Acessibilidade / Reportar erro
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva, Volume: 16, Número: 3, Publicado: 2008
  • Os grandes registros brasileiros de intervenção coronária percutânea Editoriais

    Chaves, Áurea J.
  • A síntese do SYNTAX: a angioplastia coronária aproxima-se cada vez mais da cirurgia de revascularização no tratamento da doença multiarterial Editoriais

    Mattos, Luiz Alberto
  • A visão de um cirurgião sobre o estudo SYNTAX Editoriais

    Jatene, Fabio B.
  • De volta para o futuro - parte II: stents auto-expansíveis? Editoriais

    Bezerra, Hiram G.; Costa, Marco A.
  • Angioplastia de pontes de veia safena: um problema não resolvido Editoriais

    Londero, Hugo F.
  • Implante de stent farmacológico para o tratamento da reestenose de outro stent farmacológico: análise tardia do Registro DESIRE Artigos Originais

    Costa Jr., José de Ribamar; Sousa, Amanda G. M. R.; Moreira, Adriana C.; Costa, Ricardo Alves da; Maldonado, Galo; Gano, Manuel N.; Pinto, Ibraim; Campos, Cantídio; Staico, Rodolfo; Dib, Maria Helena; Pavanello, Ricardo; Sousa, J. Eduardo

    Resumo em Português:

    FUNDAMENTOS: Apesar da notória redução nas taxas de reestenose (RIS) com os stents farmacológicos (SF), essa complicação ainda ocorre em 5% a 25% dos casos. A história natural e o melhor tratamento para a reestenose de SF ainda não estão definidos. MÉTODO: Entre maio de 2002 e novembro de 2007, todos os pacientes com RIS de SF tratados com outro SF foram consecutivamente incluídos neste registro. O tipo de SF implantado para tratar a RIS ficou a critério do operador. Acompanhamento clínico foi obtido com 1, 6 e 12 meses e, então, anualmente. O objetivo primário foi avaliar a incidência acumulada de eventos cardíacos maiores (ECAM). RESULTADOS: Dos 45 pacientes (53 lesões) tratados percutaneamente com outro SF, 66,6% eram do sexo masculino. Diabetes melito foi observado em 35,5% desses pacientes. A maioria das reestenoses foi do tipo focal (75%). O diâmetro de referência do vaso tratado e a extensão da lesão foram de 2,99 ± 0,5 mm e 11,33 ± 5,8 mm, respectivamente. Em 28% dos casos, optou-se por implantar um SF diferente daquele que apresentou RIS. Sucesso angiográfico foi obtido em 100% dos casos. Seguimento clínico foi obtido em toda a população (média de 2,7 ± 1,1 anos). No seguimento tardio, a taxa cumulativa de ECAM foi de 13,3%, com 5 (11,1%) pacientes manifestando recorrência de sintomas. CONCLUSÕES: Nesta série, o uso de outro SF para tratar uma RIS de SF mostrou-se factível, seguro e eficaz, com baixas taxas de eventos adversos a curto e longo prazos.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Despite the marked reduction in restenosis rates following drug-eluting stent (DES) use, this complication still happens in 5%-25% of the cases. The natural history and the best treatment for DES in-stent restenosis are still to be defined. METHODS: Between May 2002 and November 2007, all consecutive cases of DES restenosis treated with another DES were included in this registry. The type of DES to be deployed was at the surgeon's discretion. Follow-up data were obtained at 1, 6, and 12 months and then annually. The primary endpoint of this study was the incidence of combined major cardiac events (MACE). RESULTS: Of the 45 patients (53 lesions) submitted to new percutaneous coronary intervention (PCI) with DES, 66.6% were men. Diabetes mellitus was observed in 35.5% of the patients. Most in-stent restenosis were focal (75%). Reference vessel diameter and lesion length were 2.99 ± 0.5 mm and 11.33 ± 5.8 mm, respectively. A different type of DES was preferred in 28% of the cases. Angiographic success was achieved in all cases. Clinical data of all population were obtained (mean 2.7 ± 1.1 years). In the long term, the cumulative rate of MACE was 13.3%, and 5 (11.1%) patients manifested recurrent symptoms. CONCLUSIONS: The use of a DES to treat a previous DES in-stent restenosis represents a safe and efficient approach, with low rates of adverse events in the short and long terms.
  • Comparação dos stents farmacológicos vs. stents convencionais para o tratamento do infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST: resultados do Registro EINSTEIN Artigos Originais

    Magalhães, Marco Aurélio de; Brito Jr., Fábio Sandoli de; Almeida, Breno Oliveira; Abizaid, Alexandre; Gomes, Ivanise; Nascimento, Teresa Cristina; Perin, Marco Antonio

    Resumo em Português:

    FUNDAMENTOS: Os estudos randomizados que testaram os stents farmacológicos no infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMSST) demonstraram resultados conflitantes. Além disso, a trombose do stent e o seguimento tardio pouco reportado permanecem como os grandes limitantes à expansão da aplicação desses dispositivos no IAMSST. OBJETIVO: Comparar as taxas de eventos cardíacos adversos maiores combinados (ECAM) e as taxas de trombose do stent em pacientes não-selecionados tratados com stents convencionais ou farmacológicos no IAMSST e alocados de forma não-randômica. MÉTODO: Entre janeiro de 2001 e julho de 2007, 251 pacientes consecutivos com IAMSST foram submetidos a angioplastia primária ou de resgate com implante de stent convencional (n = 112) ou farmacológico (n = 139), no Hospital Israelita Albert Einstein - São Paulo, SP. Investigamos a incidência de ECAM (óbito, infarto do miocárdio e revascularização do vaso-alvo [RVA]) e as taxas de RVA e trombose do stent. RESULTADOS: No total, a média das idades foi de 63 ± 13 anos, sendo 77% dos pacientes do sexo masculino. No seguimento mediano de 2,8 anos (1,3-4,4), a incidência de ECAM foi maior nos pacientes tratados com stents convencionais, em comparação com os tratados com stents farmacológicos (25,2% vs. 10,1%; p < 0,01), fundamentalmente pela maior mortalidade tanto global (17,8% vs. 5,1%; p < 0,01) como cardíaca (15,9 vs. 4,3; p < 0,01) no grupo dos stents convencionais. A taxa de RVA foi de 7,5% no grupo dos stents convencionais e de 3,6% no grupo dos stents farmacológicos (p = 0,25). Não observamos diferenças significativas na incidência de trombose do stent (3,7% vs. 2,2%; p = 0,7). CONCLUSÕES: Nessa série observacional, o uso dos stents farmacológicos no IAMSST apresentou menor taxa de ECAM em comparação aos stents convencionais no seguimento clínico tardio.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Randomized clinical trials comparing drug-eluting stents (DES) with bare metal stents (BMS) in the setting of ST-segment elevation myocardial infarction (STEMI) have been showing conflicting results. Additionally, issues regarding stent thrombosis and the lack of long-term clinical outcomes have limited the widespread use of DES in STEMI. OBJECTIVE: To compare the rates of major adverse cardiac events (MACE) and stent thrombosis in unselected patients who underwent primary or rescue percutaneous coronary intervention with BMS implantation with those treated with DES. METHODS: Between January 2001 and July 2007, 251 consecutive patients with STEMI underwent PCI with BMS (n = 112) or DES (n =139). We investigated the incidence of MACE, including death, myocardial infarction and target vessel revascularization (TVR), as well as stent thrombosis rates. RESULTS: Overall, the mean age was 63 ± 13 years-old and 77% were male. The median clinical follow-up was 2.8 years (1.3-4.4). The cumulative incidence of MACE was higher in patients who received BMS as compared with DES (25.2% vs. 10.1%; p < 0.01) driven by a higher incidence of all-cause mortality (17.8% vs. 5.1%; p < 0.01), mainly cardiac death (15.9 vs. 4.3; p < 0.01). TVR was detected in 8 patients (7.5%) with BMS and in 5 patients (3.6%) with DES (p = 0.25). The incidence of stent thrombosis was similar between groups (3.7% vs. 2.2%; p = 0.7). CONCLUSIONS: In this observational series, the use of DES in the setting of STEMI showed lower rates of MACE compared to BMS at the long-term follow-up.
  • Perfil de segurança dos stents farmacológicos nas síndromes coronárias agudas: dados do Registro INCOR Artigos Originais

    Campos, Carlos Augusto Homem de Magalhães; Ribeiro, Expedito E.; Lemos, Pedro A.; Falcão, João L.; Spadaro, Andre G.; Kajita, Luiz J.; Esteves Filho, Antonio; Perin, Marco A.; Horta, Pedro E.; Gama, Marcus N.; Marchiori, Gilberto; Martinez, Eulógio

    Resumo em Português:

    FUNDAMENTOS: Os stents farmacológicos constituem um grande avanço no tratamento da doença coronária. No entanto, seu emprego nas síndromes coronárias agudas tem sido objeto de intensa discussão científica. MÉTODO: Entre maio de 2002 e setembro de 2006, 910 pacientes consecutivos foram tratados com implante de pelo menos um stent farmacológico e incluídos na presente análise. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo estável (635 portadores de angina estável) e grupo agudo (275 pacientes com síndrome coronária aguda sem supra de ST). Analisamos as características clínicas e angiográficas e a ocorrência tardia de eventos adversos. RESULTADOS: As características clínicas foram semelhantes, exceto pela maior freqüência de tabagistas nos instáveis e de intervenção percutânea prévia nos estáveis. Após 588 dias (mediana do seguimento), os grupos, estável e agudo, tiveram índices semelhantes de reinfarto (2,8% vs. 5,0%; p = 0,1), revascularização do vaso-alvo (6,0% vs. 7,7%; p = 0,4), óbito (4,5% vs. 6,5%; p = 0,2) e eventos cardíacos maiores combinados (9,9% vs. 11,9%; p = 0,4), respectivamente. No entanto, a ocorrência de trombose foi significativamente mais freqüente nos pacientes com quadros coronários agudos (1,4% vs. 4,4%; p = 0,02), principalmente pela ocorrência de trombose ao longo do primeiro ano após implante (1,1% vs. 4,4%; p = 0,01). CONCLUSÃO: Os stents farmacológicos demonstraram bom perfil de segurança nos pacientes com síndromes coronárias agudas em relação àqueles portadores de quadros clínicos estáveis, apesar da maior ocorrência de trombose tardia do stent.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Drug-eluting stents are a great advance in the treatment of coronary disease. However, their use in patients with acute coronary syndromes has been the subject of intense scientific debate. METHODS: 910 consecutive patients treated with at least one drug-eluting stent between May 2002 and September 2006 were enrolled in the present analysis. The patients were assigned to 2 groups according to their clinical condition at the time of admission: 1) Stable group (635 patients with stable angina) and 2) Acute group (275 patients with NSTEMI). We analyzed the clinical and angiographic characteristics as well as the occurrence of late adverse events. RESULTS: The clinical characteristics of the groups were similar, except for the highest incidence of smokers in the acute group and previous percutaneous intervention in the stable group. After 588 days (median follow-up period), the stable and acute groups had similar rates of re-infarction (2.8 vs. 5.0%; p = 0.1), target vessel revascularization (6.0 vs. 7.7%; p = 0.4), death (4.5 vs. 6.5%; p = 0.2) and composite major adverse cardiac events (9.9 vs. 11.9%; p = 0.4), respectively. However, the occurrence of in-stent thrombosis was more frequent in patients with acute coronary diseases (1.4 vs. 4.4%; p = 0.02), mainly due to the occurrence of thrombosis within the first year after implantation (1.1 vs. 4.4%; p = 0.01). CONCLUSION: Drug-eluting stents have shown a good safety profile in patients with acute coronary syndromes compared to those with chronic coronary disease, despite the higher incidence of late in-stent thrombosis.
  • Utilização off-label dos stents farmacológicos nas intervenções coronárias percutâneas: registro da Clínica São Vicente Artigos Originais

    Salles, José Ary Boechat e; Andréa, Júlio César Machado; Cortes, Leandro Assumpção; Goldberg, Filipe; Carestiato, Lilian; Camillis, Felipe; Figueira, Hélio Roque

    Resumo em Português:

    FUNDAMENTOS: Estudos clínicos randomizados indicam que os stents farmacológicos reduzem a taxa de reestenose e a necessidade de procedimentos de revascularização. OBJETIVO: Avaliar o desempenho dos stents farmacológicos no mundo-real, comparando a evolução dos pacientes elegíveis nos estudos randomizados (on-label) com aqueles inelegíveis para intervenção coronária percutânea com stents farmacológicos (off-label). MÉTODO: Entre junho de 2002 e dezembro de 2007, 653 pacientes foram tratados por intervenção coronária percutânea somente com stents farmacológicos: 309 pacientes com stents farmacológicos em indicações on-label (309 stents) e 344 pacientes com presença de ao menos uma indicação off-label (654 stents). Foram consideradas indicações off-label: fração de ejeção < 25%, múltiplos stents, oclusão crônica, tronco não protegido, bifurcação, ponte de safena, infarto agudo, lesão ostial e lesão reestenótica. Avaliamos a evolução hospitalar e no período médio de 23,2 meses após o procedimento. RESULTADOS: Sucesso angiográfico elevado, com maior ocorrência de no-reflow (0% vs. 1,5%; p = 0,04) e mionecrose (1,9% vs. 5,2%; p = 0,02), foi observado nos pacientes off-label, porém sem diferença na mortalidade (0,3% vs. 0,9%; p = 0,3). No seguimento tardio de 80% dos pacientes por 23,2 meses, foram observadas reduzida incidência de eventos cardíacos maiores (8% vs. 8,1%; p = 0,5) e de revascularização da lesão-alvo (6,8% vs. 5,1%; p = 0,2). CONCLUSÃO: O implante off-label do stent farmacológico é seguro, com baixa mortalidade. Apesar da maior complexidade, não verificamos aumento do risco de eventos cardíacos ad-versos tardios ou revascularização da lesão-alvo quando comparado com o implante on-label.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Randomized clinical trials indicate that drug-eluting stents (DES) reduce the rates of restenosis and need for subsequent revascularization procedures. OBJECTIVE: This study examined the performance of DES in a 'real world' setting comparing the outcomes of trial-eligible (on-label) versus ineligible (off-label) patients undergoing percutaneous coronary interventions. METHODS: From June 2002 to December 2007, 653 patients underwent percutaneous coronary intervention exclusively using DES: 309 patients (309 stents) with on-label indications, and 344 patients (654 stents) with at least one off-label indication. Off-label indications were considered ejection fraction < 25%, multiple DES, chronic total occlusions, unprotected left main coronary artery, bifurcations, saphenous vein grafts, acute myocardial infarction, ostial or restenotic lesions. We evaluated in-hospital as well as late follow-up events. RESULTS: A high angiographic success, but with higher in-hospital myonecrosis (1.9% vs 5.2%; p = 0.02) and noreflow phenomenon (0% vs 1.5%; p = 0.04), was observed with off-label use; the incidence of death (0.3% vs 0.9%; p = 0.3) was not statistically different between groups. Data obtained from 80% of the patients over an average 23.2-month follow-up period showed a low incidence of major adverse cardiac events (8% vs. 8.1%; p = 0.5) and target vessel revascularization procedures (6.8% vs. 5.1%; p = 0.2). CONCLUSION: Off-label implantation of DES is safe, with a low mortality rate. DES use in this complex cohort of patients does not confer a higher risk of late adverse cardiac events or repeat revascularizations when compared to on-label indications.
  • Preditores e incidência de complicações vasculares após a realização de intervenções coronárias percutâneas: achados do Registro IC-FUC Artigos Originais

    Zanatta, Leonardo G.; Cardoso, Cristiano O.; Mota, Fábio M.; Conti, Elias P.; Diehl, Dayane; Rodrigues, Ana Paula R.; Camozzatto, Fernanda O.; Rodrigues Jr., La Hore; Gottschall, Carlos A. M.; Sarmento-Leite, Rogério; Quadros, Alexandre Schaan de

    Resumo em Português:

    INTRODUÇÃO: As complicações vasculares (CV) são uma das principais causas de morbidade e mortalidade em pacientes submetidos a intervenções coronárias percutâneas (ICPs), porém estudos anteriores não refletem a prática atual. Objetivos: Avaliar a incidência de CV e seus preditores, em uma população de pacientes tratada com ICP contemporaneamente. MÉTODO: Estudo observacional de corte transversal, com implantes de stents coronários, de janeiro de 2000 a dezembro de 2007. As características clínicas e angiográficas e a evolução intra-hospitalar foram avaliadas e registradas em banco de dados informatizado. Foram excluídos aqueles com óbito hospitalar ou cirurgia cardíaca de urgência. CV foram definidas como sangramento maior, cirurgia vascular ou hematoma > 10 cm. Os dados foram analisados com SPSS 11.0, e as características dos pacientes com e sem CV foram comparadas com teste t de Student e teste do qui-quadrado. Os preditores independentes de CV foram identificados por análise de regressão logística múltipla. RESULTADOS: Total de 4.595 pacientes com 5.485 stents implantados, com média de idade de 60,64 ± 10,65 anos e 32% de mulheres. As ICPs foram realizadas pela via femoral em 95% dos casos e pela via radial em 5%, e em 85% dos procedimentos foram utilizados introdutores 6F (em 15% foram usados introdutores 7F). Foram registradas CV em 162 (3,3%) pacientes. Por análise multivariada, o único preditor de CV foi o uso de introdutores 7F (razão de chance = 3,05, intervalo de confiança = 1,2-7,8; p = 0,02). Pelo teste de Hosmer-Lemeshow-goodness-of-fit, o modelo utilizado demonstrou boa calibração para a amostra analisada (quiquadrado = 6,9; p = 0,55). CONCLUSÃO: A prevalência de CV maiores foi baixa, tendo como único preditor o calibre do introdutor arterial utilizado.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Vascular complications (VC) following per-cutaneous coronary intervention (PCI) are an important cause of morbidity and mortality. However, available data do not reflect current interventional cardiology practice. OBJECTIVE: To determinate the incidence of VC and its predictors in a population treated with PCI in contemporary practice. METHODS: Cross-sectional study with coronary stent implantation conducted from January/2000 to De-cember/2007. Clinical and angiographic characteristics, as well as in-hospital evolution, were evaluated and recorded in a database. Exclusion criteria included in-hospital death and urgent heart surgery. VC were defined as major bleeding, vascular surgery or hematoma > 10 cm. Data were analyzed using SPSS 11.0 and the characteristics of patients with and without VC were compared using the Student's t test and chi-square test. Multiple Logistic Regression Analysis was performed to determinate the independent predictors of VC. RESULTS: A total of 4,595 patients with 5,485 stents were included in this analysis. Mean age was 60.64 ± 10.65 years and 32% of the patients were female. The transfemoral approach was used in 95% of the PCIs and the transradial approach in 5%. Six French and 7 French introducers were used in 85% and 15% of the PCIs, respectively. A total of 162 (3.3%) patients experienced VC. The multivariate analysis determined that the only predictor for VC was the use of 7 French introducers (odds ratio = 3.05, 95% confidence interval = 1.2-7.8; p = 0.02). By the Hosmer-Lemeshow-goodness-of-fit test, the model used demonstrated good calibration for sample analyzed (chi-square = 6.9; p = 0.55). CONCLUSION: The prevalence of VC was low and its only predictor was the diameter of the arterial introducer.
  • Prevalência de estenose da artéria subclávia em pacientes candidatos a cirurgia de revascularização do miocárdio: registro multicêntrico Artigos Originais

    Gomes, Vitor Osório; Roman, Marcelo; Barcellos, Christiano da Silveira de; Lasevitch, Ricardo; Hickmann, Patrícia; Alcalde, Rafael; Brizolara, Alberto; Duda, Norberto; Tumelero, Rogério; Guimarães, Jorge A.; Brito, José Carlos; Oliveira, Itamar; Paiva, Maria Sanali; Carvalho, Heitor; Carvalho, Denise; Caramori, Paulo

    Resumo em Português:

    INTRODUÇÃO: Aproximadamente 90% dos pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) recebem enxerto de artéria torácica interna esquerda. A ocorrência de estenose da artéria subclávia esquerda pode resultar em falência do enxerto por limitação de fluxo coronário. A prevalência de estenose da artéria subclávia esquerda em pacientes com aterosclerose coronária grave, considerados candidatos a CRM, não é conhecida. OBJETIVO: Determinar a prevalência e a eficácia da avaliação clínica para diagnosticar a estenose da artéria subclávia esquerda em candidatos a CRM. MÉTODO: Em um registro multicêntrico, realizouse angiografia seletiva da artéria subclávia esquerda em pacientes com indicação de CRM na ocasião da cinecoronariografia. Estenoses maiores ou iguais a 50% antes da origem da artéria torácica interna foram consideradas significativas. RESULTADOS: Dos 205 pacientes estudados, 16 (7,8%) apresentavam estenose significativa da artéria subclávia esquerda. A medida da pressão arterial não-invasiva diferencial entre os membros superiores > 10 mmHg teve baixa sensibilidade (37,5%) e baixo valor preditivo positivo (13,3%) para a identificação da estenose. Não foram identificados preditores clínicos de estenose da artéria subclávia pela análise univariada. CONCLUSÃO: Estenose da artéria subclávia esquerda não é incomum em pacientes com indicação de CRM. O gradiente de pressão entre os membros superiores é um método diagnóstico insuficiente. Portanto, em pacientes candidatos a CRM, a realização de arteriografia seletiva da artéria subclávia esquerda deve ser considerada, pelo risco de comprometimento de fluxo e síndrome do roubo coronário-subclávio em pacientes com estenose da subclávia não diagnosticada que recebem enxerto de artéria torácica interna esquerda.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Approximately 90% of the patients submitted to coronary artery bypass graft surgery (CABG) receive a left internal thoracic artery (LITA) graft. Stenosis of the left subclavian artery can result in graft failure due to restricted coronary flow. The prevalence of stenosis of the left subclavian artery in patients with severe coronary atherosclerosis, deemed candidates to CABG, is not known. OBJECTIVE: To assess the prevalence of stenosis of left subclavian artery in CABG candidates, as well as the diagnostic effectiveness of clinical evaluation. METHODS: In a multicenter registry, selective angiography of the left subclavian artery was carried out in patients considered candidates to CABG during coronary cineangiography. Stenoses > 50% proximal to the origin of the LITA were considered significant. RESULTS: A total of 205 patients were included. Significant stenosis of the left subclavian artery was observed in 16 (7.8%) patients. Noninvasive differential arterial blood pressure measurement > 10 mmHg between both arms showed low sensitivity (37.5%) and low positive predictive value (13.3%) for stenosis identification. No clinical predictors of significant stenosis were identified by univariate analysis. CONCLUSION: Stenosis of the left subclavian artery is not uncommon in CABG candidates. Noninvasive blood pressure gradient between both arms has low diagnostic accuracy. Therefore, in patients candidates to CABG, selective angiography of the left subclavian artery should be considered, because of the risk of reduced flow and coronary-subclavian steal syndrome in patients with non-diagnosed stenosis of the subclavian artery who receive a LITA graft.
  • Registro prospectivo de avaliação da segurança e eficácia da técnica ulnar na realização de procedimentos coronários Artigos Originais

    Andrade, Pedro Beraldo de; Tebet, Marden André; Andrade, Mônica Vieira Athanazio de; Mattos, Luiz Alberto; Labrunie, André

    Resumo em Português:

    INTRODUÇÃO: O uso da técnica radial na realização de procedimentos coronários reduz a incidência de complicações vasculares no sítio de punção, os custos e o tempo de permanência hospitalar, além de propiciar maior conforto ao paciente. No entanto, seu emprego encontra-se prejudicado em 5% a 15% dos casos por variações anatômicas da artéria radial, vasoespasmo e teste de Allen negativo. O objetivo do trabalho é avaliar a segurança e a eficácia do acesso ulnar como via alternativa na realização dos procedimentos coronários. MÉTODO: Pacientes submetidos a procedimento coronário pela via ulnar foram incluídos em um registro prospectivo. Foram avaliados: o sucesso da técnica, definido como realização de coronariografia com adequada opacificação arterial e intervenção coronária percutânea (ICP) com estenose residual < 30%, sem necessidade de mudança da via de acesso; os tempos de procedimento e de fluoroscopia; e as complicações intra-hospitalares e aos 30 dias de seguimento. RESULTADOS: Entre maio de 2007 e maio de 2008, 102 procedimentos coronários foram incluídos no registro. A média de idade foi de 61 ± 11 anos, sendo 53% do sexo feminino e 34% de diabéticos. A taxa de sucesso foi de 94,5% e 100% para coronariografia e ICP, respectivamente. Houve baixa incidência de complicações, incluindo 2% de oclusão assintomática da artéria ulnar e 1% de hematoma, sem necessidade de reparo vascular ou transfusão sanguínea. CONCLUSÃO: O acesso ulnar mostrou-se seguro e eficaz na realização de procedimentos coronários, com elevada taxa de sucesso e virtualmente isento de complicações no sítio de punção. Tratase de uma via de acesso alternativa em serviços que utilizam a técnica radial rotineiramente.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: The use of the transradial approach is associated with low rates of complications at the puncture site, reduced costs, shorter hospital stay and is more confortable to the patient. However, its is not feasible in 5%15% of the cases due to significant anatomic variations, vessel spasms and negative results in the Allen's test. The aim of this study was to evaluate the safety and efficacy of the transulnar access as an alternative approach in these situations. METHODS: Coronary procedures performed through the transulnar approach were included in a prospective registry. We evaluated the success rates, defined as adequate coronary opacity in coronary angiography or a percutaneous coronary intervention (PCI) with residual stenosis < 30%, with no need to change the access site; procedure and fluoroscopy times and the rate of in-hospital and 30-day complications. RESULTS: Between May 2007 and May 2008, 102 coronary procedures were included in the registry. The mean age was 61 ± 11 years, 53% were female patients and 34% were diabetic. Success rates were 94.5% and 100% for coronary angiography and PCI, respectively. There was a low rate of complications, including 2% of asymptomatic occlusion of the ulnar artery and 1% of hematoma not requiring vascular repair or blood transfusion. CONCLUSIONS: The use of transulnar access in coronary procedures is safe and efficient, with high success rates and virtually no complications related to the puncture site. It is a good alternative for those experienced with the transradial approach.
  • Segurança e eficácia da cateterização cardíaca direita e esquerda pelo acesso transradial comparado ao transfemoral: experiência inicial Artigos Originais

    Tebet, Marden Andre; Andrade, Pedro Beraldo de; Andrade, Mônica Vieira Athanazio de; Gentile, Milena; Mattos, Luiz Alberto Piva e; Labrunie, André

    Resumo em Português:

    INTRODUÇÃO: A cateterização cardíaca direita e esquerda (CDE) é um limitante ao emprego da técnica transradial (TTR). Estudos recentes, porém, demonstram que o procedimento pode ser realizado de forma segura e eficaz com o uso de um acesso venoso periférico do antebraço. Avaliamos o uso da nova técnica comparando-a à técnica transfemoral (TTF). MÉTODO: Entre janeiro de 2006 e junho de 2008, 70 pacientes foram submetidos a CDE, sendo a TTR adotada a partir de setembro de 2007. O acesso venoso na TTR foi obtido na região antecubital através de cateter Jelco® 20. O objetivo do estudo foi avaliar a segurança e a eficácia da TTR comparada à TTF, por meio das taxas de sucesso do procedimento, da ocorrência de complicações intra-hospitalares relacionadas ao sítio de punção, e dos tempos de procedimento e fluoroscopia. RESULTADOS: Dentre os 70 pacientes analisados, 35 foram incluídos na TTR e 35, na TTF. Não houve diferença quanto às características clínicas entre os grupos, exceto pela maior porcentagem de pacientes em uso de anticoagulante oral na TTR (p = 0,005). Sucesso do procedimento foi obtido em 97,1% na TTR e em 100% na TTF (p > 0,99). O único insucesso da TTR resultou da não progressão do introdutor pelo acesso venoso, sendo convertido para TTF. A duração do procedimento foi menor na TTR comparativamente à TTF (28,28 ± 10,21 min vs. 42,85 ± 20,33 min; p = 0,0004). O tempo de fluoroscopia foi de 6,17 ± 2,42 min na TTR e de 8,39 ± 6,38 min na TTF (p = 0,060). Quanto às complicações vasculares no sítio de punção, houve 6 sangramentos menores na TTF e nenhum na TTR (p = 0,024). CONCLUSÃO: A realização de CDE pela TTR mostrou-se segura e eficaz, sendo uma alternativa real ao emprego da TTF, reduzindo o tempo do exame, as complicações vasculares e, possivelmente, os custos do procedimento.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Right and left heart catheterization (RLC) is a limitation on the use of the transradial technique (TRT). However, recent studies have shown that the procedure can be safely performed with the use of a forearm venous access. In this study, it was evaluated the use of this new approach compared with the transfemoral technique (TFT). METHOD: Between January 2006 and June 2008, 70 patients were submitted to RLC. From September 2007 on, TRT was adopted as the first choice technique. Venous access in the TRT was obtained by puncturing a forearm vein using a JelcoTM 20 catheter. This study aimed to evaluate TRT safety and effectiveness compared with TFT through the procedure success rates, occurrence of in-hospital complications related to the puncture site, as well as procedure and fluoroscopy times. RESULTS: Among the 70 patients evaluated, 35 had undergone the procedure through TRT and 35 through TFT. The groups were well matched, with no significant differences in baseline clinical characteristics, except for the higher percentage of patients using oral anticoagulant in the TRT group (p = 0.005). The procedure success rate was 97.1% in TRT and 100% in TFT (p > 0.99). In one case in the TRT group it was not possible to advance the introducer through the forearm venous access, and the technique was converted to TFT. The mean duration of the procedure was significantly shorter in the TRT group compared with the TFT group (28.28 ± 10.21 min vs. 42.85 ± 20.33 min; p = 0.0004). The fluoroscopy time was 6.17 ± 2.42 min in TRT and 8.39 ± 6.38 min in TFT (p = 0.060). There were 6 cases of minor bleeding from the puncture site in the TFT group and none in the TRT group (p = 0.024). CONCLUSIONS: Performing RLC using TRT was safe and effective. It is a useful alternative to standard TFT approach, reducing procedure duration, vascular complications, and possibly procedure costs.
  • Segurança e eficácia da reutilização de materiais para angioplastia transluminal coronária percutânea: estudo REMCLI-ATC Artigos Originais

    Durán, Ariel; Michelis, Virginia; Delorenzi, Mónica; Ferreira, Lilián; Corujo, Carolina; Sanabria, Carmen; Guevara, Isabel; Cioli, Aurora; Rivero, Orieta; Borja, Valeria; Natelli, Mónica; Lluberas, Ricardo

    Resumo em Português:

    INTRODUÇÃO: Apresentamos nossa experiência no estudo REMCLI-ATC (REutilización de Materiales no hospital das CLInicas-ATC), que foi desenvolvido no Setor de Hemodinâmica do Departamento de Cardiologia do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Montevidéu, Uruguai, entre setembro de 2001 e agosto de 2002 e entre janeiro de 2003 e dezembro de 2004. MÉTODO: Foram incluídos, prospectivamente, 100 pacientes submetidos a angioplastia transluminal coronária (ATC), nos quais se utilizou aleatoriamente material novo (grupo 1, n = 49) ou reesterilizado (grupo 2, n = 51), analisando-se uma série de variáveis que avaliaram a eficácia e a segurança de cada um dos grupos. RESULTADOS: O sucesso clínico e angiográfico no grupo 1 foi de 100% e no grupo 2, de 96% (p = 0,54). Não foram observadas diferenças em relação ao número de cateteres-guia, guias e balões utilizados na ATC entre os grupos. O volume de contraste e os tempos de radioscopia e do procedimento também não apresentaram diferenças. As complicações maiores ocorreram somente no grupo 2 (0% vs. 3,9%; p = 0,17) e as menores ocorreram em ambos os grupos (6,1% e 9,8%, respectivamente; p = 0,48). CONCLUSÃO: Concluímos, portanto, que é tecnicamente factível e seguro utilizar material reesterilizado nas ATCs, o que permitiria, uma economia considerável para países como o Uruguai, com recursos econômicos limitados.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: We describe our experience in the REMCLI-ATC (REutilización de Materiales no hospital das CLInicas-ATC) study, which was developed at the Hemodynamics Section of the Department of Cardiology of the Hospital de Clínicas of the Medicine School of Montevideo, Uruguay, from September 2001 to August 2002 and from January 2003 to December 2004. METHODS: A hundred patients were prospectively included and treated with Percutaneous Transluminal Coronary Angioplasty (PTCA) with new (group 1, n = 49) or reprocessed (group 2, n = 51) material. Both groups were evaluated through variables that tested safety and efficacy of each strategy. RESULTS: The clinical and angiographic success rate was 96% with reprocessed material and 100% with new material (p = 0.54). No significant differences were found between the groups regarding the number of guide catheters, guides and balloons used in the PTCA. The volume of contrast medium, radioscopy times and procedure times were also similar. Major complications were seen only in group 2 (0% vs. 3.9%, p = 0.17), while minor complications occurred in both groups (6.1% and 9.8%, respectively; p = 0.48). CONCLUSION: Our data showed that it is technically possible and also safe to treat patients using reprocessed material in PTCA procedures. Theoretically this would result in an important resource saving in economically limited countries like Uruguay.
  • Segurança e eficácia de um novo sistema de stent com rede de proteção para prevenção de embolização distal: resultados preliminares do estudo INSPIRE Artigos Originais

    Maia, Felipe; Costa Jr., José Ribamar; Costa, Ricardo A.; Staico, Rodolfo; Feres, Fausto; Esteves, Vinícius; Tanajura, Luis Fernando; Chaves, Áurea J.; Centemero, Marinella; Mendes Jr., Alaor; Brito, André Lima; Abizaid, Andrea; Maldonado, Galo; Siqueira, Dimitry; Mattos, Luiz Alberto; Seixas, Ana Cristina; Sousa, Amanda G. M. R.; Sousa, J. Eduardo; Abizaid, Alexandre

    Resumo em Português:

    FUNDAMENTOS: Distúrbios de fluxo coronário decorrentes de embolização de fragmentos de ateroma/trombo estão associados a pior prognóstico após intervenção coronária percutânea (ICP). A abordagem de lesões em pontes de safena (PS) e no cenário de síndromes coronárias agudas (SCA) está freqüentemente associada a essas complicações. Apesar de dispositivos de proteção embólica terem demonstrado seu valor na prevenção desses eventos, estes adicionam tempo e custo à ICP, além de terem seu uso limitado às PS. Recém-desenvolvido, o stent MGuard® combina uma malha microscópica presa às hastes de um stent não-farmacológico, conferindo baixo perfil a esse dispositivo. OBJETIVOS: Avaliar a eficácia e a segurança do stent MGuard® por meio de desfechos clínicos e angiográficos. MÉTODO: Estudo unicêntrico com 19 pacientes portadores de lesões de novo em PS ou lesões com características angiográficas de instabilidade em coronárias nativas. O desfecho primário incluiu a taxa de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) em trinta dias. RESULTADOS: A apresentação clínica em 60% dos casos era de SCA e em 55% dos pacientes a lesão encontrava-se em PS. O stent MGuard® foi implantado com sucesso em todos os casos, alcançando fluxo TIMI 3/blush 3 ao final de todas as ICPs, não sendo observadas complicações angiográficas. Não foram registradas elevações de CK-MB maiores que três vezes o valor de referência pós-ICP ou ECAM em trinta dias. CONCLUSÕES: Nesta avaliação preliminar, o stent MGuard® demonstrou alta eficácia num grupo de pacientes com alta complexidade angiográfica (sem uso adjunto de dispositivos de proteção embólica). Seguimento angiográfico de seis meses e uma amostra maior de pacientes são necessários para confirmar tais achados.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Disturbances in coronary flow due to embolization of thrombus/atheroma fragments are associated with poor prognosis after percutaneous coronary intervention (PCI). Lesions in saphenous vein grafts (SVG) and acute coronary syndromes (ACS) are typically associated with these complications. Although embolic protection devices have shown to reduce the incidence of such complications, they add time and costs to the procedure, and their use is limited to SVG. The newly developed MGuardTM stent combines a microscopic net connected to the struts of a bare metal stent, characterizing this new low-profile device. OBJECTIVE: To evaluate safety and efficacy of the novel MGuardTM stent system through clinical and angiographic outcomes. METHODS: Single-center study including 19 patients with de novo lesions in SVG or with unstable lesions in native vessels as evidenced by angiography. Primary end point included 30-day incidence of major adverse cardiac events (MACE). RESULTS: ACS was the clinical presentation in 60% of cases, and in 55% of the patients the lesion was in a SVG. The MGuardTM stent was successfully delivered in all cases, reaching TIMI 3/blush 3 flow at the end of all procedures. There were no cases of angiographic complications, CK-MB elevations > 3x the reference values after PCI, or MACE at 30 day-follow-up. CONCLUSION: In this preliminary evaluation, the MGuardTM stent showed high efficacy in a group of patients with highly complex angiographic profile (without the use of adjunctive embolic protection devices). Six-month angiographic follow-up and a larger cohort of patients are necessary to corroborate these results.
  • Impacto dos stents de nova geração no tratamento de enxertos venosos aortocoronários - comparação angiográfica e ultra-sonográfica de duas séries first-in-human: MGuard® vs. SESAME® Artigos Originais

    Mendes, Alaor; Costa Jr., José Ribamar; Brito, André Lima; Costa, Ricardo A.; Maia, Felipe; Abizaid, Andrea Sousa; Chaves, Áurea; Feres, Fausto; Mattos, Luiz Alberto; Sousa, Amanda G. M. R.; Sousa, J. Eduardo; Abizaid, Alexandre

    Resumo em Português:

    FUNDAMENTO: As intervenções percutâneas em pontes de safena (PS) apresentam menores taxas de sucesso angiográfico e maior risco de complicações, pelo risco aumentado de embolização dos fragmentos da placa aterosclerótica friável. Com o advento dos dispositivos de proteção distal, observou-se maior eficácia e segurança do procedimento. Nosso objetivo foi comparar os stents MGuard® e SESAME®, dedicados ao tratamento de PS, nos primeiros 30 dias de evolução. MÉTODO: Estudo retrospectivo, comparando as variáveis angiográficas e ultra-sonográficas e a evolução clínica aos 30 dias de pacientes portadores de lesões em PS tratados com stent balão-expansível MGuard® (n = 11) vs. stent auto-expansível SESAME® (n = 14). RESULTADOS: Os pacientes tratados com stents MGuard® e SESAME® demonstraram perfis clínicos superponíveis (média de idade, 69 anos; sexo masculino, 72%; diabéticos, 28%; tratados na vigência de síndrome coronária aguda, 44%), idade dos enxertos venosos aortocoronários equivalentes (9,7 ± 6,2 anos vs. 10,1 ± 3,2 anos; p = 0,80) e PS com o mesmo grau de acometimento aterosclerótico. O sucesso angiográfico pós-procedimento foi alcançado em todos os casos, porém com tendência a melhor expansão do stent no grupo MGuard® (87% vs. 68%; p = 0,08). No seguimento clínico de 30 dias, os pacientes tratados com stent SESAME® apresentaram maior freqüência de eventos cardíacos maiores (dois casos de infarto do miocárdio não-Q e um caso de revascularização do vaso-alvo), comparativamente a nenhum evento no grupo MGuard®. CONCLUSÕES: Nessa análise retrospectiva de pequena série de pacientes pré-selecionados de duas séries first-in-human, o stent balão-expansível MGuard® mostrou-se superior ao stent auto-expansível SESAME® nos primeiros 30 dias de acompanhamento clínico.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Percutaneous interventions in saphenous vein grafts (SVG) result in lower rates of angiographic success and higher risk of complications, due to the increased risk of embolization of debris from the friable atherosclerotic plaque. With the advent of distal protection devices, improvements in efficacy and safety were achieved in the procedure. Our objective was to compare the MGuardTM and SESAME TM stents, dedicated for SVG treatment, during the first 30 days of follow up. METHODS: This is a retrospective study comparing angiographic and ultra-sonographic variables and clinical events within 30 days in patients with SVG lesions treated with MGuardTM balloon-expandable stents (n = 11) vs. SESAME TM self-expandable stents (n = 14). RESULTS: Patients treated with MGuardTM and SESAME TM stents had similar clinical profiles (mean age 69 years; male gender, 72%; diabetic, 28%; treated for acute coronary syndrome, 44%), equivalent age of aortocoronary venous grafts (9.7 ± 6.2 years vs. 10.1 ± 3.2 years; p = 0.80) and SGV with the same degree of atherosclerotic impairment. Post-procedure angiographic success was reached in all cases, however with a tendency towards better stent expansion in the MGuardTM group (87% vs. 68%; p = 0.08). Over the 30-day clinical follow-up, patients treated with the SESAME TM stent had higher frequency of major cardiac events (two cases of non-Q myocardial infarction and one case of revascularization of the target vessel), compared with no events in the MGuardTM group. CONCLUSIONS: In this retrospective analysis of a small series of pre-selected patients from two first-in-human series, the MGuardTM balloon-expandable stent showed to be superior to the SESAME TM self-expandable stent over the first 30 days of clinical follow-up.
  • Stents auto-expansíveis versus balão-expansíveis para tratamento de lesões em vasos de fino calibre: estudo com ultra-som intracoronário tridimensional Artigos Originais

    Chamié, Daniel; Costa Jr., José Ribamar; Abizaid, Alexandre; Feres, Fausto; Devito, Fernando; Mattos, Luiz Alberto; Staico, Rodolfo; Abizaid, Andréa; Tanajura, Luiz Fernando L.; Fitzgerald, Peter J.; Whitbourn, Robert; Sousa, Amanda G. M. R.; Sousa, J. Eduardo

    Resumo em Português:

    INTRODUÇÃO: Intervenção coronária percutânea em vasos de fino calibre (VF) está associada a piores resultados imediatos e tardios, com elevadas taxas de reestenose. Estudos prévios têm sugerido que stents auto-expansíveis causam menos injúria vascular no momento do implante, com expansão de seus volumes com o tempo, gerando maiores áreas luminais que stents balão-expansíveis. A influência desses fenômenos em VF ainda é desconhecida. OBJETIVOS: Avaliar as propriedades mecânicas e a eficácia do novo stent CardioMind® no tratamento de lesões em VF em comparação ao stent balão-expansível Multi-Link Pixel® (Pixel). MÉTODO: Treze pacientes portadores de lesões únicas primárias, < 14 mm de extensão, em artérias coronárias nativas < 2,5 mm de diâmetro, foram tratados com o stent CardioMind® e comparados a uma coorte histórica de 25 pacientes, com os mesmos critérios de inclusão, tratados com o stent Pixel®. Ultrasom intracoronário (USIC) seriado foi realizado pós-procedimento e aos 7,3 ± 1,0 meses. RESULTADOS: A média das idades foi de 58,1 ± 9,9 anos, com 60,5% do sexo masculino e 39,4% diabéticos. Ambos os stents produziram volumes de hiperplasia neo-intimal (HNI) semelhantes (volume de HNI indexado: 1,45 ± 0,46 mm³/mm para o CardioMind® vs. 1,66 ± 1,02 mm³/mm para o Pixel®; p = 0,48). Entretanto, o stent CardioMind® apresentou expansão de 12% em seus volumes, gerando menor porcentual de obstrução volumétrica intra-stent (31,94 ± 8,19% vs. 39,90 ± 4,72%; p = 0,0005). Nenhum dos tipos de stent causou injúria nos segmentos de borda. CONCLUSÕES: A análise seriada com USIC demonstrou que os stents CardioMind® e Pixel® produziram volumes semelhantes de tecido neo-intimal. Entretanto, a expansão continuada dos volumes do CardioMind® promoveu maior volume luminal e menor porcentual de obstrução intra-stent. Ambos os stents foram inócuos aos segmentos das bordas.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Percutaneous coronary intervention in small vessels (SV) is associated with poor short- and long-term outcomes, with high rates of restenosis. Previous studies have suggested that self-expanding stents can cause less vessel injury at implantation, expanding their volumes over time, and leading to larger luminal areas than those of balloon-expandable stents. The influence of these phenomena on SV remains unknown. OBJECTIVES: To assess the mechanical properties and efficacy of the novel CardioMindTM stent in comparison with the balloon-expandable Multi-Link PixelTM (Pixel) stent in the treatment of SV. METHODS: Thirteen patients with single, de novo, < 14 mm length lesions in native coronary arteries < 2.5 mm in diameter were treated with the CardioMindTM stent and compared with a historical cohort of 25 patients, with the same inclusion criteria, treated with the PixelTM stent. Intravascular ultrasound (IVUS) was performed serially after the procedure and at 7.3 ± 1.0 months of follow-up. RESULTS: Mean age was 58.1 ± 9.9 years; 60.5% were male and 39.4% were diabetic. Both stents produced similar neointimal hyperplasia (NIH) volumes (indexed NIH volume: 1.45 ± 0.46 mm³/mm for CardioMindTM versus 1.66 ± 1.02 mm³/mm for PixelTM; p = 0.48). However, the CardioMindTM stent presented a 12% expansion of its volume, leading to a lesser in-stent volumetric obstruction (31.94 ± 8.19% versus 39.90 ± 4.72%; p = 0.0005). Injury at the edges of the CardioMindTM and Multi-Link PixelTM stents were not detected. CONCLUSIONS: Serial volumetric IVUS showed that CardioMindTM and PixelTM stents produced similar volumes of neointimal tissue. However, continued expansion of CardioMindTM stent generated larger luminal volumes and lower percent in-stent volumetric obstruction. The two stents were harmless to the edge segments.
  • Dissecção da artéria carótida Artigo De Revisão

    Chaves, Claudia

    Resumo em Português:

    As dissecções da artéria carótida devem ser consideradas como possível etiologia de acidentes vasculares cerebrais e acidentes isquêmicos transitórios em pacientes jovens e de meia-idade e em geral têm bom prognóstico. Técnicas nãoinvasivas, em particular a ressonância magnética (ponderadas em T1 e T2, supressão de gordura em T1) e a angiografia por ressonância magnética de cabeça e pescoço com e/ou sem gadolínio, devem ser usadas rotineiramente para triagem de pacientes com dissecção da artéria carótida interna. A angiografia por tomografia computadorizada pode ser também uma técnica diagnóstica alternativa ou complementar usada para avaliação da dissecção. A angiografia convencional deve ser reservada para casos selecionados, em que ainda não foi possível chegar a um diagnóstico depois dos primeiros exames. Outros estudos são necessários para avaliar as melhores opções de tratamento para pacientes com dissecção arterial.

    Resumo em Inglês:

    Carotid artery dissections usually have a good prognosis and should be thought as a potential etiology of stroke and transient ischemic attacks (TIAs) in young patients. Noninvasive imaging techniques, in particular magnetic resonance imaging (MRI) (T1- and T2-weighted, fat-suppressed T1) and magnetic resonance angiography (MRA) of head and neck with and/or without gadolinium, should be used routinely for screening of patients with internal carotid artery (ICA) dissection. Computed tomographic angiography (CTA) can be an alternative or adjunctive diagnostic technique used for evaluation of dissection. Conventional angiography should be reserved for selected cases where the diagnosis remains indeterminate after initial studies have been performed. Further studies are necessary to evaluate the best therapeutic options for patients with arterial dissection.
  • Retirada de corpo estranho na artéria pulmonar de neonato por técnica intravascular Relatos De Caso

    Santos, Márcio Antônio dos; Silva, Achilles G.; Pivatelli, Flávio C.; Godoy, Moacir F.

    Resumo em Português:

    A retirada de corpo estranho intravascular por técnica percutânea é um procedimento cada vez mais utilizado e que tem se mostrado seguro e eficaz, mesmo em crianças e lactentes. Relatamos o caso de retirada de corpo estranho em ramo arterial pulmonar direito em um neonato prematuro de 18 dias de idade.

    Resumo em Inglês:

    The removal of intravascular foreign body by percutaneous interventional technique is a highly safe and effective procedure that has a low rate of complications even in children and premature infants. We describe a case of foreign body retrieval from the right branch pulmonary artery in an 18-day-old premature newborn.
  • Perfuração de ventrículo esquerdo durante cateterismo cardíaco diagnóstico Relatos De Caso

    Conti, Elias J. P.; Mota, Fábio M.; Zanatta, Leonardo G.; Zanettini, Marco T.; Quadros, Alexandre S.; Sarmento-Leite, Rogério; Gottschall, Carlos A. M.

    Resumo em Português:

    Perfuração de uma câmara cardíaca é uma complicação maior do cateterismo cardíaco, condição extremamente rara, porém de gravidade bem documentada. Relatamos um caso de perfuração de ventrículo esquerdo ocorrido após a realização de ventriculografia esquerda com cateter pig tail, seguido de colapso cardiovascular em decorrência de tamponamento cardíaco. O quadro foi manejado com pronta realização de pericardiocentese, a qual foi suficiente para estabilização clínica e resolução do caso.

    Resumo em Inglês:

    Perforation of a heart chamber is a major complication of cardiac catheterization, an extremely rare condition, although its potential severity is well documented. We describe a case of perforation of the left ventricle occurred after a left ventriculography with a pig tail catheter, followed by cardiovascular collapse due to cardiac tamponade. This situation was handled with prompt pericardiocentesis, which led to clinical stabilization and case resolution.
  • Acidente vascular cerebral isquêmico secundário a dissecção espontânea de carótida Imagem & Intervenção Cardiovascular

    Chaves, Claudia J.
Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI R. Beira Rio, 45, 7o andar - Cj 71, 04548-050 São Paulo – SP, Tel. (55 11) 3849-5034, Fax (55 11) 4081-8727 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: sbhci@sbhci.org.br