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Substituição da valva mitral com tração dos músculos papilares em pacientes com miocardiopatia dilatada

OBJETIVO: Avaliar a geometria e a função do ventrículo esquerdo (VE) após a troca mitral com tração e fixação dos papilares, em portadores de insuficiência cardíaca terminal com insuficiência mitral secundária. MÉTODO: Dos 20 pacientes avaliados, 70% eram homens, com idade média de 50,2 anos e 55% recebiam inotrópicos. A fração de ejeção (FEVE) foi menor que 30% em todos; 85% estavam em classe funcional (CF) IV. Dezoito receberam próteses de pericárdio bovino e dois, mecânicas. Os períodos considerados foram: 3, 6, 12 e 18 meses. As variáveis consideradas: volume sistólico do VE (VS), a FEVE, os diâmetros sistólico e diastólico finais (DSF e DDF) e os volumes sistólico e diastólico finais (VSF e VDF). No estudo estatístico, empregou-se da análise de variância (AV) e o teste de Friedmann (F). A sobrevida foi aferida pelo método de Kaplan-Meyer. RESULTADOS: Dois (10%) faleceram no período imediato. A sobrevida no primeiro ano foi de 85%, no segundo, 44%, no terceiro, 44%, no quarto, 44% e no quinto, 44%. A comparação entre pré e 3 meses, empregando-se a AV, não revelou alteração significativa para o VS (p=0,086). Houve acréscimo da FEVE (p=0,008) e decréscimo do DDF (p=0,038); do DSF (p=0,008); do VDF (p=0,029) e do VSF (p=0,009). Os momentos pré, 3 e 6 meses, com o teste F, não revelaram alterações. Entre os momentos pré, 3 meses e final, empregando-se a AV, não houve significância. CONCLUSÃO: Há melhora da FEVE, dos VDF, VSF, DDF e DSF; até o terceiro mês. A partir de então, as variáveis permanecem estáveis.

Valva mitral; Insuficiência cardíaca congestiva; Cardiomiopatia dilatada; Próteses valvulares cardíacas


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