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Plástica da valva mitral: resultados tardios de doze anos de experiência e evolução das técnicas

Twelve years follow-up with mitral valve reconstruction

Foram estudados 301 pacientes, sendo 151 (50,2%) do sexo masculino, com idade variando de 3 meses a 79 anos (média de 37,96 com desvio padrão de 21,4 anos). A etiologia das lesões foi reumática em 128 (42,52%), degenerativa em 78 (25,91%), congênita em 21 (6,97%), isquêmica em 18 (5,98%), endomiocardiofibrose em 9 (2,99%), endocardite infecciosa em 8 (2,65%), valvulite crônica inespecífica em 5 (1,66%), e não definida em 34 (11,29%) pacientes. Duzentos e quatro (67,8%) pacientes apresentavam insuficiência mitral e 97 (32,2%) dupla lesão mitral. Cirurgia associada foi realizada em 45% dos pacientes sendo a mais freqüente a substituição da valva aórtica em 41 (13%) pacientes. As principais técnicas utilizadas foram: ressecção quadrangular da cúspide posterior em 97 (30,99%) pacientes, associada a deslizamento em 3, anel de Carpentier em 93 (29,71%), e tira posterior em 76 (24,28%) pacientes. Encurtamento de cordas tendíneas foi realizado em 56 pacientes e encurtamento de papilar em 6. A mortalidade imediata foi de 12 (3,9%) pacientes. Foram reoperados no pós-operatório imediato 3 (0,9%) pacientes por disfunção da plástica. As taxas linearizadas para tromboembolismo, morte, replastia e troca valvar mitral no pós-operatório tardio foram respectivamente 0,2%, 0,5%, 1,0% e 1,1 % pacientes/ano. A curva actuarial de sobrevida é de 83,6% em doze anos e a curva actuarial livre do evento reoperação é de 83%. Setenta e nove por cento dos pacientes encontram-se em classe funcional I (NYHA) no pós-operatório tardio (evolução de 10077 meses/pacientes). Podemos concluir que os pacientes submetidos a plástica da valva mitral apresentaram evolução satisfatória, e que o aprimoramento das técnicas com o passar dos anos tem contribuído para melhoria dos resultados.

valva mitral; valva mitral


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