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Fenologia reprodutiva e síndromes de polinização e dispersão de semente em vegetação sobre afloramentos de arenito na Chapada Diamantina, Nordeste do Brasil: análises de população e comunidade

Parte da vegetação sobre afloramentos rochosos na Chapada Diamantina são agregados limitados pela superfície rochosa sem plantas vasculares (ilhas de solo), constituindo unidades naturais com limites bem definidos. Os ciclos de floração e frutificação de 58 ilhas de solo foram analisados no Morro da Mãe Inácia (12°27' S e 41°28' W), em altitudes entre 1.100 e 1.140 metros acima do nível do mar, na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. As presenças e ausências de espécies com flores e frutos em cada ilha de solo e respectivas áreas de cobertura foram analisadas nos níveis de população e comunidade. As fenofases de floração e frutificação nas ilhas foram realizadas durante 24 observações mensais. As análises das síndromes de polinização e dispersão de sementes indicaram que os animais são mais importantes para polinização do que para dispersão (predominantemente anemocoria e autocoria). A floração e frutificação das plantas que apresentam síndromes de polinização por animais foram correlacionadas com precipitação e temperatura. O período de floração variou de acordo com as síndromes de polinização envolvidas: entomofilia predominou do verão ao outono, ornitofilia predominou durante o inverno e anemofilia durante a primavera. Os períodos intercalados de floração e frutificação das espécies garantem contínuo suprimento de recursos para fauna local.

fenologia; floração; frutificação; síndromes; vegetação insular em afloramento de arenito


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