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Azul de metileno no tratamento da síndrome vasoplégica em cirurgia cardíaca: quinze anos de perguntas, respostas, dúvidas e certezas

OBJETIVO: Existem fortes evidências de que o azul de metileno (AM), um inibidor da guanilato ciclase, é uma excelente opção terapêutica para o tratamento da síndrome vasoplégica (SV) em cirurgia cardíaca. O objetivo deste artigo é rever o papel terapêutico do AM no tratamento da SV. MÉTODOS: Revisão da literatura em período de 15 anos. RESULTADOS: 1) A heparina e inibidores da ECA são fatores de risco; 2) Nas doses preconizadas é droga segura (a dose letal é de 40 mg/kg); 3) O AM não causa disfunção endotelial; 4) O efeito do AM só aparece em caso de supra-regulação de óxido nítrico (NO); 5) O AM não é um vasoconstritor, pelo bloqueio do sistema GMPc ele "libera" o sistema AMPc, facilitando o efeito vasoconstritor da noradrenalina; 6) A dosagem mais utilizada é 2 mg/kg em bolus endovenosa, seguida de infusão contínua, pois a concentração plasmática decai acentuadamente nos primeiros 40 minutos; 7) Existe possível "janela de oportunidade" para efetividade do AM. CONCLUSÃO: Embora não existam estudos multicêntricos definitivos, a utilização do AM no tratamento da SV em cirurgia cardíaca é, na atualidade, a melhor, mais segura e barata opção, sendo contribuição brasileira

Síndrome vasoplégica; Azul de metileno; Procedimentos cirúrgicos cardiovasculares; Circulação extracorpórea; Doenças vasculares; Resistência vascular; Complicações pós-operatórias


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