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Utilização do azul de metileno no tratamento da síndrome vasoplégica após cirurgia cardíaca

Methylene blue administration in the treatment of the vasoplegic syndrome after cardiac surgery

Relata-se a restauração da resistência vascular sistêmica com o uso do azul de metileno (AM) em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca com e sem circulação extracorpórea. Todos os pacientes apresentaram no pós-operatório imediato quadro de taquicardia, oligúria, manutenção da perfusão periférica e importante hipotensão arterial sistêmica, retrataria a grandes doses de catecolaminas. As avaliações hemodinâmicas pela técnica de termodiluição com cateter de Swan-Ganz monstraram padrão compatível com síndrome vasoplégica, com índice de resistência vascular sistêmica média de 868 dina. s. cm5, sem resposta a drogas vasoativas. À semelhança do choque endotóxico, a síndrome foi interpretada como decorrente da estimulação da enzima óxido nítricosintetase com conseqüente formação de óxido nítrico (NO) pelas células endoteliais. Utilizou-se então AM, como bloqueador do NO no sistemaguanililciclase/guanino-monofosfatociclase, na dose de 1,5 mg/kg peso, em infusão intravenosa por uma hora. O restabelecimento do tônus vascular sistêmico (IRVS = 1693 dina. s. cm5) com normalização da pressão arterial e do quadro clínico, foi efetivo e rápido, mostrando ser o AM uma promissora droga na diminuição da morbi-mortalidade da síndrome vasoplégica.

Azul de metileno; Cirurgia cardíaca; Circulação extracorpórea; Complicações pós-operatórias; Hipotensão; Resistência vascular


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