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Revista Brasileira de Anestesiologia, Volume: 69, Número: 4, Publicado: 2019
  • Sufentanil durante a indução da anestesia intravenosa total à base de remifentanil: ensaio clínico randômico Scientific Articles

    Menezes, Daniel C.; Vidal, Edison I.O.; Costa, Cesar M.; Mizubuti, Glenio B.; Ho, Anthony M.H.; Barros, Guilherme A.M.; Fukushima, Fernanda B.

    Resumo em Português:

    Resumo Justificativa A dor pós-operatória é uma grande preocupação quando o remifentanil é usado para anestesia intravenosa total devido à sua meia-vida ultracurta. Os opioides de ação mais longa, como o sufentanil, têm sido usados durante a indução de anestesia intravenosa total à base de remifentanil como um meio de superar essa deficiência. Porém, a eficácia e segurança de tal estratégia ainda precisam de evidências advindas de ensaios clínicos randômicos. Portanto, objetivamos avaliar a eficácia analgésica e a segurança pós-operatória de uma dose única de sufentanil administrada durante a indução de anestesia intravenosa total à base de remifentanil. Métodos Quarenta pacientes eletivamente agendados para cirurgia abdominal aberta foram randomizados para receber anestesia intravenosa total à base de remifentanil, com ou sem uma dose única de sufentanil, após a indução da anestesia. Avaliamos o consumo de morfina no pós-operatório, administrado através de uma bomba de analgesia controlada pelo paciente. Os escores de dor autorrelatados e a ocorrência de náusea, vômito, prurido, agitação, sonolência e depressão respiratória também foram avaliados até dois dias após a cirurgia. Resultados A diferença média entre os grupos sufentanil e controle em relação ao consumo de morfina em sala de recuperação pós-anestesia e após 12, 24 e 48 horas da cirurgia foi de -7,2 mg (IC 95%: -12,5 a -2,1, p < 0,001), -3,9 mg (IC 95%: -11,9 a 4,7, p = 0,26), -0,6 mg (IC 95%: (-12,7 a 12,7, p = 0,80) e -1,8 mg (IC 95%: -11,6 para 15,6, p = 0,94), respectivamente. Não houve diferença significativa tanto nos escores de dor autorrelatados, quanto na incidência de eventos adversos entre os grupos. Conclusão Nossos achados sugerem que a administração de sufentanil durante a indução de anestesia intravenosa total à base de remifentanil está associada à redução do consumo de opioides no pós-operatório imediato.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Postoperative pain represents an important concern when remifentanil is used for total intravenous anesthesia because of its ultrashort half-life. Longer acting opioids, such as sufentanil, have been used during induction of remifentanil-based total intravenous anesthesia as a means to overcome this shortcoming. However, the effectiveness and safety of such strategy still lacks evidence from randomized clinical trials. Hence, we aimed to assess the postoperative analgesic efficacy and safety of a single dose of sufentanil administered during the induction of remifentanil-based total intravenous anesthesia. Methods Forty patients, scheduled for elective open abdominal surgery, were randomized to receive remifentanil-based total intravenous anesthesia with or without a single dose of sufentanil upon induction. We assessed the postoperative morphine consumption administered through a patient-controlled analgesia pump. Self-reported pain scores and the occurrence of nausea, vomiting, pruritus, agitation, somnolence and respiratory depression were also assessed up to 2 days after surgery. Results The mean difference between the sufentanil and control groups regarding morphine consumption in the post-anesthetic care unit and at 12, 24 and 48 h after surgery were -7.2 mg (95%CI: -12.5 to -2.1, p < 0.001), -3.9 mg (95%CI: -11.9 to 4.7, p = 0.26), -0.6 mg (95%CI: (-12.7 to 12.7, p = 0.80), and -1.8 mg (95%CI: (-11.6 to 15.6, p = 0.94), respectively. Neither self-reported pain nor the incidence of adverse events were significantly different between groups at any time point. Conclusion Our findings suggest that the administration of sufentanil during induction of remifentanil-based total intravenous anesthesia is associated with decreased early postoperative opioid consumption.
  • Anestesia durante biópsia muscular para teste de suscetibilidade à hipertermia maligna Scientific Articles

    Silva, Helga Cristina Almeida da; Onari, Elton Shinji; Castro, Isac de; Perez, Marcelo Vaz; Hortensi, Alexandre; Amaral, José Luiz Gomes do

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução Hipertermia maligna é uma doença farmacogenética autossômica dominante, caracterizada por crise hipermetabólica desencadeada por anestésicos halogenados e/ou succinilcolina. O padrão para diagnóstico da suscetibilidade à hipertermia maligna é o teste de contratura muscular in vitro em resposta ao halotano-cafeína, para o qual é necessária biopsia muscular sob anestesia. Descrevemos uma série de anestesias sem agentes desencadeantes na hipertermia maligna e comparamos bloqueios de nervo periférico e anestesias subaracnóideas. Método Foram analisados os prontuários/fichas anestésicas de 69 pacientes suspeitos de susceptibilidade à hipertermia maligna, submetidos à biópsia muscular para teste de contratura muscular in vitro durante sete anos. Analisamos dados demográficos, indicação para investigação de hipertermia maligna, resultado do teste de contratura muscular in vitro e dados da cirurgia/anestesia/recuperação. Resultados Amostra com 34 ± 13,7 anos, 60,9% mulheres, 65,2% de teste de contratura muscular in vitro positivos. Técnicas empregadas: 47,8% bloqueios de nervo periférico (femoral e cutâneo femoral lateral, latência 65 ± 41 minutos), 49,3% anestesias subaracnóideas e 1,4% anestesia venosa total. Falha em 39,4% dos bloqueios de nervo periférico e 11,8% das anestesias subaracnóideas. Eventos adversos (8,7%) como bradicardia, náuseas e síndrome neurológica transitória só ocorreram com bloqueio subaracnóideo. Todos os pacientes permaneceram na sala de recuperação pós-anestésica até liberação. Idade e peso foram significativamente maiores nos pacientes com falha no bloqueio (ponto de corte da curva ROC de 23,5 anos e 59,5 Kg) e esta foi mais frequente na presença de aumento idiopático de creatinoquinase. Conclusão Anestesia com agentes não desencadeantes mostrou-se segura em pacientes suscetíveis à hipertermia maligna. Variáveis como idade, peso e antecedente de aumento idiopático de creatinoquinase podem ser úteis para selecionar a técnica anestésica nesse grupo.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Malignant hyperthermia is an autosomal dominant pharmacogenetic disorder, characterized by hypermetabolic crisis triggered by halogenated anesthetics and/or succinylcholine. The standard method for diagnosing malignant hyperthermia susceptibility is the in vitro muscle contracture test in response to halothane-caffeine, which requires muscle biopsy under anesthesia. We describe a series of anesthetic procedures without triggering agents in malignant hyperthermia, comparing peripheral nerve block and subarachnoid anesthesia. Method We assessed the anesthetic record charts of 69 patients suspected of malignant hyperthermia susceptibility who underwent muscle biopsy for in vitro muscle contracture in the period of 7 years. Demographic data, indication for malignant hyperthermia investigation, in vitro muscle contracture test results, and surgery/anesthesia/recovery data were analyzed. Results Sample with 34 ± 13.7 years, 60.9% women, 65.2% of in vitro muscle contracture test positive. Techniques used: peripheral nerve blocks — lateral femoral and femoral cutaneous, latency 65 ± 41 min — (47.8%); subarachnoid anesthesia (49.3%), and total venous anesthesia (1.4%). There was 39.4% failure of peripheral nerve block and 11.8% of subarachnoid anesthesia. Adverse events (8.7%) occurred only with subarachnoid blockade (bradycardia, nausea, and transient neurological syndrome). All patients remained in the post-anesthesia care unit until discharge. Age and weight were significantly higher in patients with blockade failure (ROC cut-off point of 23.5 years and 59.5 kg) and blockade failure was more frequent in the presence of increased idiopathic creatine kinase. Conclusion Anesthesia with non-triggering agents has been shown to be safe in patients with malignant hyperthermia susceptibility. Variables such as age, weight, and history of increased idiopathic creatine kinase may be useful in selecting the anesthetic technique for this group of patients.
  • Desenvolvimento de um modelo preditivo multivariado para náusea e vômito no pós-operatório de cirurgia oncológica em adultos Scientific Articles

    Yamada, Léia Alessandra Pinto; Guimarães, Gabriel Magalhães Nunes; Silva, Magda Aparecida Santos; Sousa, Angela Maria; Ashmawi, Hazem Adel

    Resumo em Português:

    Resumo Justificativa e objetivos A previsão do risco de náusea e vômito no pós-operatório é a base para a decisão da profilaxia. O escore de Apfel não define por quanto tempo uma pessoa deve se abster de fumar para ser considerada não fumante, e o uso de opioide espinhal intraoperatório como fator de risco para náusea e vômito também não é abordado. Nosso objetivo foi quantificar o risco de náusea e vômito no pós-operatório por um estado tabagístico ordinal e o uso de opioides intraoperatórios (sistêmicos ou neuraxiais) e desenvolver um novo modelo preditivo. Métodos Pacientes agendados para cirurgia oncológica foram prospectivamente avaliados para náusea e vômito nas primeiras 24 horas após a cirurgia. Resultados De 2.014 pacientes inicialmente incluídos, 185 foram excluídos. A classificação de tabagismo foi associada a taxas de incidência de náusea e vômito no pós-operatório de 14,1%, 18,1%, 24,7%, 29,4% e 33,9% para fumantes, pacientes que pararam de fumar até um mês antes da cirurgia, de um a seis meses antes da cirurgia, mais de seis meses antes da cirurgia ou pacientes que nunca fumaram, respectivamente, o que foi significativo na análise de comparações múltiplas (p = 0,015 ajustado). Os testes de hipóteses foram ajustadas para múltiplas comparações para associação com náusea e vômito no pós-operatório para sexo, idade, náusea e vômito no pós-operatório anterior, náusea induzida por quimioterapia e estado tabagístico ordinal apresentaram valores de p < 0,001. Tipo de cirurgia (p = 0,04), consumo total de fentanil (p = 0,04) e períodos intraoperatório e pós-operatório foram preditivos significativos. Um novo modelo foi desenvolvido e apresentou um poder discriminativo maior do que o escore de Apfel (AUC 67,9% vs. 63,7%, p < 0,001). Conclusão O estado tabagístico mostrou um impacto significativo e linear sobre a incidência de náusea e vômito no pós-operatório e desenvolveu-se um novo modelo que usa preditores não ambíguos de tabagismo e opioides.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background and objectives Predicting postoperative nausea and vomiting risk is the cornerstone for deciding prophylaxis. Apfel's score does not define how long a person must be abstinent from smoking to be considered a non-smoker, and the use of intraoperative spinal opioids as a risk factor for predicting postoperative nausea and vomiting is also not addressed. The aim of this study was to quantify predicting postoperative nausea and vomiting risk by an ordinal smoking status and the use of intraoperative opioids (systemic or neuraxial), and to develop a new predictive model. Methods Patients scheduled for cancer surgery were prospectively evaluated for predicting postoperative nausea and vomiting in the first 24 h after surgery. Results Of 2014 initially included patients, 185 participants were excluded. Smoking status classification was associated with predicting postoperative nausea and vomiting incidence rates of 14.1%, 18.1%, 24.7%, 29.4% and 33.9% for smokers, patients who stopped smoking up to 1 month prior to surgery, one to 6 months prior, more than 6 months prior or patients who never smoked, respectively, which was significant in the multiple comparisons analysis (adjusted p = 0.015). The multiple comparisons-adjusted hypothesis tests for association with predicting postoperative nausea and vomiting for sex, age, previous predicting postoperative nausea and vomiting, chemotherapy-induced nausea, and ordinal smoking status had p-values of <0.001. The type of surgery (p = 0.04), total fentanyl consumption (p = 0.04), both intraoperative and postoperative, were significant predictors. A new model was developed and showed higher discriminative power than Apfel's score (AUC 67.9% vs. 63.7%, p < 0.001). Conclusion Smoking status showed a significant and linear impact on predicting postoperative nausea and vomiting incidence, and we developed a new model that uses unambiguous smoking and opioid predictors.
  • Uso preventivo de cetamina nebulizada para controle da dor após amigdalectomia em crianças: estudo randômico e controlado Scientific Articles

    Abdel-Ghaffar, Hala S.; Abdel-Wahab, Amani H.; Roushdy, Mohammed M.; Osman, Amira M.M.

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivos A administração de cetamina por via inalatória através de nebulizador é relativamente nova e os estudos sobre este assunto são escassos. Nosso objetivo foi investigar a eficácia analgésica da cetamina nebulizada (1 e 2 mg.kg-1) administrada 30 minutos antes da anestesia geral em crianças submetidas à amigdalectomia eletiva, em comparação com cetamina intravenosa (0,5 mg.kg-1) e placebo (soro fisiológico). Métodos Cem crianças entre 7-12 anos foram randomicamente alocadas em quatro grupos (n = 25) e receberam: soro fisiológico para controle (Grupo C); 0,5 mg.kg-1 de cetamina intravenosa (Grupo C-IV); 1 mg.kg-1 de cetamina nebulizada (Grupo C-N1); 2 mg.kg-1 de cetamina nebulizada (Grupo C-N2). O desfecho primário foi o consumo total de analgésicos de resgate nas primeiras 24 horas de pós-operatório. Resultados O tempo médio para a primeira solicitação de analgésicos de resgate foi prolongado nos grupos C-N1 (400,9 ± 60,5 min, IC 95% 375,9-425,87) e C-N2 (455,5 ± 44,6 min, IC 95% 437,1-473,9) em comparação com o Grupo C-IV (318,5 ± 86,1 min, IC 95% 282,9-354,1) e o Grupo C (68,3 ± 21,9 min, IC 95% 59,5-77,1; p < 0,001), com uma diferença significativa entre os grupos C-N1 e C-N2 (p < 0,001). O consumo total de paracetamol IV nas primeiras 24 horas de pós-operatório foi reduzido no Grupo C-IV (672,6 ± 272,8 mg, IC 95% 559,9-785,2), Grupo C-N1 (715,6 ± 103,2 mg, IC 95% 590,4-840,8) e Grupo C-N2 (696,6 ± 133,3 mg, IC 95% 558,8-834,4) em comparação com o Grupo C (1153,8 ± 312,4 mg, IC 95% 1024,8-1282,8; p < 0,001). Não houve diferença entre os grupos de cetamina intravenosa e nebulizada (p = 0,312). Os pacientes dos grupos de cetamina intravenosa e nebulizada apresentaram escores VRS pós-operatórios menores, em comparação com o Grupo C (p < 0,001), sem diferenças entre os grupos C-IV, C-N1 ou C-N2 e sem efeitos adversos significativos. Conclusão A administração preventiva de cetamina nebulizada foi eficaz no alívio da dor pós-amigdalectomia. Cetamina nebulizada pode ser considerada como uma via alternativa eficaz à cetamina IV.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objectives The administration of ketamine as nebulized inhalation is relatively new and studies on nebulized ketamine are scarce. We aimed to investigate the analgesic efficacy of nebulized ketamine (1 and 2 mg.kg-1) administered 30 min before general anesthesia in children undergoing elective tonsillectomy in comparison with intravenous ketamine (0.5 mg.kg-1) and saline placebo. Methods One hundred children aged (7-12) years were randomly allocated in four groups (n = 25) receive; Saline Placebo (Group C), Intravenous Ketamine 0.5 mg.kg-1 (Group K-IV), Nebulized Ketamine 1 mg.kg-1 (Group K-N1) or 2 mg.kg-1 (Group K-N2). The primary endpoint was the total consumption of rescue analgesics in the first 24 h postoperative. Results The mean time to first request for rescue analgesics was prolonged in K-N1 (400.9 ± 60.5 min, 95% CI 375.9-425.87) and K-N2 (455.5 ± 44.6 min, 95% CI 437.1-473.9) groups compared with Group K-IV (318.5 ± 86.1 min, 95% CI 282.9-354.1) and Group C (68.3 ± 21.9 min, 95% CI 59.5-77.1; p < 0.001), with a significant difference between K-N1 and K-N2 Groups (p < 0.001). The total consumption of IV paracetamol in the first 24 h postoperative was reduced in Group K-IV (672.6 ± 272.8 mg, 95% CI 559.9-785.2), Group K-N1 (715.6 ± 103.2 mg, 95% CI 590.4-840.8) and Group K-N2 (696.6 ± 133.3 mg, 95% CI 558.8-834.4) compared with Control Group (1153.8 ± 312.4 mg, 95% CI 1024.8-1282.8; p < 0.001). With no difference between intravenous and Nebulized Ketamine Groups (p = 0.312). Patients in intravenous and Nebulized Ketamine Groups showed lower postoperative VRS scores compared with Group C (p < 0.001), no differences between K-IV, K-N1 or K-N2 group and without significant adverse effects. Conclusion Preemptive nebulized ketamine was effective for post-tonsillectomy pain relief. It can be considered as an effective alternative route to IV ketamine.
  • Simulação de manejo de via aérea difícil para residentes: estudo comparativo prospectivo Scientific Articles

    Lilot, Marc; Evain, Jean-Noel; Vincent, Alban; Gaillard, Guillain; Chassard, Dominique; Mattatia, Laurent; Ripart, Jacques; Denoyel, Lucas; Bauer, Christian; Robinson, Philip; Duclos, Antoine; Lehot, Jean-Jacques; Rimmelé, Thomas

    Resumo em Português:

    Resumo Justificativa e objetivos O treinamento em simulação para o manejo de via aérea difícil oferece oportunidades de aprendizagem. A hipótese foi que um treinamento em simulação de procedimentos de três horas, para o manejo de via aérea difícil, melhoraria o aprendizado, o comportamento e os resultados dos pacientes, conforme relatado seis meses após o treinamento. Métodos Este estudo comparativo prospectivo foi realizado em duas universidades médicas. Residentes do segundo ano de anestesiologia e terapia intensiva de uma região participaram de um curso de três horas em simulação de procedimentos (grupo intervenção). Nenhuma intervenção foi programada para seus pares da outra região (grupo controle). Antes da simulação e seis meses após, os residentes preencheram a mesma ficha de autoavaliação sobre sua experiência com diferentes dispositivos. O grupo controle preencheu os mesmos formulários simultaneamente. O desfecho primário foi a frequência de uso de cada dispositivo para o manejo de via aérea difícil dentro dos grupos aos seis meses. Os pontos de corte secundários incluíram modificações em relação ao conhecimento, às habilidades e aos resultados dos pacientes com cada dispositivo aos seis meses. A avaliação do custo da intervenção foi registrada. Resultados Foram incluídos no grupo intervenção 44 residentes e 16 no grupo controle. Nenhuma diferença significativa foi observada para o ponto de corte primário. No grupo intervenção, a melhoria do conhecimento e das habilidades foi observada aos seis meses para cada dispositivo e a melhoria dos desfechos dos pacientes foi analisada com o uso de estilete maleável e do introdutor de Eschmann para intubação. Nenhuma melhoria foi observada no grupo controle. O custo da intervenção estimado foi de 406€ por residente. Conclusões Um treinamento simulado de três horas para o manejo de via aérea difícil não melhorou a frequência do uso de dispositivos pelos residentes aos seis meses. No entanto, outros efeitos positivos sugerem a exploração da melhor relação tempo/eficiência de aquisição de conhecimento com a simulação do manejo de via aérea difícil. ClinicalTrials.gov Identifier NCT02470195.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background and objectives Procedural simulation training for difficult airway management offers acquisition opportunities. The hypothesis was that 3 hours of procedural simulation training for difficult airway management improves: acquisition, behavior, and patient outcomes as reported 6 months later. Methods This prospective comparative study took place in two medical universities. Second-year residents of anesthesiology and intensive care from one region participated in 3 h procedural simulation (intervention group). No intervention was scheduled for their peers from the other region (control). Prior to simulation and 6 months later, residents filled-out the same self-assessment form collecting experience with different devices. The control group filled-out the same forms simultaneously. The primary endpoint was the frequency of use of each difficult airway management device within groups at 6 months. Secondary endpoints included modifications of knowledge, skills, and patient outcomes with each device at 6 months. Intervention cost assessment was provided. Results 44 residents were included in the intervention group and 16 in the control group. No significant difference was observed for the primary endpoint. In the intervention group, improvement of knowledge and skills was observed at 6 months for each device, and improvement of patient outcomes was observed with the use of malleable intubation stylet and Eschmann introducer. No such improvement was observed in the control group. Estimated intervention cost was 406€ per resident. Conclusions A 3 h procedural simulation training for difficult airway management did not improve the frequency of use of devices at 6 months by residents. However, other positive effects suggest exploring the best ratio of time/acquisition efficiency with difficult airway management simulation. ClinicalTrials.gov Identifier NCT02470195.
  • Comparação de fentanil e dexmedetomidina como adjuvante à bupivacaína para raquianestesia unilateral em cirurgia de membros inferiores: estudo randômico Scientific Articles

    Taher-Baneh, Naseh; Ghadamie, Negin; Sarshivi, Farzad; Sahraie, Reza; Nasseri, Karim

    Resumo em Português:

    Resumo Justificativa e objetivos Uma das desvantagens da raquianestesia unilateral é a curta duração da analgesia pós-operatória, que pode ser abordada pela adição de adjuvantes aos anestésicos locais. O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos da adição de dexmedetomidina, fentanil ou solução salina à bupivacaína sobre as propriedades da raquianestesia unilateral em pacientes submetidos à cirurgia de panturrilha. Métodos Neste ensaio clínico duplo-cego, 90 pacientes submetidos à cirurgia eletiva de panturrilha foram randomicamente divididos em três grupos. A quantidade de anestésico para a raquianestesia nos três grupos foi de 1 mL de bupivacaína a 0,5% (5 mg). Nos grupos BD, BF e BS, 5 µg de dexmedetomidina, 25 µg de fentanil e 0,5 mL de solução salina foram adicionados, respectivamente. Foram calculados a duração dos bloqueios motor e sensorial em ambos os membros e o escore de dor durante 24 horas após a cirurgia. As alterações hemodinâmicas também foram medidas durante a anestesia por até 90 minutos. Resultados A duração de ambos os bloqueios, motor e sensorial, foi significativamente maior no membro dependente nos grupos BF (96 e 169 min) e BD (92 e 166 min) do que no grupo BS (84 e 157 min). Os escores da escala visual analógica foram significativamente menores nos grupos BF (1,4) e BD (1,3) do que no grupo BS (1,6) nas 24 horas após a cirurgia. Conclusões A adição de fentanil e dexmedetomidina à bupivacaína em raquianestesia unilateral pode aumentar a duração dos bloqueios sensorial e motor no membro dependente e prolongar a duração da dor pós-operatória. Contudo, fentanil é mais eficaz do que dexmedetomidina.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background and objectives One of the disadvantages of unilateral spinal anesthesia is the short duration of post-operative analgesia, which can be addressed by adding adjuvants to local anesthetics. The aim of current study was to compare the effects of adding dexmedetomidine, fentanyl, or saline to bupivacaine on the properties of unilateral spinal anesthesia in patients undergoing calf surgery. Methods In this double-blind clinical trial, 90 patients who underwent elective calf surgery were randomly divided into three groups. The spinal anesthetic rate in each of the three groups was 1 mL bupivacaine 0.5% (5 mg). In groups BD, BF and BS, 5 µg of dexmedetomidine, 25 µg of fentanyl and 0.5 mL saline were added, respectively. The duration of the motor and sensory blocks in both limbs and the rate of pain during 24 h after surgery were calculated. Hemodynamic changes were also measured during anesthesia for up to 90 min. Results The duration of both of motor and sensory block was significantly longer in dependent limb in the BF (96 and 169 min) and BD (92 and 166 min) groups than the BS (84 and 157 min) group. Visual Analog Scale was significantly lower in the two groups of BF (1.4) and BD (1.3), within 24 h after surgery, than the BS (1.6) group. Conclusions The addition of fentanyl and dexmedetomidine to bupivacaine in unilateral spinal anesthesia can increase the duration of the motor and sensory block in dependent limb and prolong the duration of postoperative pain. However, fentanyl is more effective than dexmedetomidine.
  • Avaliação do tempo de atraso do índice bispectral na resposta à indução da anestesia: estudo observacional Scientific Articles

    Ferreira, Ana Leitão; Mendes, Joaquim Gabriel; Nunes, Catarina Sofia; Amorim, Pedro

    Resumo em Português:

    Resumo Justificativa e objetivos De acordo com o fabricante, o índice bispectral (BIS) tem um tempo de processamento de cinco a dez segundos. Estudos que avaliaram esse tempo de processamento sugeriram atrasos mais longos. Nós avaliamos o tempo de atraso na resposta do BIS. Métodos Com base em dados clínicos de 45 pacientes, calculamos a diferença entre o tempo de atraso previsto e real do índice bispectral durante um período fixo de três minutos após o momento em que o BIS caiu abaixo de 80 durante a indução da anestesia geral com propofol e remifentanil. Resultados A diferença entre o BIS previsto e real foi em média 30,09 ± 18,73 segundos. Conclusão Nossos resultados sugerem que o atraso no processamento do índice bispectral pode ser muito maior do que o declarado pelo fabricante, um fato com implicações clínicas.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background and objectives According to the manufacturer, the Bispectral Index (BIS) has a processing time delay of 5-10 s. Studies addressing this have suggested longer delays. We evaluated the time delay in the Bispectral Index response. Methods Based on clinical data from 45 patients, using the difference between the predicted and the real BIS, calculated during a fixed 3 minutes period after the moment the Bispectral Index dropped below 80 during the induction of general anesthesia with propofol and remifentanil. Results The difference between the predicted and the real BIS was in average 30.09 ± 18.73 s. Conclusion Our results may be another indication that the delay in BIS processing may be much longer than stated by the manufacture, a fact with clinical implications.
  • Tromboelastometria rotacional na avaliação dos efeitos de cristaloides balanceados, hidroxietilamido e gelatina na coagulação: estudo randômico Scientific Articles

    Sevcikova, Silvie; Durila, Miroslav; Vymazal, Tomas

    Resumo em Português:

    Resumo Justificativa e objetivos Os cristaloides e coloides modernos são soluções balanceadas e cada vez mais utilizadas no período perioperatório. No entanto, não há estudos que avaliem seu efeito negativo na coagulação do sangue total e o intenso debate sobre a solução que cause um efeito mínimo na coagulopatia permanece. O objetivo de nosso estudo foi avaliar o efeito das soluções líquidas modernas na coagulação do sangue total com o uso da tromboelastometria rotacional. Métodos De acordo com a randomização, amostras de sangue foram colhidas de 30 pacientes durante a artroscopia de joelho, antes e após a administração de 500 mL de cristaloides, hidroxietilamido e gelatina. A tromboelastometria rotacional (testes Extem, Intem e Fibtem) foi utilizada para avaliar o efeito negativo das soluções líquidas na coagulação do sangue total. Resultados No teste Extem, a fase de iniciação da formação de coágulos de fibrina representada pelo parâmetro CT não foi influenciada por qualquer solução líquida (p > 0,05). A velocidade da formação de coágulos representada pelo CFT e pelo ângulo α foi prejudicada pelo hidroxietilamido e pela gelatina, mas não pelos cristaloides (p < 0,05). A força do coágulo formatado representado pelo parâmetro MCF foi prejudicada tanto no teste Extem quanto no teste Fibtem pelo HES e no teste Fibtem também pelos cristaloides (p < 0,05). O teste Intem não foi influenciado negativamente por nenhuma solução cristaloide ou coloide em nenhum parâmetro (p > 0,05). Conclusão O teste Extem parece ser sensível ao efeito de coagulopatia dos coloides e cristaloides modernos. O hidroxietilamido apresentou o efeito negativo mais óbvio na formação do coágulo, seguido pela gelatina e finalmente pelos cristaloides. O teste Intem parece ser insensível ao efeito adverso dos coloides e cristaloides modernos.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background and objectives Modern crystalloid and colloid solutions are balanced solutions which are increasingly used in perioperative period. However, studies investigating their negative effect on whole blood coagulation are missing, and vivid debate is going on about which solution has the minimal coagulopathy effect. The aim of our study was to assess the effect of modern fluid solutions on whole blood coagulation using rotational thromboelastometry. Methods Blood samples were obtained from 30 patients during knee arthroscopy before and after administration of 500 mL of crystalloid, Hydroxyethyl Starch and gelatin according to the randomization. Rotational thromboelastometry (Extem, Intem and Fibtem tests) was used to assess negative effect of fluid solutions on whole blood coagulation. Results In Extem test, the initiation phase of fibrin clot formation represented by CT parameter was not influenced by any fluid solution (p > 0.05). The speed of clot formation represented by CFT and α angle was impaired by Hydroxyethyl Starch and gelatin but not by crystalloids (p < 0.05). The strength of formatted coagulum represented by MCF parameter was impaired both in Extem and Fibtem test by HES and in Fibtem also by crystalloids (p < 0.05). Intem test was not negatively influenced by any crystalloid or colloid solution in any parameter (p > 0.05). Conclusion Extem test appears to be sensitive to coagulopathy effect of modern colloids and crystalloids. Hydroxyethyl starch has the most obvious negative effect on clot formation followed by gelatin and finally by crystalloids. Intem test seems to be insensitive to adverse effect of modern colloids and crystalloids.
  • Fatores de risco para hipoxemia intraoperatória durante ventilação monopulmonar: estudo observacional Scientific Articles

    Yao, Han-Yun; Liu, Tsun-Jui; Lai, Hui-Chin

    Resumo em Português:

    Resumo Justificativa Os tubos endotraqueais de duplo lúmen (Double-lumen tubes - DLTs) para intubação seletiva esquerda têm sido amplamente utilizados em procedimentos torácicos, esofágicos, vasculares e mediastinais para proporcionar a separação dos pulmões. Com a falta de diretrizes claras, os anestesiologistas geralmente selecionam os tubos com base em sua experiência com os tubos endotraqueais de duplo lúmen de 35 e 37 Fr, os mais comumente usados. Nossa hipótese foi que os pacientes com um brônquio principal esquerdo de menor comprimento (< 40 mm) apresentavam uma chance maior de sofrer dessaturação durante a ventilação monopulmonar, devido à obstrução do orifício do lobo superior esquerdo com o tubo brônquico. Métodos No total, 360 pacientes submetidos à intubação seletiva esquerda mediante o uso de tubo de duplo lúmen foram incluídos no estudo entre setembro de 2014 e agosto de 2015. Idade, sexo, altura, peso e doença de base foram registrados, junto do tipo de procedimento cirúrgico e os episódios de dessaturação. Além disso, a largura da traqueia e a largura e comprimento do brônquio esquerdo foram medidos por meio de tomografia computadorizada. Resultados Os pacientes com comprimento do brônquio principal esquerdo inferior a 40 mm, submetidos à intubação seletiva esquerda com tubos endotraqueais de duplo lúmen, tiveram incidência significativamente maior de dessaturação (Odds Ratio - OR: 8,087) durante a ventilação monopulmonar. Outros fatores relacionados aos pacientes e identificados como risco de desenvolver hipoxemia foram diabetes mellitus (OR: 5,368), cirurgia de colapso direito (OR: 4,933) e IMC (OR: 1,105). Conclusões Identificamos que os pacientes com comprimento do brônquio principal esquerdo inferior a 40 mm apresentam grande chance de dessaturação, principalmente se outros fatores de risco para dessaturação estiverem presentes.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Left double-lumen endotracheal tubes have been widely used in thoracic, esophageal, vascular, and mediastinal procedures to provide lung separation. Lacking clear objective guidelines, anesthesiologists usually select appropriately sized double-lumen endotracheal tubes based on their experience with 35 and 37 Fr double-lumen endotracheal tubes, which are the most commonly used. We hypothesized the patients with a left main bronchus of shorter length (<40 mm) had a greater chance of experiencing desaturation during one lung ventilation, due to obstruction in the orifice of the left upper lobe with the bronchial tube. Methods We included 360 patients with a left double-lumen intubated between September 2014 and August 2015. The patient's age, sex, height, weight, and underlying disease were recorded along with type of surgical procedure and the desaturation episodes. In addition, the width of the trachea and the width and length of the left bronchus were measured using computed tomography. Result Patients with a left main bronchus length of less than 40 mm who underwent intubation with a left double-lumen endotracheal tubes had significantly higher incidence of desaturation (Odds Ratio (OR: 8.087)) during one-lung ventilation. Other related factors of patients identified to be at risk of developing hypoxia were diabetes mellitus (OR: 5.368), right side collapse surgery (OR: 4.933), and BMI (OR: 1.105). Conclusions We identified that patients with a left main bronchus length of less than 40 mm have a great chance of desaturation, especially if other desaturation risk factors are present.
  • Índice de Analgesia/Nocicepção: avaliação da dor aguda pós-operatória Scientific Articles

    Abdullayev, Ruslan; Uludag, Oznur; Celik, Bulent

    Resumo em Português:

    Resumo Justificativa e objetivo As escalas baseadas na autoavaliação de pacientes, como a Escala Visual Numérica e a Escala Visual Analógica, que são usadas para avaliar a dor pós-operatória podem ser problemáticas em pacientes geriátricos ou em estado crítico com problemas de comunicação. Portanto, um método capaz de avaliar a dor de maneira objetiva vem sendo pesquisado há anos. O índice de analgesia/nocicepção, baseado em dados eletrocardiográficos que refletem a atividade parassimpática, tem sido proposto para tal avaliação. Neste estudo, objetivamos investigar a eficácia do índice de analgesia/nocicepção como uma ferramenta para a avaliação da dor pós-operatória aguda. Nossa hipótese foi que o índice de analgesia/nocicepção pode ter boa correlação com os valores da Escala de Classificação Numérica. Métodos Um total de 120 pacientes com estado físico ASA I e II, submetidos a qualquer procedimento cirúrgico com o uso de anestésicos halogenados associados a fentanil ou remifentanil, foi incluído no estudo. No 15º minuto após a chegada à sala de recuperação pós-anestesia, a dor dos pacientes foi avaliada em uma escala numérica de 0-10 pontos. Os escores de frequência cardíaca, pressão arterial e o índice de analgesia/nocicepção dos pacientes foram medidos simultaneamente naquele momento. A correlação entre o índice de analgesia/nocicepção, frequência cardíaca, pressão arterial e a Escala Visual Numérica foi avaliada. Resultados O estudo foi concluído com 107 pacientes, dos quais 46 eram do sexo masculino (43%). Os valores da média (DP) do índice de analgesia/nocicepção foram significativamente maiores nos pacientes com valor inicial na Escala Visual Numérica ≤ 3, em comparação com valor na mesma escala > 3 (69,1 [13,4] vs. 58,1 [12,9], respectivamente, p < 0,001). Uma relação linear negativa significativa (r2 = -0,312, p = 0,001) foi observada entre o índice de analgesia/nocicepção e a Escala Visual Numérica. Conclusão As mensurações do índice de analgesia/nocicepção no pós-operatório após anestesia com agentes halogenados e opioides mostraram boa correlação com os escores subjetivos da Escala Visual Numérica.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background and objectives Patient self-rating based scales such as Numerical Rating Scale, Visual Analog Scale that is used for postoperative pain assessment may be problematic in geriatric or critically ill patients with communication problems. A method capable of the assessment of pain in objective manner has been searched for years. Analgesia nociception index, which is based on electrocardiographic data reflecting parasympathetic activity, has been proposed for this. In this study we aimed to investigate the effectiveness of analgesia nociception index as a tool for acute postoperative pain assessment. Our hypothesis was that analgesia nociception index may have good correlation with Numerical Rating Scale values. Methods A total of 120 patients of American Society of Anesthesiologists (ASA) physical status I and II undergoing any surgical procedure under halogenated-based anesthesia with fentanyl or remifentanil were enrolled for the study. At the 15th minute of arrival to the Postoperative Care Unit the patients’ pain was rated on a 0-10 point Numerical Rating Scale. The patients’ heart rate, blood pressure, and analgesia nociception index scores were simultaneously measured at that time. The correlation between analgesia nociception index, heart rate, blood pressure and Numerical Rating Scale was examined. Results The study was completed with 107 patients, of which 46 were males (43%). Mean (SD) analgesia nociception index values were significantly higher in patients with initial Numerical Rating Scale ≤3, compared with Numerical Rating Scale >3 (69.1 [13.4] vs. 58.1 [12.9] respectively, p < 0.001). A significant negative linear relationship (r 2 = -0.312, p = 0.001) was observed between analgesia nociception index and Numerical Rating Scale. Conclusion Analgesia nociception index measurements at postoperative period after volatile agent and opioid-based anesthesia correlate well with subjective Numerical Rating Scale scores.
  • Avaliação dos efeitos neurotóxicos da administração intratecal do (S)-(+)-cetoprofeno em medula espinhal de rato: estudo experimental randômico e controlado Scientific Articles

    Kaya, Cengiz; Atalay, Yunus O.; Meydan, Bilge C.; Ustun, Yasemin B.; Koksal, Ersin; Caliskan, Sultan

    Resumo em Português:

    Resumo Justificativa e objetivos A administração intratecal de anti-inflamatórios não esteroides é mais eficaz no tratamento da dor pós-operatória. Anti-inflamatórios não esteroides, como o (S)-(+)-cetoprofeno, pode ser eficaz em doses intratecais inferiores às parenterais. A segurança pré-clínica relativa à possível neurotoxicidade associada ao (S)-(+)-cetoprofeno intratecal não foi avaliada. Neste estudo avaliamos a neurotoxicidade do (S)-(+)-cetoprofeno administrado por via intratecal em ratos. Métodos Conduzimos um estudo experimental randomizado e controlado por placebo em ratos Sprague-Dawley (250-300 g) com idades entre 12 e 16 semanas. Eles foram randomicamente divididos em dois grupos de tratamento [100 e 800 µg de (S)-(+)-cetoprofeno] e um de controle (água estéril). Cateteres intratecais foram colocados através do espaço atlantoaxial nos ratos anestesiados. Testes de pinça, avaliações da função motora e exames histopatológicos da medula espinhal e das raízes nervosas foram realizados nos dias 3, 7 e 21 do estudo. Os cortes da medula espinhal foram avaliados por microscopia de luz para vacuolização do funículo axonal dorsal, perda de mielina axonal, cromatólise neuronal, neurite, inflamação, aderências e fibrose das meninges. Resultados Em todos os grupos, os ratos exibiram resposta normal ao teste de pinça (pontuação = 0) e marcha normal em cada tempo observado (escore de avaliação da função motora = 1). A neurotoxicidade foi maior com os tratamentos nos dias 3 e 7 do que no dia 21 (2, 3, 0, p = 0,044; 2, 5, 0, p = 0,029, respectivamente). No dia 7, os escores totais refletindo o dano neuronal foram maiores no grupo com 800 µg que nos grupos com 100 µg e controle (5, 3, 0, p = 0,048, respectivamente). Conclusão A administração intratecal de (S)-(+)-cetoprofeno causou alterações neuro-histopatológicas dose-dependentes em ratos nos dias 3 e 7 após a aplicação e sugerindo que o (S)-(+)-cetoprofeno não deve ser administrado por via intratecal.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background and objectives Intrathecal administration of non-steroidal anti-inflammatory drugs is more efficacious for post-operative pain management. Cyclooxygenase inhibiting non-steroidal anti-inflammatory drugs like (S)-(+)-Ketoprofen, may be effective at lower intrathecal doses than parenteral ones. Preclinical safety regarding possible neurotoxicity associated with the intrathecal (S)-(+)-Ketoprofen was not evaluated. Here we analysed the neurotoxicity of intrathecally administered (S)-(+)-Ketoprofen in rats. Methods A randomized placebo-controlled experimental study was conducted. Sprague-Dawley rats (250-300 g) aged 12-16 weeks were randomly divided into 2 treatments [100 and 800 µg (S)-(+)-Ketoprofen] and control (sterile water) groups. Intrathecal catheters were placed via the atlantoaxial space in anesthetized rats. Pinch-toe tests, motor function evaluations and histopathological examinations of the spinal cord and nerve roots were performed at days 3, 7 and 21. Spinal cord sections were evaluated by light microscopy for the dorsal axonal funiculus vacuolation, axonal myelin loss, neuronal chromatolysis, neuritis, meningeal inflammation, adhesions, and fibrosis. Results Rats in all the groups exhibited normal pinch-toe testing response (score = 0) and normal gait at each observed time (motor function evaluation score = 1). Neurotoxicity was higher with treatments on days 3 and 7 than that on day 21 (2, 3, 0, p = 0.044; 2, 5, 0, p = 0.029, respectively). On day 7, the total scores reflecting neuronal damage were higher in the 800 µg group than those in the 100 µg and Control Groups (5, 3, 0, p = 0.048, respectively). Conclusion Intrathecal (S)-(+)-Ketoprofen caused dose-dependent neurohistopathological changes in rats on days 3 and 7 after injection, suggesting that (S)-(+)-Ketoprofen should not be intrathecally administered.
  • Correção endovascular de lesão de artéria subclávia secundária à cateterismo de veia jugular interna: relato de caso Clinical Information

    Kim, Jong Ho; Kim, Young Joon; Jang, Ji Su; Hwang, Sung Mi

    Resumo em Português:

    Resumo Justificativa e objetivos A cateterização da veia jugular interna guiada por ultrassom é um procedimento comum e geralmente seguro em sala cirúrgica. No entanto, a punção inadvertida de uma artéria não compressível, como a artéria subclávia, embora rara, pode estar associada a sequelas e risco para vida, incluindo hemomediastino, hemotórax e pseudoaneurisma. Relato de caso Descrevemos um caso bem-sucedido da correção endovascular de lesão da artéria subclávia direita em uma paciente de 75 anos. A artéria subclávia foi lesionada após cateterização guiada por ultrassom da veia jugular interna direita sob anestesia geral para cirurgia ortopédica. Conclusão Sob anestesia geral, vários fatores, como a hipotensão, podem mascarar os sinais de lesão da artéria subclávia. Este relato de caso indica que os médicos devem estar cientes das complicações da cateterização venosa central e tomar medidas imediatas.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background and objectives Ultrasound-guided internal jugular vein catheterization is a common and generally safe procedure in the operating room. However, inadvertent puncture of a noncompressible artery such as the subclavian artery, though rare, may be associated with life-threatening sequelae, including hemomediastinum, hemothorax, and pseudoaneurysm. Case report We describe a case of the successful endovascular repair of right subclavian artery injury in a 75-year-old woman. Subclavian artery was injured secondary to ultrasound-guided right internal jugular vein catheterization under general anesthesia for orthopedic surgery. Conclusion Under general anesthesia several factors such as hypotension can mask the signs of subclavian artery injury. This case report indicates that clinicians should be aware of the complications of central venous catheterization and take prompt action.
  • Ainda precisamos de bloqueios centrais enquanto temos o bloqueio do eretor da espinha? Caso de criança de 2,5 meses de idade Clinical Information

    Aksu, Can; Gürkan, Yavuz

    Resumo em Português:

    Resumo O bloqueio do plano do músculo eretor da espinha tem ganhado popularidade, tanto pela facilidade de aplicação quanto pelo efeito comparável em analgesia pós-operatória com técnicas regionais centrais, como o bloqueio paravertebral ou a anestesia peridural. Seu uso tem sido relatado na literatura para muitas indicações em pacientes pediátricos. Gostaríamos de compartilhar nossas experiências no caso de um bebê de 2,5 meses de idade programado para toracotomia para excisão de um cisto congênito gigante. O bloqueio do plano do eretor da espinha dorsal com injeção única foi realizado no nível de T4 antes do início da cirurgia para analgesia cirúrgica e pós-operatória. Nenhuma complicação foi observada durante a cirurgia e o período de acompanhamento. O bloqueio do plano do eretor da espinha com a combinação de paracetamol foi adequado para o alívio da dor.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Erector spinae plane block is gaining popularity both for its ease of application and as its comparable effect on postoperative analgesia with central regional techniques like paravertebral block or epidural anesthesia. Its use for many indications has been reported in the literature for pediatric patients. We would like to share our experiences in a 2.5-month infant scheduled for thoracotomy for a giant congenital cyst. Single shot erector spinae plane block was done at T4 level before the start of the surgery for both surgical and postoperative analgesia. No complication was seen during both surgery and follow up period. Erector spinae plane block with the combination of paracetamol was adequate for pain relief.
  • Bloqueio contínuo do plano do eretor da espinha lombar para o controle da dor pós-operatória em procedimento de revisão de cirurgia do quadril: relato de caso Clinical Information

    Kinjo, Sakura; Schultz, Alison

    Resumo em Português:

    Resumo O número de artroplastias totais de quadril feitas a cada ano continua a aumentar; consequentemente, o mesmo acontece com o número de procedimentos de revisão de artroplastia total de quadril. Embora nosso método tradicional de analgesia para esses pacientes tenha envolvido medicações multimodais e um bloqueio contínuo do plexo lombar, relatamos dois casos de pacientes que receberam bloqueios contínuos do músculo eretor da coluna lombar. Ambos apresentaram excelente controle da dor pós-operatória e obtiveram alta hospitalar no primeiro dia de pós-operatório. Este relato de caso ilustra a possível utilidade do bloqueio contínuo do plano do eretor da espinha para analgesia pós-operatória nas cirurgias, cada vez mais frequentes, de revisão de artroplastia total do quadril.

    Resumo em Inglês:

    Abstract The number of total hip arthroplasty cases performed each year continues to increase; accordingly, so does the number of revision total hip arthroplasty procedures. While our traditional method of analgesia for these patients has involved multimodal medications and a continuous lumbar plexus block, we report two cases of patients who received continuous lumbar erector spinae plane blocks. Both patients exhibited excellent pain control postoperatively and were able to discharge home on postoperative day one. This case report illustrates the possible utility of continuous erector spinae plane blocks for postoperative analgesia in the more frequently occurring revision total hip arthroplasty surgeries.
  • Farmacogenômica do sevoflurano: papel no delirium do despertar Letters To The Editor

    Nair, Abhijit
  • Manejo das vias aéreas em angina de Ludwig: o que é necessário e qual é a condição adequada? Letters To The Editor

    Aminnejad, Reza
  • Relevância do diâmetro do tubo endotraqueal de único lúmen e do tipo de bloqueador brônquico para o isolamento pulmonar em um caso de emergência Letters To The Editor

    Almeida, Carlos
  • Anestesia Local com o Paciente Totalmente Acordado e Sem Torniquete (WALANT) em fratura exposta de polegar sob terapia antitrombótica: superando um impasse Letters To The Editor

    Becuwe, Laurent; Sleth, Jean-Christian; Favennec, Yann-Erwan; Candelier, Gilles
  • Tendência mundial de redução do tempo de jejum de líquidos claros em crianças: declaração do Comitê de Anestesia em Pediatria e o cenário no Brasil Letters To The Editor

    Quintão, Vinícius Caldeira; Malavazzi Clemente, Marcella Marino; Vanzillotta, Pedro Paulo; Ortiz, Ana Carolina
Sociedade Brasileira de Anestesiologia R. Professor Alfredo Gomes, 36, 22251-080 Botafogo RJ Brasil, Tel: +55 21 2537-8100, Fax: +55 21 2537-8188 - Campinas - SP - Brazil
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