A cana-de-açúcar é considerada acumuladora de silício (Si). Há poucas informações sobre a adubação silicatada no Brasil, onde vários tipos de solos têm sido utilizados no seu cultivo. O objetivo deste estudo foi avaliar a disponibilidade, absorção de Si e índice de recuperação de Si do silicato em três cortes de cana-de-açúcar cultivada em solos tropicais com e sem aplicação de silicato. Os experimentos foram conduzidos em vasos de 100 L com quatro doses de Si (0, 185, 370 e 555 kg ha-1) em três solos (Neossolo Quartzarênico - RQ, 6 % argila; Latossolo Vermelho - LV, 22 % argila; e Latossolo Vermelho distroférrico - LVdf, 68 % argila) e quatro repetições. A fonte de Si foi silicato de cálcio e magnésio. Todas as parcelas receberam as mesmas quantidades de Ca e Mg com adições de calcário e, ou, MgCl2, quando foram necessárias. A colheita da parte aérea foi feita na cana-planta, na primeira e segunda soca. As doses de silício aumentaram sua disponibilidade e absorção com forte efeito residual. Houve redução dos teores de Si solúvel com os cortes e o RQ apresentou o maior incremento com a adubação silicatada, seguidos do LV e LVdf. As doses de Si elevaram o teor de Si solúvel em ácido acético nos solos para os três cortes, exceto para LVdf. A adubação silicatada não influenciou os teores de Si em CaCl2 nas soqueiras. A absorção de Si foi intensificada com as doses de Si aplicadas, sendo mais altas no LVdf em todos os cortes. A recuperação de Si proveniente do silicato aumentou com o tempo e o LVdf apresentou maiores valores.
cultivar; nutrição; fertilização; monocotiledôneas
