Acessibilidade / Reportar erro

Níveis plasmáticos elevados do dímero D e da proteína C reativa hipersensíveis podem indicar desordens aórticas

OBJETIVO: D-dímero e proteína C reativa são de valores de diagnóstico e preditivo em pacientes com tendência trombótica, como a trombose vascular, doença arterial coronária e dissecção aórtica. No entanto, o estudo comparativo desses biomarcadores entre os pacientes com dissecção aguda da aorta e doença arterial coronariana não foi suficientemente esclarecido. MÉTODOS: Pacientes cirúrgicos consecutivos foram selecionados para este estudo por tipo de dissecção aguda aórtica (20 pacientes), aneurisma da aorta (9 pacientes) ou doença arterial coronária (20 pacientes). O plasma a partir de amostras de sangue no pré-operatório e sobrenadante de homogenato de aorta dos espécimes cirúrgicos foi detectado para o D-dímero e proteína C reativa hipersensível. RESULTADOS: Os valores do plasma de D-dímero e proteína-C reativa em dissecção aórtica tipo A ou aneurisma da aorta foram muito superiores em pacientes com doença arterial coronariana ou de controles saudáveis (pelo D-dímero, dissecção aórtica: doença arterial coronariana, 0,4344 ± 0,2958 µg/ml vs 0,0512 ± 0,0845 µg/ml, P <0,0001; dissecção aórtica: controle saudável, 0,4344 ± 0,2958 µg/ml vs 0,1250 ± 0,1295 µg/ml, P = 0,0005; aneurisma da aorta: doença arterial coronariana, 0,4200 ± 0,4039 µg/ml vs 0,0512 ± 0,0845 µg/ml, P = 0,0013; e aneurisma de aorta: controle saudável, 0,4200 ± 0,4039 µg/ml vs. 0,1250 ± 0,1295 µg/ml, P = 0,0068 e para a hs-CRP, dissecção aórtica: doença arterial coronariana, 4,400 ± 3,004 mg/L vs. 1,232 ± 0,601 mg/L, P <0,0001; dissecção aórtica: grupo controle saudável, 4,400 ± 3,004 mg/L vs 0,790 ± 0,423 mg/L, P <0,0001; aneurisma da aorta: doença arterial coronariana, 2,314 ± 1,399 mg/L vs. 1,232 ± 0,601 mg/L, P = 0,0084; aneurisma da aorta: grupo controle saudável, 2,314 ± 1,399 mg/L vs. 0,790 ± 0,423 mg/L, P = 0,0002; e doença arterial coronariana: grupo controle saudável, 1,232 ± 0,601 mg/L versus 0,790 ± 0,423 mg/L, P = 0,0113). Além disso, houve correlações próximas de plasma de D-dímero e proteína C reativa em em todos os pacientes com dissecção aórtica (Y = 4.8798X + 0,8138, r² = 0,450, r= 0,671, P < 0,001), (Y = 2.6298X + 1,2098, r² = 0,5762, r = 0,759, P < 0,001), e aneurisma de aorta (Y = 7.1341X + 1,3006, r² = 0,4935, r = 0,7025, P = 0,048) ao contrário dos grupos de doença arterial coronariana ou grupo controle de pacientes saudáveis. Além disso, não houve diferenças significativas dos valores de D-dímero e proteína C reativa de sobrenadante de aorta entre os grupos, exceto para o D-dímero indetectável no sobrenadante de aorta do grupo com doença coronária. CONCLUSÕES: Os pacientes com dissecção aguda da aorta e aneurisma da aorta podem refletir a reação inflamatória extensa e coagulopatias graves nos pacientes com o dissecção aguda aórtica tipo A e aneurisma da aorta torácica em comparação com os doentes coronários e indivíduos-controle saudáveis. As detecções após o acomentimento nos pacientes com dor torácica aguda podem ajudar a fazer um diagnóstico diferencial entre a aortopatias e doença isquêmica cardíaca. A escassa significância dos biomarcadores de tecido pode impedir o seu valor diagnóstico na prática clínica.

Aorta torácica; Técnicas de laboratório clínico; Doença das coronárias; Proteína C-reativa; Produtos de degradação da fibrina e do fibrinogênio


Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular Rua Afonso Celso, 1178 Vila Mariana, CEP: 04119-061 - São Paulo/SP Brazil, Tel +55 (11) 3849-0341, Tel +55 (11) 5096-0079 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: bjcvs@sbccv.org.br