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Relações florísticas entre florestas paludosas interioranas do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil

As relações florísticas entre 20 florestas paludosas interioranas do Sudeste e Centro-oeste do Brasil foram avaliadas por meio de análises multivariadas. A DCA (Análise de correspondência destendenciada) e a TWINSPAN (Two way indicator species analysis) indicaram dois grupos floristicamente distintos, conforme a província fitogeográfica (Paranaense ou Cerrado) e suas condições de clima, fitofisionomias e composição de espécies. Dentro de uma mesma província, as condições edáficas e a distância geográfica, entre outros fatores, podem ser responsáveis por semelhanças ou dissimilaridades florísticas entre as florestas. Os resultados evidenciam que, apesar da baixa diversidade a, a diversidade γ é alta para essas formações, em função de baixas similaridades florísticas entre os remanescentes e do elevado número de espécies exclusivas (55% do total de espécies). Embora floristicamente distintas, conclui-se que as florestas paludosas interioranas do Sudeste do Brasil e as florestas de galeria inundáveis do Brasil Central são parte de uma mesma formação florestal. Estas florestas apresentam, em comum, além do ambiente paludoso, uma baixa diversidade vegetal e espécies com elevadas densidades locais, como Calophyllum brasiliense Cambess., Cecropia pachystachya Trécul, Dendropanax cuneatus Decne. & Planch., Guarea macrophylla Vahl, Magnolia ovata (A. St.-Hil.) Spreng., Protium spruceanum (Benth.) Engl. e Tapirira guianensis Aubl.

diversidade γ; mata brejosa de galeria; Província do Cerrado; Província Paranaense; similaridade florística


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