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Estudo comparativo entre propofol e etomidato em pacientes sob anestesia geral

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

A indução é uma parte crítica da prática de anestesia. Hipotensão súbita, arritmias e colapso cardiovascular são complicações ameaçadoras após a injeção de agente de indução em pacientes hemodinamicamente instáveis. É aconselhável o uso de um agente seguro com menos efeitos adversos para esse propósito. O presente estudo prospectivo, randômico, teve como objetivo comparar propofol e etomidato quanto a seus efeitos sobre a hemodinâmica e aos vários efeitos adversos em pacientes sob anestesia geral.

MÉTODOS:

Cem pacientes ASA I e II, entre 18-60 anos, programados para procedimento cirúrgico eletivo sob anestesia geral, foram divididos aleatoriamente em dois grupos de 50 cada para receber propofol (2 mg/kg) e etomidato (0,3 mg/kg) como um agente de indução. Os parâmetros vitais na indução, laringoscopia e posteriormente foram registrados para comparação. Efeitos adversos como dor à injeção, apneia e mioclonia foram cuidadosamente monitorados.

RESULTADOS:

As variáveis demográficas foram comparáveis em ambos os grupos. Os pacientes do grupo etomidato apresentaram pouca alteração da pressão arterial média (PAM) e da frequência cardíaca (FC) em comparação com o grupo propofol (p < 0,05) a partir do valor basal. Houve mais dor à injeção no grupo propofol, enquanto houve mais atividade mioclônica no grupo etomidato.

CONCLUSÕES:

Este estudo conclui que etomidato é um agente melhor para a indução do que o propofol em relação à estabilidade hemodinâmica e menos dor à injeção.

Palavras-chave:
Propofol; Indução da anestesia; Mioclonia; Estabilidade hemodinâmica; Pressão arterial média

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