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Proteção cerebral durante parada circulatória total a 28°C

As operações de aneurismas do arco aórtico dependem do tempo de parada circulatória hipotérmica total (PCH). Diversas técnicas têm sido propostas para melhorar a proteção do cérebro e estender o tempo seguro de isquemia (45 minutos em hipotermia profunda). A proteção cerebral durante duas horas de parada circulatória hipotérmica foi estudada em 23 suínos, divididos em quatro grupos. Nos grupos de controle, 8 animais foram submetidos a anestesia (Grupo 1) e a circulação extracorpórea (Grupo 2). Os outros dois grupos foram à PCH associada à perfusão cerebral anterógrada a 28°C (Grupo 3) e a PCH associada a perfusão retrógrada do cérebro a 28°C (Grupo 4). A proteção cerebral foi avaliada pelo estudo histológico e pelo metabolismo celular cerebral estudado pela espectroscopia por ressonância nuclear magnética (RNM). Durante a PCH associada à perfusão cerebral anterógrada a 28°C, o metabolismo cerebral manteve-se normal durante todo o experimento e houve preservação das estruturas cerebrais no estudo histológico. Na PCH com a perfusão cerebral retrógrada a 28°C, o pH intracelular, a fosfocreatina (PCr) e o trifosfato de adenosina (ATP) diminuíram durante o período de parada circulatória e não retornaram aos seus níveis normais durante a reperfusão, permanecendo o cérebro em grave acidose intracelular. Concluímos que, durante duas horas de PCH, a perfusão anterógrada a 28°C proporcionou uma adequada proteção ao cérebro. A PCH associada à perfusão retrógrada em hipotermia moderada a 28°C não proporcionou proteção cerebral, no estudo metabólico e histológico.

Parada cardíaca induzida; Hipotermia induzida; Cérebro; Perfusão; Cérebro; Circulação extracorpórea


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