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Imagem funcional da respiração após aceleração da recuperação do bloqueio neuromuscular com neostigmina ou sugamadex em ratos anestesiados: estudo piloto controlado e randomizado As experiências foram conduzidas nas instalações Bruker (Kontich, Bélgica).

Resumo

Objetivos

As reduções da atividade do diafragma estão associadas ao desenvolvimento de atelectasia no período pós-operatório. A reversão com neostigmina também está associada ao aumento de atelectasia. Avaliamos os efeitos de neostigmina, sugamadex e da reversão espontânea sobre a ventilação pulmonar regional e o fluxo aéreo.

Métodos

Seis ratos Sprague-Dawley foram paralisados com rocurônio e mecanicamente ventilados até a recuperação da sequência de quatro estímulos atingir relação 0,5. Administramos neostigmina (0,06 mg.kg-1), sugamadex (15 mg.kg-1) ou solução salina (n = 2 por grupo). As tomografias foram feitas durante o ciclo respiratório. Modelos tridimensionais dos lobos pulmonares foram gerados com a tecnologia de imagem funcional respiratória e os volumes lobares foram calculados durante o ciclo respiratório. A superfície diafragmática foi segmentada para as varreduras expiratória final e inspiratória final. A alteração total no volume foi relatada pela alteração do volume pulmonar da varredura expiratória final para a varredura inspiratória final. O movimento da parede torácica foi definido como a variação do volume pulmonar menos a alteração no volume resultante da excursão do diafragma.

Resultados

Os dois ratos que receberam neostigmina apresentaram uma contribuição relativa menor do movimento do diafragma para a alteração total do volume pulmonar em comparação com os dois ratos que receberam sugamadex ou solução salina (contribuição da parede torácica (%): 26,69 e 25,55 para neostigmina; -2,77 e 15,98 para sugamadex; 18,82 e 10,30 para solução salina).

Conclusão

Este estudo piloto com ratos demonstrou uma contribuição relativa aumentada de expansão da parede torácica após neostigmina em comparação com sugamadex ou solução salina. Essa contribuição relativa menor de movimento do diafragma pode ser explicada por uma redução induzida por neostigmina na atividade do nervo frênico ou por receptores de acetilcolina permanecerem ocupados após a administração de neostigmina.

PALAVRAS-CHAVE
Diafragma; Neostigmina; Bloqueio neuromuscular; Rocurônio; Sugammadex

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