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Tratamento cirúrgico de fibrilação atrial utilizando ablação com radiofrequência bipolar em doença mitral reumática

OBJETIVO: Avaliar a eficácia do tratamento cirúrgico da fibrilação atrial (FA) utilizando ablação com radiofrequência bipolar durante cirurgia cardíaca de procedimentos mitrais de etiologia reumática. MÉTODOS: Foram avaliados, retrospectivamente, os prontuários e exames de 53 pacientes submetidos à cirurgia valvar mitral, com ou sem cirurgia tricúspide ou aórtica associada, em que foi realizada ablação de FA utilizando radiofrequência bipolar. Trinta e quatro (64%) pacientes eram mulheres e a idade variou de 27 a 72 anos (média: 49,3 anos ± 10,7 anos). O tempo médio de FA relatado foi de 41 meses (variou de 3 a 192 meses). O tipo de FA apresentado foi: paroxística em oito pacientes, persistente em três, permanente em 42. O átrio esquerdo apresentava tamanho médio de 52,9 ± 8,5 mm. As cirurgias realizadas foram: 47 trocas de valva mitral e seis plastias mitrais. O seguimento eletrocardiográfico foi completo em 83% dos pacientes, ao final de 14 meses. Informações adicionais oriundas de Holter 24h foram exploradas. RESULTADOS: Ocorreram sete (13%) óbitos per-operatórios e a sobrevida após 14 meses foi de 87%. Os ritmos cardíacos encontrados após um ano de cirurgia foram: sinusal em 25 (66%) pacientes, FA em sete (18%), Flutter em cinco (13%), Juncional em um (3%). CONCLUSÃO: O uso de radiofrequência bipolar para tratamento de FA em pacientes submetidos à cirurgia valvar mitral de origem reumática é efetivo no controle da arritmia em 68% dos pacientes, após 14 meses.

Procedimentos cirúrgicos cardiovasculares; Valva mitral; Cardiopatia reumática; Fibrilação atrial; Técnicas de ablação


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