facilmente obtido, com baixo custo. O anticorpo monoclonal murino (OKT3) é uma IgG2a que se liga aos linfócitos T CD3.

Foi desenvolvido um método simples para a marcação do anticorpo monoclonal OKT3 com Tc-99m que proporciona alta eficiência de marcação, além de não alterar sua imunorreatividade, com baixo custo e tempo curto para a preparação. A marcação do OKT3 com Tc-99m foi realizada pelo método indireto, utilizando como agente redutor o cloreto estanoso (SnCl2) e como agente quelante o 2-mercaptoetanol (2-ME). O OKT3 (300 µl) foi incubado por 10 minutos com 2-ME. SnCl2 foi adicionado à solução e realizada incubação de 10 minutos. Após adição de 10 mCi de Tc-99m, foi feita nova incubação de 20 minutos. A solução final foi filtrada com milipore 0,45 µ para a retirada do Tc-99m livre ou de possíveis colóides. O rendimento da marcação foi superior a 90% após a filtração. O controle de qualidade foi feito por ensaios cromatográficos e eletroforese.

A biodistribuição in vivo de 99m-Tc-OKT3, tanto em cobaias quanto nos pacientes, foi compatível com a descrita na literatura. Foi utilizado o 99m-Tc-OKT3 para avaliação cintilográfica de pacientes submetidos a transplante renal e com artrite reumatóide. Com os resultados promissores observados, posteriores investigações sobre o uso do 99m-Tc-OKT3 em doenças associadas aos linfócitos T CD3 poderão ser realizadas. Além disso, esses resultados abrem uma grande perspectiva para o diagnóstico precoce e compreensão dos mecanismos fisiopatológicos de diversas doenças auto-imunes.

Tomografia computadorizada nos implantes dentários intra-ósseos.

Autora: Maria Celeste Resende do Carmo.

Orientadora: Maria Célia Resende Djahjah.

Tese de Mestrado. UFRJ, 2002.

Neste estudo está descrito o uso da tomografia computadorizada (TC) como uma opção de exame não-convencional para o planejamento pré-cirúrgico dos implantes dentários intra-ósseos. Os tópicos abordados foram a técnica de execução da TC, a eficácia do exame na determinação da quantidade e qualidade óssea, a precisão na localização das estruturas anatômicas vitais e a apresentação das indicações, vantagens e desvantagens do exame. Para isto, o estudo foi realizado sobre as imagens tomográficas de 30 casos, envolvendo áreas da mandíbula e maxila.

Inicialmente, um histórico do uso da TC e sua evolução foram apresentados. Em seguida, discutiu-se a respeito do princípio de formação da imagem, associado ao uso dos principais "softwares" de reformatação. Em um momento posterior foram descritas as indicações para o exame. Estas, numa primeira fase do planejamento, conduziram para o uso da radiografia panorâmica com 25% de ampliação constante. Entretanto, quando houve a necessidade de determinar o curso do canal mandibular (região posterior da mandíbula) e a localização do forame mentoniano, a TC se apresentou como a melhor opção capaz de tal realização.

Finalizando, a descrição das vantagens e desvantagens possibilitou concluir que o uso da TC foi capaz de informar detalhes anatômicos importantes, definir a qualidade óssea e reduzir as chances de erro no planejamento do implante dentário, além de aumentar sobremaneira a possibilidade de diagnósticos entre as técnicas não-invasivas atualmente empregadas.

Relato de uma prática em um centro de diagnóstico mamário. Considerações sobre intervenções psicanalíticas com as usuárias e membros da equipe.

Autora: Elena Pérez Alonso.

Orientador: Hilton Augusto Koch.

Tese de Mestrado. UFRJ, 2002.

No período de 22 de junho a 27 de novembro, a psicanalista acolheu, escutou e fez intervenções psicanalíticas em 101 pacientes. Na saída da sala de exames foram feitas perguntas sobre a importância de um profissional da área de saúde mental em um centro de diagnóstico mamário e sobre os sentimentos que esse exame desperta, com o propósito de escutar a angústia e as fantasias das mulheres relacionadas ao exame mamográfico. Lançou-se mão da psicanálise como referencial de leitura do que foi percebido na prática, e como instrumento a escuta diferenciada para detectar as questões que emergem nesse setor.

Dessas 101 mulheres, 70 também falaram das suas preferências com relação ao exame clínico e o momento em que elas achavam mais conveniente para que o médico fizesse as perguntas sobre as suas histórias. A equipe também contou com a escuta da psicanalista. Esta, em seu lugar de escuta diferenciada, mostrou-se sempre solícita para acolher as dificuldades que a equipe apresentava e, como efeito, contribuir para melhorar o atendimento no Centro de Diagnóstico Mamário da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Os achados radiológicos constataram dois casos de câncer.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    26 Nov 2002
  • Data do Fascículo
    Out 2002
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