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Ecologia da polinização de Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook. e T. ochracea (Cham.) Standl. (Bignoniaceae) em cerrado do Brasil Central

Foram investigadas a ecologia da polinização e a biologia reprodutiva de Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook. e T. ochracea (Cham.) Standl. em uma área de cerrado em Brasília (DF) Brasil. Estas espécies ocorrem simpatricamente, florescem massiva e sincronicamente, por aproximadamente um mês, durante a estação seca (julho a setembro). Ambas espécies têm estruturas florais similares, antese diurna, corola tubular e são produtoras de néctar. Quatorze espécies de abelhas visitaram ambas Tabebuia, porém somente três espécies de Centris e Bombus morio foram consideradas polinizadores potenciais, devido a alta freqüência e à eficiência no transporte do pólen. Os testes de polinização artificial, demonstraram que T. aurea e T. ochracea são auto-incompatíveis, com auto-incompatibilidade de ação tardia. A proporção de frutos maturados resultantes de polinização cruzada foi baixa (T. aurea 17,2% e T. ochracea 12,3%) em ambas espécies, considerando o grande número de flores desabrochadas, sugerindo falta de recursos maternos. A grande quantidade de sementes por frutos (cerca de 92 em T. aurea e 285 em T. ochracea) deve representar o investimento materno nos óvulos fertilizados que possuem maior vigor.


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