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O viés da cobertura política da imprensa nas eleições presidenciais brasileiras de 2002, 2006 e 20102 2 A ideia de escrever este artigo surgiu em 2009, durante o meu doutorado no antigo IUPERJ (atual IESP-UERJ), por sugestão do meu orientador, Prof. Marcus Faria Figueiredo. Seu incentivo foi fundamental para que o texto começasse a tomar forma. Por conta disso, nada mais justo do que dedicá-lo à sua memória. Versões anteriores do artigo foram apresentadas em reuniões do Grupo de Pesquisa em Mídia e Esfera Pública (EME) da UFMG, na 7ª Jornada Comunicação e Democracia, na UFBA, no 5º Congresso da Compolítica, na UFPR, na 4ª Conferência da International Communication Association (ICA) para a América Latina, na UnB, e no 9º Encontro da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP), em Brasília. Agradeço aos participantes desses eventos suas críticas e sugestões, especialmente a Wilson Gomes e Fernando Lattman-Weltman. Também pude discutir o conteúdo do texto com Francisco (Franck) Mata Machado Tavares e João Carlos Amoroso Botelho, na UFG, a quem sou grato pelos valorosos comentários. Por fim, agradeço às observações dos pareceristas anônimos da RBCP.

Political press coverage bias during the Brazilian presidential elections of 2002, 2006 and 2010

Resumo

O artigo analisa o viés da cobertura política da imprensa nas eleições presidenciais de 2002, 2006 e 2010, a partir da análise de conteúdo dos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo. Como primeira hipótese, avalia se o espaço concedido aos candidatos nos jornais estaria em desacordo com sua importância política ou sua posição na disputa eleitoral. Mas como esses critérios não garantem, necessariamente, um equilíbrio na cobertura, a segunda hipótese avalia se existe diferença significativa na cobertura realizada pelos jornais, a partir de um índice de viés de cobertura anti-PT. Os testes estatísticos utilizados foram causalidade de Granger, ANOVA e HSD de Tukey. Embora exista viés na cobertura da imprensa, principalmente no conteúdo opinativo, as análises rejeitaram a existência de um padrão claro e sistemático de preferência por um determinado partido ou candidato nas páginas dos jornais.

alavras-chave:
cobertura política da imprensa; viés midiático; eleições presidenciais brasileiras; jornais impressos

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