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Oclusão Percutânea da Persistência do Ducto Arterioso

Introdução:

A persistência do ducto arterioso é uma condição congênita de alta morbidade, especialmente em recém-nascidos prematuros de extremo baixo peso, representando 5 a 10% das cardiopatias congênitas. Nosso objetivo foi descrever as abordagens realizadas em hospital de referência para o tratamento da persistência do ducto arterioso com o método percutâneo de oclusão.

Métodos:

Foi realizado estudo retrospectivo do tratamento transcateter da persistência do ducto arterioso no período de abril de 2008 a abril de 2010.

Resultados:

Foram revisados 47 casos, a maioria (78,8%) tratada com molas Flipper®; os demais tratados com a prótese Amplatzer®. A configuração morfológica ductal foi do tipo A de Krichenko em 89,4% (34 no grupo molas Flipper® e 8 no grupo Amplatzer®), tipo D em 6,4% (2 no grupo molas Flipper® e 1 no grupo Amplatzer®) e tipo E em 4,2% (1 em cada grupo) dos pacientes. Os diâmetros mínimos pré-cateterismo foram de 2,6 ± 0,8 mm e 3,8 ± 1,6 mm para os grupos de molas Flipper® e Amplatzer®, respectivamente. Obteve-se oclusão imediata total do defeito na angiografia de controle em 72,3% dos pacientes tratados. Sete pacientes tratados com molas Flipper® receberam molas adicionais e os tratados com prótese Amplatzer® mostraram apenas shunts residuais mínimos em dois casos. Não ocorreram complicações do procedimento. No acompanhamento após a alta, um paciente permaneceu com mínimo shunt residual à ecografia, 45 dias após o cateterismo.

Conclusões:

A oclusão da persistência do ducto arterioso por método percutâneo tem-se mostrado segura e efetiva na maioria dos casos.

Canal arterial; Cardiopatias congênitas; Cateterismo; Dispositivo para oclusão septal


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