Acessibilidade / Reportar erro
Revista Brasileira de Anestesiologia, Volume: 51, Número: 6, Publicado: 2001
  • Alterações transitórias do exame neurológico durante o despertar da anestesia com enflurano, isoflurano ou sevoflurano Artigos Científicos

    Soares, Luiz Fernando; Helayel, Pablo Escovedo; Oliveira Filho, Getúlio Rodrigues de; Amaral, Rogério do

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Anormalidades transitórias do exame neurológico ocorrem durante o despertar da anestesia com halotano, enflurano e isoflurano. Pouco se conhece sobre a ocorrência de anormalidades do exame neurológico durante a recuperação da anestesia com sevoflurano. Este estudo teve como objetivo comparar a prevalência de tais achados durante a recuperação da anestesia com enflurano (Grupo E), isoflurano (Grupo I) e sevoflurano (Grupo S). MÉTODO: Foram estudados 44 pacientes que receberam anestesia com enflurano, isoflurano ou sevoflurano em N2O a 50%. Foram anotados antes da indução, imediatamente após a cessação da administração do anestésico e 5, 10, 15, 20, 30 e 40 minutos após: temperatura timpânica, nível de consciência, tônus muscular, reflexos pupilar, ciliar, bicipital, patelar e cutâneo-plantar, bem como a ocorrência de calafrios. RESULTADOS: As respostas dos reflexos pupilar, ciliar, patelar e cutâneo-plantar correlacionaram-se com o nível de consciência. Os grupos não diferiram quanto à prevalência de hipertonia muscular, hiperreflexia bicipital, clônus plantar e resposta extensora cutâneo-plantar. Hiperreflexia patelar foi mais freqüente no grupo do enflurano do que no grupo do isoflurano. Calafrios foram mais freqüentes nos grupos E e I do que no grupo do sevoflurano. A temperatura timpânica não diferiu entre os pacientes que apresentaram ou não calafrios. CONCLUSÕES: Alterações reversíveis do exame neurológico podem estar presentes por até 40 minutos durante a recuperação da anestesia com enflurano, isoflurano ou sevoflurano.

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Anormalidades transitorias del examen neurológico ocurren durante el despertar de la anestesia con halotano, enflurano e isoflurano. Poco se conoce sobre la ocurrencia de anormalidades del examen neurológico durante la recuperación de la anestesia con sevoflurano. Este estudio tuvo como objetivo comparar la prevalencia de tal comportamiento durante la recuperación de la anestesia con enflurano (Grupo E), isoflurano (Grupo I) y sevoflurano (Grupo S). MÉTODO: Fueron estudiados 44 pacientes que recibieron anestesia con enflurano, isoflurano o sevoflurano en N2O a 50%. Fueron anotados antes de la inducción, inmediatamente después de la cesación de la administración del anestésico y 5, 10, 15, 20, 30 e 40 minutos después: temperatura timpánica, nivel de consciencia, tono muscular, reflejos pupilar, ciliar, bicipital, patelar y cutaneo-plantar, bien como la ocurrencia de calofríos. RESULTADOS: Las respuestas de los reflejos pupilar, ciliar, patelar y cutaneo-plantar se correlacionaron con el nivel de consciencia. Los grupos no difirieron cuanto a la prevalencia de hipertonia muscular, hiperreflexia bicipital, clonus plantar y respuesta extensora cutaneo-plantar. Hiperreflexia patelar fue mas frecuente en el grupo del enflurano de que en el grupo del isoflurano. Calofríos fueron mas frecuentes en los grupos E e I de que en el grupo del sevoflurano. La temperatura timpánica no difirió entre los pacientes que presentaron o no calofríos. CONCLUSIONES: Alteraciones reversibles del examen neurológico pueden estar presentes por hasta 40 minutos durante la recuperación de la anestesia con enflurano, isoflurano o sevoflurano.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND AND OBJECTIVES: Transient neurological findings are seen during emergence from halothane, enflurane, and isoflurane anesthesia. Little is known about neurological changes during recovery from sevoflurane anesthesia. This study was aimed at comparing the incidence of such findings during recovery from enflurane (Group E), isoflurane (Group I) and sevoflurane (Group S) anesthesia. METHODS: Forty four patients were assigned to receive enflurane, isoflurane or sevoflurane anesthesia in 50% N2O. Evaluated parameters were: tympanic temperature, consciousness level, muscle tone, pupillary, eyelash, bicipital, patellar and plantar reflexes and shivering, which were recorded before induction, immediately after anesthesia withdrawal and at 5, 10, 15, 20, 30 and 40 minutes thereafter. RESULTS: Pupillary, eyelash, patellar and plantar reflexes were significantly related to the level of consciousness. Groups did not differ regarding the incidence of increased muscle tone, bicipital response, plantar clonus and extension plantar response. Increased patellar response was more frequent in group E than in group I. Shivering was more frequent in groups E and I as compared to group S. No difference in tympanic temperature could be detected among patients with or without shivering. CONCLUSIONS: Transient neurological changes can be detected up to 40 minutes during emergence from enflurane, isoflurane or sevoflurane anesthesia.
  • Bupivacaína levógira a 0,5% pura versus mistura enantiomérica de bupivacaína (S75-R25) a 0,5% em anestesia peridural para cirurgia de varizes Artigos Científicos

    Delfino, José; Vale, Nilton Bezerra do

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A cardiotoxicidade da bupivacaína racêmica (50:50) ainda é a grande variável relacionada à segurança de indicação nos bloqueios regionais que exigem massas e volumes elevados. Recentes experimentações em animais sugerem que a modificação da relação enantiomérica da bupivacaína racêmica poderia contribuir para sua eficácia terapêutica e diminuição de sua toxicidade potencial. O objetivo do presente estudo foi comparar a eficiência da mistura enantiomérica de bupivacaína (S75-R25) com a levógira pura S(-100) na anestesia peridural lombar para cirurgias de varizes dos membros inferiores. MÉTODO: O estudo envolveu 30 pacientes do sexo feminino com idades entre 15 e 65 anos, estado físico ASA I ou II, programados para cirurgia eletiva de varizes. Em teste aleatório e duplamente encoberto, os pacientes foram divididos em dois grupos de 15: Grupo S75-R25 - 20 ml (100 mg) de mistura enantiomérica de bupivacaína a 0,5% (S75-R25) - e Grupo Levógiro - 20 ml (100 mg) de bupivacaína levógira S(-100%) a 0,5% sem adjuvante. Foram comparadas as características dos bloqueios sensitivo e motor bem como a incidência de efeitos colaterais. RESULTADOS: Foram detectadas diferenças intergrupais relacionadas às características demográficas e um maior tempo cirúrgico no grupo S75-R25. A dispersão mais rápida e a menor potência analgésica da mistura isomérica exibiram significância estatística. Não houve diferença significativa relacionada à ocorrência de efeitos colaterais. O grupo levógiro apresentou menor relaxamento muscular. CONCLUSÕES: A redução da incidência de efeitos colaterais, a receptividade do método pelos pacientes, a ausência de sintomatologia neurológica transitória pós-operatória apontam para a aplicação segura de ambas as soluções em anestesia peridural lombar para cirurgia de varizes dos membros inferiores. A casuística, entretanto, não é ainda suficiente para permitir conclusões definitivas.

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La cardiotoxicidad de la bupivacaína racémica (50:50) aún es la grande variable relacionada a la seguridad de indicación en los bloqueos regionales que exigen masas y volúmenes elevados. Recientes experimentaciones en animales sugerían que la modificación de la relación enantiomérica de la bupivacaína racémica podría contribuir para su eficacia terapéutica y diminución de su toxicidad potencial. El objetivo del presente estudio fue comparar la eficiencia de la mezcla enantiomerica de bupivacaína (S75-R25) con la levógira pura S(-100) en la anestesia peridural lumbar para cirugías de várices de los miembros inferiores. MÉTODO: El estudio envolvió 30 pacientes del sexo femenino con edades entre 15 y 65 años, estado físico ASA I ó II, programados para cirugía electiva de várices. En test aleatorio y duplamente encubierto, los pacientes fueron divididos en dos grupos de 15: Grupo S75-R25 - 20 ml (100 mg) de mezcla enantiomerica de bupivacaína a 0,5% (S75-R25) - y Grupo Levógiro - 20 ml (100 mg) de bupivacaína levógira S(-100%) a 0,5% sin adyuvante. Fueron comparadas las características del bloqueo sensitivo y motor, bien como la incidencia de efectos colaterales. RESULTADOS: Fueron detectadas diferencias intergrupales relacionadas a las características demográficas y un mayor tiempo quirúrgico en el grupo S75-R25. La dispersión mas rápida y la menor potencia analgésica de la mistura isomérica exhibieron significancia estadística. No hubo diferencia significativa relacionada a la ocurrencia de efectos colaterales. El grupo levógiro presentó menor relajamiento muscular. CONCLUSIONES: La reducción de la incidencia de efectos colaterales, la receptividad del método por los pacientes, la ausencia de sintomatologia neurológica transitoria pós-operatoria apuntan para la aplicación segura de ambas las soluciones en anestesia peridural lumbar para cirugía de várices de los miembros inferiores. La casuística, entretanto, no es aún suficiente para permitir conclusiones definitivas.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND AND OBJECTIVES: The cardiotoxic effect of racemic bupivacaine (50:50) is still the major safety-related variable for regional blocks requiring higher concentrations and volumes. Recent animal studies suggested that the manipulation of racemic bupivacaine enantiomers could contribute for a better therapeutic efficacy by decreasing its potential toxicity. This study aimed at evaluating the efficacy of 0.5% bupivacaine enantiomeric mixture (S75-R25) as compared to plain S(-100%) bupivacaine in lumbar epidural anesthesia for varicose vein surgery. METHODS: Participated in this randomized double-blind study 30 female patients aged 15 to 65 years, physical status ASA I or II scheduled for elective lower limb varicose vein surgery, who were allocated into two groups: S75-R25 Group - 20 ml (100 mg) of 0.5% (S75-R25) bupivacaine; and Levogyrous Group - 20 ml (100 mg) of 0.5% plain S(-100) bupivacaine without adjuvants. Characteristics of sensory and motor block as well as the incidence of side effects were investigated. RESULTS: Significant demographic differences and a longer surgical time were found in the S75-R25 Group. Faster spread and lower analgesic effects of the isomeric mixture were statistically significant. Motor block was significantly deeper in the S75-R25 Group. Side effects were negligible for both groups. CONCLUSIONS: Fewer side effects, good patients acceptance and the lack of post-operative transient neurological symptoms point towards the safety of both solutions in lumbar epidural anesthesia for elective varicose vein surgery. The sample, however, is still small for final conclusions.
  • Efeito da clonidina associada à bupivacaína a 0,5% hiperbárica na anestesia subaracnóidea Artigos Científicos

    Fonseca, Neuber Martins; Oliveira, Clarissa Aires de

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A clonidina é um composto imidazolínico agonista parcial dos receptores a2-adrenérgicos com propriedades ansiolíticas e hipnóticas. Administrada no espaço subaracnóideo produz efeitos seletivos na modulação da dor, podendo aumentar a duração da anestesia cirúrgica e do bloqueio motor. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito da clonidina associada à bupivacaína a 0,5% hiperbárica na anestesia subaracnóidea. MÉTODO: Foram estudados 30 pacientes de ambos os sexos, escalados para herniorrafia inguinal, estado físico ASA I ou II, com idades entre 16 e 57 anos, distribuídos aleatoriamente em três grupos. Após monitorização, os pacientes foram sedados com midazolam (2 mg), por via venosa, 10 minutos antes do procedimento anestésico, seguindo-se de punção subaracnóidea, L3-L4, paramediana, com agulha Quincke 25G, em decúbito lateral esquerdo. Após saída do LCR injetou-se 1 ml de uma das soluções propostas, de acordo com o grupo estudado juntamente com 15 mg de bupivacaína hiperbárica: Grupo I - 150 µg de clonidina, Grupo II - 75 µg de clonidina + 0,5 ml de água bidestilada e Grupo III - 1 ml de água bidestilada. Foram avaliados o nível do bloqueio com 5, 20 e 30 minutos, tempo para regressão de dois metâmeros, sedação pela escala de 0 a 3, bloqueio motor pela escala modificada de Bromage, dor pós-operatória e necessidade de analgésico. RESULTADOS: Houve uniformidade dos dados antropométricos nos grupos. O nível do bloqueio anestésico (moda) nos pacientes estudados foi uniforme nos grupos. A regressão da anestesia foi retardada no grupo I, assim como o relaxamento muscular, em relação aos outros grupos. Não houve diferença em relação à sedação e aos parâmetros hemodinâmicos entre os grupos. O grupo I apresentou analgesia prolongada em relação aos demais grupos, confirmado pela menor necessidade de analgésicos em função do tempo. CONCLUSÕES: A clonidina não alterou a dispersão cefálica e os efeitos hemodinâmicos do bloqueio subaracnóideo com bupivacaína a 0,5% hiperbárica. Porém, foi efetiva em melhor analgesia observada com quatro horas após o bloqueio, bem como prolongou o tempo de anestesia.

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La clonidina es un compuesto imidazolínico agonista parcial de los receptores a2-adrenérgicos con propiedades ansiolíticas e hipnóticas. Administrada en el espacio subaracnóideo produce efectos selectivos en la modulación del dolor, pudiendo aumentar la duración de la anestesia quirúrgica y del bloqueo motor. El objetivo del estudio fue evaluar el efecto de la clonidina asociada a la bupivacaína 0,5% hiperbárica en la anestesia subaracnóidea. MÉTODO: Fueron estudiados 30 pacientes de ambos sexos, escalados para herniorrafia inguinal, estado físico ASA I ó II, con edades entre 16 e 57 años, distribuidos aleatoriamente en tres grupos. Después de monitorización, los pacientes fueron sedados con midazolam (2 mg), por vía venosa, 10 minutos antes del procedimiento anestésico, seguido de punción subaracnóidea, L3-L4, paramediana, con aguja Quincke 25G, en decúbito lateral izquierdo. Después de la salida del LCR se inyectó 1 ml de una de las soluciones propuestas de acuerdo con el grupo estudiado juntamente con 15 mg de bupivacaína hiperbárica: Grupo I - 150 µg de clonidina, Grupo II - 75 µg de clonidina + 0,5 ml de agua bidestilada y Grupo III - 1 ml de agua bidestilada. Fueron evaluados el nivel del bloqueo con 5, 20 e 30 minutos, tiempo para regresión de dos metámeros, sedación por la escala de 0 a 3, bloqueo motor por la escala modificada de Bromage, dolor pós-operatorio y necesidad de analgésico. RESULTADOS: Hubo uniformidad de los datos antropométricos en los grupos. El nivel del bloqueo anestésico (moda) en los pacientes estudiados fue uniforme en los grupos. La regresión de la anestesia fue retardada en el grupo I, así como el relajamiento muscular, en relación a los otros grupos. No hubo diferencia en relación a la sedación y a los parámetros hemodinámicos entre los grupos. El grupo I presentó analgesia prolongada en relación a los demás grupos, confirmado por la menor necesidad de analgésicos en función del tiempo. CONCLUSIONES: La clonidina no alteró la dispersión cefálica y los efectos hemodinámicos del bloqueo subaracnóideo con bupivacaína a 0,5% hiperbárica; sin embargo, fue efectiva en una mejor analgesia observada con cuatro horas después del bloqueo, bien como prolongó el tiempo de anestesia.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND AND OBJECTIVES: Clonidine is an imidazolynic compound which exhibits partial alpha2-receptor agonist action, with anxiolytic and hypnotic properties. When spinally administered, it produces selective effects in pain modulation and may prolong surgical anesthesia and motor block. This study aimed at evaluating the effects of combined clonidine and 0.5% hyperbaric bupivacaine on spinal anesthesia. METHODS: Thirth ASA I or II patients off both genders, aged between 16 and 57 years and scheduled to undergo surgical inguinal hernia repair were randomly divided into three groups in this prospective double blind study. After monitoring, patients were sedated with 2 mg venous midazolam 10 minutes before surgery, followed by paramedian spinal puncture (L3-L4) in the left lateral position with a 25G Quincke needle. After CSF confirmation, 1 ml of one of the proposed solutions were injected with 15 mg hyperbaric bupivacaine: Group I - 150 µg clonidine; Group II - 75 µg clonidine + 0.5 ml bi-distilled water; and Group III - 1 ml bi-distilled water. The following parameters were evaluated: sensory block level at 5, 20 and 30 minutes, time for two metamers regression, sedation scores through a 0 to 3 scale, motor block by a modified Bromage’s scale, postoperative pain and analgesics requirement. RESULTS: Demographics and maximum sensory level (mode) were similar for all groups. Anesthesia regression and muscle relaxation were longer for Group I. There were no difference in sedation and hemodynamic parameters between groups. Group I had a prolonged analgesia as compared to other groups, what was confirmed by the less need for analgesics as a function of time. CONCLUSIONS: Clonidine has not changed cephalad spread and hemodynamic effects of spinal anesthesia with 0.5% hyperbaric bupivacaine. However, it has promoted better analgesia during the four hours observed after blockade and a prolonged anesthesia.
  • Estudo comparativo entre bupivacaína a 0,25% e ropivacaína a 0,2% em anestesia peridural para cirurgia torácica Artigos Científicos

    Novaes, Marcus Vinícius Martins; Francisco, Carlos Roberto Lopes; Pimenta, Karina Bernardi; Lavinas, Paulo Sérgio Gomes

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A anestesia peridural associada à anestesia geral tem sido usada em várias especialidades cirúrgicas. Em cirurgia torácica seu uso é pouco discutido na literatura. Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos hemodinâmicos e ventilatórios da anestesia peridural torácica com bupivacaína a 0,25% e ropivacaína a 0,2% associada à anestesia geral em pacientes submetidos à toracotomia. MÉTODO: Participaram deste estudo prospectivo, comparativo e aleatório quarenta pacientes divididos em dois grupos de vinte. Cada grupo recebeu um volume de 10 ml de anestésico local, por via peridural torácica. Grupo B (Bupivacaína 0,25%) e o Grupo R (Ropivacaína 0,2%). O bloqueio peridural foi realizado com os pacientes em decúbito lateral, punção paramediana e cateter para injeção dos fármacos A seguir todos os pacientes receberam anestesia geral com IOT. Foram analisados parâmetros hemodinâmicos e ventilatórios em 9 momentos. RESULTADOS: A pressão arterial sistólica foi menor no momento 5 e pressão arterial diastólica nos momentos 1 e 5, ambas no grupo B. A necessidade de efedrina para corrigir hipotensão arterial foi de 8/20 no grupo B, contra 6/20 no grupo R. A pressão de pico nas vias aéreas superiores foi sempre mais elevada no grupo R e os valores da CAM do isoflurano foram mais elevados nos momentos 5 e 6 também no Grupo R. CONCLUSÕES: A técnica combinada peridural torácica e anestesia geral mostrou-se eficaz e segura nos pacientes submetidos à toracotomia. Quando se utilizou bupivacaína, a diminuição da pressão arterial foi maior e a pressão máxima nas vias aéreas foi menor do que quando foi utilizada ropivacaína.

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La anestesia peridural asociada a anestesia general ha sido usada en varias especialidades quirúrgicas. En cirugía torácica su uso es poco discutido en la literatura. Este estudio tuvo como objetivo evaluar los efectos hemodinámicos y ventilatorios de la anestesia peridural torácica con bupivacaína a 0,25% y ropivacaína a 0,2% asociada a anestesia general en pacientes sometidos a toracotomia. MÉTODO: Participaron de este estudio prospectivo, comparativo y aleatorio, cuarenta pacientes divididos en dos grupos de veinte. Cada grupo recibió un volumen de 10 ml de anestésico local, por vía peridural torácica. Grupo B (Bupivacaína 0,25%) y el Grupo R (Ropivacaína 0,2%). El bloqueo peridural fue realizado con los pacientes en decúbito lateral, punción paramediana y catéter para inyección de los fármacos A seguir, todos los pacientes recibieron anestesia general con IOT. Fueron analizados parámetros hemodinámicos y ventilatorios en 9 momentos. RESULTADOS: La presión arterial sistólica fue menor en el momento 5 y la presión arterial diastólica en los momentos 1 y 5, ambas en el grupo B. La necesidad de efedrina para corregir hipotensión arterial fue de 8/20 en el grupo B, contra 6/20 en el grupo R. La presión de pico en las vías aéreas superiores fue siempre mas elevada en el grupo R y los valores de la CAM del isoflurano fueron mas elevados en los momentos 5 y 6 también en el Grupo R. CONCLUSIONES: La técnica combinada peridural torácica y anestesia general se mostró eficaz y segura en los pacientes sometidos a toracotomia. Cuando se utilizó bupivacaína, la diminución de la presión arterial fue mayor y la presión máxima en las vías aéreas fue menor de que cuando fue utilizada ropivacaína.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND AND OBJECTIVES: Combined general/epidural anesthesia has been used for several surgical procedures. Little has been published in the literature about its use in thoracic surgery. This study aimed to evaluate hemodynamic and ventilatory effects of combined general/epidural anesthesia with 0.25% bupivacaine and 0.2% ropivacaine in patients submitted to thoracotomy METHODS: Participated in this prospective, comparative and randomized study 40 patients divided in two groups of 20. Each group received 10 ml of epidural local anesthetics. Group B received 0.25% bupivacaine and Group R received 0.2% ropivacaine. Epidural anesthesia was induced with the patients in lateral position, using the paramedian approach and a catheter for drug injection. General anesthesia was then induced in all patients with tracheal intubation. Hemodynamic and ventilatory parameters were evaluated in 9 moments. RESULTS: In Group B, systolic blood pressure was lower at moment 5 and diastolic blood pressure was lower at moments 1 and 5. The need for ephedrine to correct hypotension was 8/20 in Group B as compared to 6/20 in Group R. Upper airway peak pressures and isoflurane MAC values were higher at moments 5 and 6 in Group R. CONCLUSIONS: The association of thoracic epidural anesthesia and general anesthesia was safe and efficient for patients submitted to thoracotomy. Bupivacaine has produced a higher decrease in blood pressure and lower peak airway pressures as compared to ropivacaine.
  • Efeito preemptivo da morfina por via venosa na analgesia pós-operatória e na resposta ao trauma cirúrgico Artigos Científicos

    Kiliçkan, Levent

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Embora os primeiros estudos sobre analgesia preemptiva tenham demonstrado que o bloqueio pré-operatório com anestésicos locais ou a medicação pré-anestésica com opióides sistêmicos eram mais eficazes no alívio da dor pós-operatória do que qualquer outro tratamento, o resultado de outros estudos comparando os efeitos do tratamento pré operatório ao mesmo tratamento iniciado após a cirurgia, produziram efeitos inconsistentes. As razões para essa falta de consistência não são claras. São poucos os estudos sobre a relação entre analgesia preemptiva e o consumo de analgésicos e a resposta ao trauma cirúrgico. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito preemptivo da morfina por via venosa preemptiva no consumo pós-operatório de analgésicos e na resposta ao trauma cirúrgico. MÉTODO: Participaram deste estudo 60 pacientes, estado físico ASA I ou II, com idades entre 20 e 60 anos, escalados para histerectomia abdominal total e salpingo-ooferectomia bilateral, que foram aleatoriamente distribuídos em três grupos de 20 pacientes. Grupo I (n=20) - 0,15 mg.kg-1 de morfina após a indução anestésica e soro fisiológico durante o fechamento do peritônio. Grupo II (n=20) - soro fisiológico após a indução e 0,15 mg.kg-1 de morfina durante o fechamento do peritônio. Grupo III (n=20) soro fisiológico durante a indução e o fechamento do peritônio. Foram medidos os níveis sangüíneos de cortisol e de glicose e feita a contagem de leucócitos nos períodos pré e pós-operatórios. RESULTADOS: O consumo total de morfina pós-operatória foi significativamente mais baixo no grupo I comparado ao grupo III (p < 0,001). Os níveis de cortisol aumentaram significativamente em todos os grupos 4 horas após a cirurgia, quando comparados aos valores pré-operatórios (p < 0,001). Os níveis de glicose plasmática também aumentaram significativamente em todos os grupos 30 minutos e 8 horas após a cirurgia (p < 0,01). Todos os grupos apresentaram leucocitose pós-operatória e a contagem de leucócitos foi significativamente mais alta no período pós-operatório do que no pré-operatório (p < 0,01). CONCLUSÕES: Morfina preemptiva por via venosa, na dose de 0,15 mg.kg-1 diminuiu o consumo total de morfina mas não conseguiu suprimir a resposta ao trauma cirúrgico.

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: No obstante los primeros estudios sobre analgesia preemptiva hayan demostrado que el bloqueo pré-operatorio con anestésicos locales o la medicación pré-anestésica con opioides sistemicos eran mas eficaces en el alivio del dolor pós-operatorio de que cualquier otro tratamiento, el resultado de otros estudios comparando los efectos del tratamiento pré-operatorio al mismo tratamiento iniciado después de la cirugía, produjeron efectos inconsistentes. Las razones para esa falta de consistencia no son claras. Son pocos los estudios sobre la relación entre analgesia preemptiva y el consumo de analgésicos y la respuesta al trauma quirúrgico. El objetivo de este estudio fue evaluar el efecto preemptivo de la morfina por vía venosa preemptiva en el consumen pós-operatorio de analgésicos y en la respuesta al trauma quirúrgico. MÉTODO: Participaron de este estudio 60 pacientes, estado físico ASA I ó II, con edades entre 20 y 60 años, escaladas para histerectomía abdominal total y salpingo-ooferectomia bilateral, que fueron aleatoriamente distribuidos en tres grupos de 20 pacientes. Grupo I (n=20) - 0,15 mg.kg-1 de morfina después de la inducción anestésica y suero fisiológico durante el cerramiento del peritoneo Grupo II (n=20) - suero fisiológico después de la inducción y 0,15 mg.kg-1 de morfina durante el cerramiento del peritoneo. Grupo III (n=20) suero fisiológico durante la inducción y el cerramiento del peritoneo. Fueron medidos los niveles sanguíneos de cortisol y de glucosa y hecho el contage de leucocitos en los períodos pré y pós-operatorios. RESULTADOS: El consumen total de morfina pós-operatoria fue significativamente mas bajo en el grupo I comparado al grupo III (p < 0,001). Los niveles de cortisol aumentaron significativamente en todos los grupos 4 horas después de la cirugía, cuando comparados a los valores pré-operatorios (p < 0,001). Los niveles de glucosa plasmática también aumentaron significativamente en todos los grupos 30 minutos y 8 horas después de la cirugía (p < 0,01). Todos los grupos presentaron leucocitosis pós-operatoria y el contage de leucócitos fue significativamente mas alto en el período pós-operatorio de que en el pré-operatorio (p < 0,01). CONCLUSIONES: Morfina preemptiva por vía venosa, en la dosis de 0,15 mg.kg-1 disminuyó el consumen total de morfina mas no consiguió suprimir la respuesta al trauma quirúrgico.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUNDS AND OBJECTIVES: Although initial studies of preemptive analgesia showed that preoperative blockade with local anaesthetics or pre-operative administration of systemic opioids was more effective in reducing postoperative pain than control conditions involving no treatment, the result of subsequent investigations comparing the effects of pre-operative treatment with the same treatment initiated after surgery have produced inconsistent results.The reasons for the lack of consistency are not clear. Studies about the relationship of preemptive analgesia and both analgesic consumption and surgical stress response are limited. The purpose of this study was to evaluate the effect of preemptive intravenous morphine on both postoperative analgesic consumption and surgical stress response. METHODS: Sixty patients, ASA lor II, aged 20-60, undergoing total abdominal hysterectomy plus bilateral salphingo-opherectomy were randomly assigned to three groups of 20 patients. Group I (n = 20) received 0.15 mg.kg-1 of morphine following induction and placebo saline during peritoneal closure. Group II (n = 20) received placebo saline following induction and 0.15 mg.kg-1 of morphine during peritoneal closure. Group III (n = 20) received placebo salin, both during induction and peritoneal closure. Blood cortisol, glucose levels and leukocyte count were measured in the pre and postoperative period. RESULTS: Postoperative total morphine consumption was significantly lower in group I compared with group III (p < 0.001). In all groups, plasma cortisol levels increased significantly within 4 h of surgery as compared to pre-op values (p < 0.001). Plasma glucose levels also increased significantly in all groups of the postoperative at 30 minutes and 8 hours period (p < 0.001). Postoperative leukocytosis was observed in all groups and the leukocyte count was significantly greater during the postoperative period than preoperative values (p < 0.001). CONCLUSIONS: Preemptive intravenous morphine 0.15 mg.kg-1 has decreased total morphine consumption but has failed to supress the surgical stress response.
  • A articulação acrômio-clavicular como ponto de referência alternativo para o nível flebostático Artigos Científicos

    Oliveira Filho, Getúlio Rodrigues de; Bernal, Rolando Eliezer Jimenez; Pivatto, Sandro Luiz; Tomasi, Alexandre Teobaldo; Soares, Luiz Fernando; Helayel, Pablo Escovedo

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O nível flebostático corresponde ao ponto médio do diâmetro ântero-posterior do tórax, ao nível do 4º espaço intercostal e constitui-se no ponto de referência padrão para o nível zero da pressão venosa central. Freqüentemente, durante anestesia, o acesso à face lateral do tórax é impossível. Este estudo teve por objetivo, derivar uma equação que possibilite a estimativa do nível flebostático a partir de variáveis antropométricas e da altura da articulação acrômio-clavicular. MÉTODO: Foram estudados 200 pacientes. O grupo 1 foi utilizado para derivação da equação e o grupo 2, para sua validação. Foram coletados dados antropométricos. O nível flebostático e a altura da articulação acrômio-clavicular foram medidos em decúbito dorsal. Regressão linear múltipla foi utilizada no grupo 1, tendo como variável dependente o nível flebostático, e independentes, as variáveis antropométricas e a altura da articulação acrômio-clavicular. No grupo 2, a concordância entre os valores do eixo flebostático observados e preditos pela equação foi testada pelo método de Bland-Altman. RESULTADOS: A equação resultante do grupo 1 foi: nível flebostático = 49,57 + (0,19 x Idade) + (0,31 x Peso) + (0,20 x altura da articulação acrômio-clavicular). A diferença média entre os valores preditos e observados do nível flebostático, no grupo 2 foi de 2,79 ± 7,62 mm. CONCLUSÕES: A equação apresentada neste estudo pode prever com precisão o ponto flebostático.

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: El nivel flebostático corresponde al punto medio del diámetro antero-posterior del tórax, al nivel del 4º espacio intercostal y se constituye en el punto de referencia patrón para el nivel cero de la presión venosa central. Frecuentemente, durante anestesia, el acceso a la fase lateral del tórax es imposible. Este estudio tuvo por objetivo, derivar una ecuación que posibilite la estimativa del nivel flebostático a partir de variables antropométricas y de la altura de la articulación acromion-clavicular. MÉTODO: Fueron estudiados 200 pacientes. El grupo 1 fue utilizado para derivación de la ecuación y el grupo 2, para su validación. Fueron colectados datos antropométricos. El nivel flebostático y la altura de la articulación acromion-clavicular fueron medidos en decúbito dorsal. Regresión linear múltipla fue utilizada en el grupo 1, teniendo como variable dependiente el nivel flebostático, e independiente, las variables antropométricas y la altura de la articulación acromion-clavicular. En el grupo 2, la concordancia entre los valores del eje flebostático observados y predichos por la ecuación fue testada pelo método de Bland-Altman. RESULTADOS: La ecuación resultante del grupo 1 fue nivel flebostático = 49,57 + (0,19 x Edad) + (0,31 x Peso) + (0,20 x altura de la articulación acromion-clavicular). La diferencia media entre los valores predichos y observados del nivel flebostático, en el grupo 2 fue de 2,79 ± 7,62 mm. CONCLUSIONES: La ecuación presentada en este estudio puede prevenir con precisión el punto flebostático.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUNDS AND OBJECTIVES: The phlebostatic level corresponds to the medium point of the anterior-posterior thoracic diameter at the level of the 4th intercostal space. It is the standard reference point for central venous pressure zero level. In general, the access to the lateral aspect of the thorax is impossible during anesthesia. This study aimed at building an equation to estimate the phlebostatic level based on anthropometric variables and the acromion-clavicular joint level. METHODS: Participated in this prospective study 200 patients who were distributed in two groups. Group 1 was used for building the predictive equation. Group 2 was used for the validation of its predictive capability. Anthropometric data were collected. Phlebostatic level and acromion-clavicular joint height were measured in the supine position. Multiple linear regression was used in Group 1, with phlebostatic level as the dependent variable, and anthropometric variables, as well as acromion-clavicular joint height, as independent variables. Bland-Altman method was used in Group 2 to test the agreement between the observed and estimated phlebostatic level values. RESULTS: Group 1 resulting equation was: phlebostatic level = 49.57 + (0.19 x age) + (0.31 x weight) + (0.20 x acromion-clavicular joint height). Mean difference in Group 2 between estimated and observed phlebostatic levels was 2.79 ± 7.62 mm. CONCLUSIONS: The equation presented in this study can accurately predict the phlebostatic level.
  • Efeitos de baixas pressões no balonete da máscara laríngea na mucosa faringolaríngea do cão Artigos Científicos

    Martins, Regina Helena Garcia; Braz, José Reinaldo Cerqueira; Moura, José Marcos Pechula; Costa, Graziela de Araújo; Carvalho, Lídia Raquel de

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Lesões da mucosa faringolaríngea e compressões de vasos e de nervos têm sido relatadas e atribuídas às altas pressões no balonete da máscara laríngea (ML). O objetivo deste trabalho foi estudar em cães a mucosa faringolaríngea em contato com o balonete da ML sob baixas pressões e avaliar as condições ventilatórias durante a anestesia. MÉTODO: Em 8 cães sob anestesia com pentobarbital foi inserida ML de número 4, mantendo-se a pressão no balonete em 60 cmH2O. Os atributos: freqüência de pulso (FP), pressão arterial média (PAM), pressão inspiratória (PI), pressão expiratória final de CO2 (P ET CO2) e saturação de pulso de O2 (SpO2) foram estudados em 0 (controle), 30, 60, 90 e 120 minutos após a inserção da ML. Após eutanásia, realizou-se biópsias nas áreas da contato da mucosa faringolaríngea com a ML para exame à microscopia óptica (MO) e eletrônica de varredura (MEV). RESULTADOS: Os atributos estudados mantiveram-se sem alterações significativas durante o experimento, ocorrendo apenas pequeno aumento dos valores da PAM e da P ET CO2 nos tempos finais do experimento. À MO, o epitélio da mucosa faringolaríngea apresentou-se sem alterações na grande maioria das áreas examinadas, mas em algumas áreas houve pequena infiltração inflamatória de polimorfonucleares neutrófilos e leve congestão na camada subepitelial, sem diferença significativa entre as áreas (p < 0,05). O estudo à MEV também mostrou epitélio da mucosa laringofaríngea sem alterações significativas. CONCLUSÕES: Em cães, a utilização de pressão de 60 cmH2O no balonete da ML assegura perfeita manutenção da permeabilidade das vias aéreas e não provoca alterações na mucosa faringolaríngea.

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Lesiones de la mucosa faringolaríngea y compresiones de vasos y de nervios han sido relatadas y atribuidas a las altas presiones del balón de la máscara laríngea (ML). El objetivo de este trabajo fue estudiar en canes la mucosa faringolaríngea en contacto con el balón de la ML bajo bajas presiones y evaluar las condiciones ventilatorias durante la anestesia. MÉTODO: En 8 canes bajo anestesia con pentobarbital fue introducida ML de número 4, manteniéndose la presión en el balón en 60 cmH2O. Los atributos: frecuencia de pulso (FP), presión arterial media (PAM), presión inspiratoria (PI), presión expiratoria final de CO2 (P ET CO2) y saturación de pulso de O2 (SpO2) fueron estudiados en 0 (control), 30, 60, 90 y 120 minutos después de la introducción de la ML. Después de eutanasia, se realizaron biopsias en las áreas de contacto de la mucosa faringolaríngea con la ML para examen al microscopio óptico (MO) y electrónico de barredura (MEV). RESULTADOS: Los atributos estudiados se mantuvieron sin alteraciones significativas durante el experimento, ocurriendo apenas pequeño aumento de los valores de la PAM y de la P ET CO2 en los tiempos finales del experimento. Al MO, el epitelio de la mucosa faringolaríngea se presentó sin alteraciones en la grande mayoría de las áreas examinadas, mas, en algunas áreas hubo pequeña infiltración inflamatoria de polimorfonucleares neutrófilos y leve congestión en la camada subepitelial, sin diferencia significativa entre las áreas (p < 0,05). El estudio del MEV también mostró el epitelio de la mucosa laringofaríngea sin alteraciones significativas. CONCLUSIONES: En los canes, la utilización de presión de 60 cmH2O en el balón de la ML asegura perfecta manutención de la permeabilidad de las vías aéreas y no provoca alteraciones en la mucosa faringolaríngea.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND AND OBJECTIVES: Injuries to laryngopharyngeal tissues and artery and nerve compression have been reported and attributed to high laryngeal mask (LM) cuff pressure. This study aimed at evaluating the laryngopharyngeal mucosa of dogs when in contact with LM cuff under low pressures and studying ventilatory conditions during anesthesia. METHODS: This study involved 8 mixed-breed dogs anesthetized with pentobarbital and maintained on mechanical ventilation after insertion of a number 4 LM. Pulse rate (PR), mean blood pressure (MBP), inspiratory pressure (IP), end tidal CO2 (P ET CO2) and oxygen saturation (SpO2) were evaluated at 0 (control), 30, 60, 90 and 120 minutes after LM insertion. After euthanasia, laryngopharyngeal mucosa regions in contact with LM were biopsed and examined under light microscopy and scanning electron microscopy (SEM). RESULTS: The attributes studied have shown no significant changes during the experiment but a minor MBP and P ET CO2 increase towards the end of the experiment. At light microscopy, laryngopharyngeal epithelium was normal in most examined areas, but in some areas a minor inflammatory reaction with infiltration of polinuclear neutrophils and mild congestion of the subepithelial layer was seen, without significant differences among areas (p < 0.05). At SEM no significant differences in the laryngopharyngeal mucosa was observed. CONCLUSION: In dogs, low LM cuff pressure (60 cmH2O) is safe for airway patency maintenance and does not affect laryngopharyngeal mucosa.
  • Fenoldopam: novo antihipertensivo parenteral; alternativa ao nitroprussiato Artigo Diverso

    César, Daniel Sousa; Miyoshi, Erika; Halpern, Hélio; Auler Junior, José Otávio Costa

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O fenoldopam é um agonista dopaminérgico seletivo para os receptores dopaminérgicos tipo 1 (DA-1) que causa vasodilatação periférica e o objetivo deste artigo é reunir as informações clínicas sobre este fármaco. CONTEÚDO: Neste artigo foram revisadas as experiências em urgências e emergências hipertensivas, mostrando que o fenoldopam apresenta vantagens sobre o nitroprussiato de sódio (NPS) no tratamento das mesmas. Ao contrário do NPS, o fenoldopam causa vasodilatação periférica, ao mesmo tempo que induz diurese e natriurese em pacientes com hipertensão grave sem causar os efeitos deletérios pelo tiocianato. CONCLUSÕES: O fenoldopam parenteral, pelos seus efeitos renais e menor impacto de efeitos colaterais, pode ser considerado uma boa alternativa ao nitroprussiato de sódio no tratamento de emergências hipertensivas.

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: El fenoldopam es un agonista dopaminérgico selectivo para los receptores dopaminérgicos tipo 1 (DA-1) que causa vasodilatación periférica y el objetivo de este artículo es reunir las informaciones clínicas sobre este fármaco. CONTENIDO: En este articulo fueron revisadas las experiencias en urgencias y emergencias hipertensivas, mostrando que el fenoldopam presenta ventajas sobre el nitroprusiato de sodio (NPS) en el tratamiento de las mismas. Al contrario del NPS, el fenoldopam causa vasodilatación periférica, al mismo tiempo que induce diuresis y natriuresis en pacientes con hipertensión grave sin causar los efectos deletérios por el tiocianato. CONCLUSIONES: El fenoldopam parenteral, por sus efectos renales y menor impacto de efectos colaterales, pode ser considerado una buena alternativa al nitroprusiato de sodio en tratamiento de emergencias hipertensivas.

    Resumo em Inglês:

    Background and Objectives: Fenoldopan is a selective dopaminergic agonist for dopaminergic receptors type 1 (DA-1), which induces peripheral vasodilation. This review aimed at collecting clinical information about this drug. Contents: This study reviewed experiences in hypertensive urgencies and emergencies and has shown the advantages of fenoldopan as compared to sodium nitroprusside. As opposed to sodium nitroprusside, fenoldopan induces peripheral vasodilation at the same time that induces diuresis and natriuresis in severely hypertensive patients without the harmful effects of thiocyanate. Conclusions: Parenteral fenoldopan, for its renal effects and less adverse effects, is an interesting alternative to sodium nitroprusside in treating hypertensive emergencies.
  • Anestesia subaracnóidea em crianças Artigos De Revisão

    Módolo, Norma Sueli Pinheiro; Castiglia, Yara Marcondes Machado

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Tem aumentado muito o emprego da anestesia subaracnóidea em crianças, principalmente neonatos com risco de desenvolver apnéia neonatal. O objetivo deste trabalho foi rever as diferenças anatômicas, fisiológicas e farmacológicas desta técnica em crianças. CONTEÚDO: A anestesia subaracnóidea em crianças, apesar de ter sido técnica empregada desde o início do século XX, teve sua popularidade diminuída com o advento dos anestésicos inalatórios e bloqueadores neuromusculares, para ser novamente resgatada em 1979. As características favoráveis desta técnica em pediatria são relativas à estabilidade cardiovascular, em crianças de até 8 anos de idade, à analgesia satisfatória e ao relaxamento muscular. Os anestésicos mais utilizados em crianças são a tetracaína e a bupivacaína, cujas doses são ajustadas tomando-se por base o peso corporal. Esta técnica é limitada pela duração relativamente curta, devendo ser utilizada para procedimentos cirúrgicos que não ultrapassem 90 minutos e também pela analgesia não abranger o pós-operatório. As complicações são as mesmas encontradas no paciente adulto, incluindo cefaléia por punção dural e irritação radicular transitória. As indicações são várias: cirurgias de abdômen inferior, genitália, membros inferiores, região perineal e, em alguns casos, até em cirurgias torácicas. Seu emprego tem particular interesse nos recém-nascidos prematuros, pelo risco de apresentarem a apnéia da prematuridade. CONCLUSÕES: A anestesia subaracnóidea em crianças é técnica relativamente segura, com poucas complicações e pode ser considerada como opção para anestesia geral, principalmente nos recém-nascidos prematuros com risco de apresentarem complicações respiratórias no pós-operatório.

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Ha aumentado mucho el empleo de la anestesia subaracnóidea en niños, principalmente neonatos con riesgo de desarrollar apnea neonatal. El objetivo de este trabajo fue rever las diferencias anatómicas, fisiológicas y farmacológicas de esta técnica en niños. CONTENIDO: La anestesia subaracnóidea en niños, a pesar de haber sido técnica empleada desde el inicio del siglo XX, tuvo su popularidad diminuida con el adviento de los anestésicos inhalatorios y bloqueadores neuromusculares, para ser nuevamente rescatada en 1979. Las características favorables de esta técnica en pediatría son relativas a la estabilidad cardiovascular, en niños de hasta 8 anos de edad, a la analgesia satisfactoria y al relajamiento muscular. Los anestésicos mas utilizados en niños son la tetracaína y la bupivacaína, cuyas dosis son ajustadas tomándose por base el peso corporal. Esta técnica es limitada por la duración relativamente corta, debiendo ser utilizada para procedimientos quirúrgicos que no ultrapasen 90 minutos, también por su analgesia al llegar y al pós-operatorio. Las complicaciones son as mismas encontradas en el paciente adulto, incluyendo cefalea por punción dural e irritación radicular transitoria. Las indicaciones son varias: en cirugías de abdomen inferior, genitales, miembros inferiores, región perineal y, en algunos casos, incluso en cirugías torácicas. Su empleo tiene particular interés en los recién-nacidos prematuros, por causa del riesgo de presentar la apnea de la prematuridad. CONCLUSIONES: La anestesia subaracnóidea en niños es técnica relativamente segura, con pocas complicaciones y puede ser considerada como opción para anestesia general, principalmente en los recién-nacidos prematuros con riesgo de presentar complicaciones respiratorias en el pós-operatorio.

    Resumo em Inglês:

    Background and Objectives: Pediatric spinal anesthesia has gained popularity mainly as an alternative to general anesthesia in pre-term neonates at risk for developing neonatal apnea. This study aimed at evaluating anatomic, physiologic and pharmacological differences of the technique in children. Contents: Spinal anesthesia in children is being used since the early 20th century, but was overlooked for many years due to the introduction of inhalational anesthetics and neuromuscular blockers. It regained popularity in 1979. Its positive effects in pediatric anesthesia are cardiovascular stability in children up to 8 years of age, satisfactory analgesia and muscle relaxation. Most popular pediatric anesthetics are tetracaine and bupivacaine in doses adjusted to body weight, but this technique is limited by a relatively short duration of anesthesia. Surgical procedures cannot last more than 90 min and there is no satisfactory postoperative pain control. Complications are the same for adult patients and include post-dural puncture headache and transient radicular irritation. Indications are: lower abdomen, genitalia, perineal region, lower limbs and, in some cases, even thoracic surgeries. It is particularly attractive for pre-term neonates at higher risk for postoperative apnea after general anesthesia. Conclusions: Spinal anesthesia in children is a relatively safe technique with few complications and may be considered an alternative for general anesthesia, especially for pre-term neonates at risk for postoperative respiratory complications.
  • Avaliação e preparo pré-operatório do portador de doença das artérias coronárias Artigos De Revisão

    Ramos, Gilson; Ramos Filho, José; Pereira, Edísio

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Portadores de doença arterial coronária (DAC) apresentam maior morbi-mortalidade peri-operatória em cirurgias não-cardíacas. Exames laboratoriais específicos são aliados importantes do exame clínico e devem ser incluídos no arsenal propedêutico para avaliação e preparo desses pacientes. O objetivo da presente revisão é estabelecer condutas pré-operatórias para minimizar a morbi-mortalidade peri e pós-operatória dos portadores de DAC. CONTEÚDO: São apresentadas características das anginas de peito estável e instável, critérios de classificação clínica e funcional, diagnóstico, terapêutica clínica-cirúrgica e os principais testes laboratoriais cardiológicos disponíveis. Além disso são correlacionados o tipo de angina com o procedimento cirúrgico para proposta de um algoritmo pré-operatório. CONCLUSÕES: Todos os portadores de DAC candidatos à cirurgia não-cardíaca devem ser rigorosamente avaliados. Os identificados como de alto risco necessitam eficaz controle clínico. Nos candidatos clinicamente estáveis, considerados de risco intermediário, testes funcionais não-invasivos são recomendáveis. Em todos os coronariopatas o uso de b-bloqueador deve ser considerado.

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Portadores de enfermedad arterial coronaria (EAC) presentan mayor morbi-mortalidad peri-operatoria en cirugías no-cardíacas. Exámenes laboratoriales específicos son aliados importantes del examen clínico y deben ser incluidos en el arsenal propedéutico para evaluación y preparo de esos pacientes. El objetivo de la presente revisión es establecer conductas pré-operatorias para minimizar la morbi-mortalidad peri y pós-operatoria de los portadores de EAC. CONTENIDO: Son presentadas características de las anginas de pecho estable e inestable, criterios de clasificación clínica y funcional, diagnóstico, terapéutica clínica-quirúrgica y los principales test laboratoriales cardiológicos disponibles. Además, son correlacionados el tipo de angina con el procedimiento quirúrgico para propuesta de un algoritmo pré-operatorio. CONCLUSIONES: Todos los portadores de EAC candidatos a cirugía no-cardíaca deben ser rigorosamente evaluados. Los identificados como de alto riesgo necesitan control clínico eficaz. En los candidatos clínicamente estables, considerados de riesgo intermediario, test funcionales no-invasivos son recomendables. En todos los coronariopatas el uso de b-bloqueador debe ser considerado.

    Resumo em Inglês:

    Background and Objectives: Coronary artery disease (CAD) patients are at greater perioperative morbidity and mortality risk during non-cardiac surgery. Specific laboratory tests are important adjuncts to clinical tests and should be one of the tools for evaluating and preparing those patients. This review aims at establishing preoperative procedures to minimize peri and postoperative morbidity and mortality in CAD patients. Contents: Characteristics of stable and unstable chest anginas are presented, along with clinical and functional classification criteria, diagnosis, clinical-surgical therapy and major cardiologic laboratory tests. In addition, types of angina are correlated to clinical procedures in order to propose a preoperative algorithm. Conclusions: All CAD patients being considered for non-cardiac surgery should be carefully evaluated. Patients at high-risk require effective clinical control. For clinically stable patients, in the intermediate-risk group, functional non-invasive tests are recommended. The use of beta-blockers should be considered for all coronary patients.
  • Propostas em ventilação mecânica na síndrome da angústia respiratória Artigos De Revisão

    Auler Junior, José Otávio Costa; Bliacheriene, Fernando; Miyoshi, Erika; Fernandes, Cláudia Regina

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O objetivo deste artigo é oferecer ao leitor um resumo das normas já consagradas pela literatura a respeito da estratégia atual do manuseio da ventilação durante a Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA). Isto é de fundamental importância, já que a ventilação mecânica, como medida terapêutica, tem estado sob constante revisão e muitos artigos têm sido publicados a este respeito. CONTEÚDO: Este trabalho contém a revisão de 29 artigos e um livro, selecionados a partir de pesquisa de palavras-chaves realizada no MEDLINE. CONCLUSÕES: Muito se tem publicado a respeito de ventilação em SARA, porém, tende-se para uma estratégia de proteção pulmonar baseada em baixo volume corrente e altos níveis de PEEP. Outras medidas adjuvantes seriam tomografias computadorizadas seriadas de tórax, ajuste de PaO2, inalação de óxido nítrico, posição prona e ECMO (extracorporeal membrane oxygenation).

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: El objetivo de este artículo es ofrecer al lector un resumen de las normas ya consagradas por la literatura a respecto de la estrategia actual del manoseo de la ventilación durante la Síndrome de la Angustia Respiratoria Aguda (SARA). Esto es de fundamental importancia, ya que la ventilación mecánica, como medida terapéutica, ha estado bajo constante revisión, muchos artículos han sido publicados a este respecto. CONTENIDO: Este trabajo contiene la revisión de 29 artículos y un libro, seleccionados a partir de la pesquisa de palabras-claves realizada en el MEDLINE. CONCLUSIONES: Mucho se ha publicado a respecto de ventilación en SARA, sin embargo, la tendencia es para una estrategia de protección pulmonar tomando como base el bajo volumen corriente y altos niveles de PEEP. Otras medidas de ayuda serian tomografías computadorizadas seriadas de tórax, ajuste de PaO2, inhalación de óxido nítrico, posición prono y ECMO (extracorporeal membrane oxygenation).

    Resumo em Inglês:

    Background and Objectives: This article’s objective is to summarize published ARDS ventilation strategies. This is very important since mechanical ventilation as a therapeutic measure has been under constant evaluation and many articles have been published on it. Contents: This is a 29 articles and one book review selected from a keyword search in MEDLINE. Conclusions: Despite of the great number of articles published on ARDS, most of them suggest a so-called ‘lung-protection’ strategy based on low tidal volume and high PEEP levels. Other adjuvant measures would be serial thoracic computerized tomography, PaO2 adjustments, nitric oxide inhalation, prone position and ECMO.
  • Erratum

Sociedade Brasileira de Anestesiologia R. Professor Alfredo Gomes, 36, 22251-080 Botafogo RJ Brasil, Tel: +55 21 2537-8100, Fax: +55 21 2537-8188 - Campinas - SP - Brazil
E-mail: bjan@sbahq.org