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Banco de pele de Curitiba, Brasil: epidemiologia de doadores e receptores

RESUMO

Introdução:

A enxertia homóloga de pele pode representar a diferença entre a vida e a morte de pacientes grandes queimados. Sua utilização consiste em um tratamento precioso quando não há a disponibilidade do enxerto autólogo. Os bancos de tecidos foram criados para realizar o processamento e armazenamento da pele alógena. O objetivo é analisar o perfil epidemiológico de doadores e receptores de pele do banco de pele do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM) e a sua produtividade, desde a inauguração em 2013 até 2019.

Métodos:

Consulta aos relatórios anuais do período de sete anos.

Resultados:

Captou-se a pele de 187 doadores, dos quais 61% eram homens e 39%, mulheres. A idade média foi de 41,07 anos. O número de doadores atingiu a média de 21,3 por ano. Foram coletados, no total, 201.000cm2 de tecido viável, que resultaram na produção de 3.770 lâminas de pele. Desde 2013, foram realizados no HUEM, 325 enxertos alógenos que beneficiaram 194 pessoas. A idade média dos pacientes que receberam a pele foi de 34,67 anos. A maior parte da pele captada, processada e armazenada pelo banco do HUEM (cerca 91%) foi utilizada em enxertias realizadas na própria instituição.

Conclusão:

O banco de pele do HUEM disponibilizou aloenxertos que beneficiaram 194 pessoas em 7 anos de funcionamento. Em sua maioria, os doadores e receptores eram do sexo masculino e tinham, aproximadamente, 40 anos de idade. O número de captações realizadas por este banco de pele foi compatível com o de outras instituições do Brasil.

Descritores:
Pele; Cirurgia plástica; Transplante de pele; Queimaduras; Doadores de tecidos; Transplante de tecidos.

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